Em minha opinião, diante dessa onda falso moralista, com manifestações organizadas por fascistas buscando impedir a realização de exposições de arte, palestras sobre a questão de gênero, etc., a esquerda deveria ir para o confronto, organizando manifestações em defesa dessas atividades. Não devemos ter medo do fascistas. Se tivermos que enfrenta-los, os enfrentaremos com a certeza de que venceremos.
Tem sido, para mim, muito difícil navegar nas redes e nos blogs. Devido aos novos preços praticados pelas operadoras, não pude mais continuar possuindo um plano de Internet compatível com o meu poder aquisitivo, necessitando andar cerca de 2 km para acessar um Wi-Fi público, sendo obrigado a digitar em um banco de praça (que hoje, se encontra umedecido pela chuva que caiu), com gritos de criança, luz precária ou excesso da mesma, a depender do dia e da hora. Por tudo isso, tornou-se muito sacrificante acessar a Internet. Ler é bem mais fácil que escrever comentários. Mas, pela minha própria natureza, sempre sentirei necessidade de dizer alguma coisa. Ocorre que, dadas as condições precárias em que o faço, nem sempre consegui ser claro, sendo muito difícil evitar erros de redação, ou, ao cometê-los, corrigi-los. Diante dessas dificuldades, ficarei algum tempo sem participar das redes sociais até que a minha situação financeira volte a melhorar. Vivendo em uma cidade sul-mineira com cerca de 100 mil habitantes, com uma impressionante quantidade de pessoas conservadoras (a caminhada de camisas verde-amarela, exigindo o "Fora Dilma" e gritando "Fora PT", organizada por maçons, militares e ruralistas, que são muito fortes por aqui, me arrisco a afirmar que foi a maior manifestação de direita per capita do Brasil, levando mais de 1000 pessoas para as ruas), cheguei a ser seguido pelas ruas e hostilizado abertamente por indivíduos que jamais vira, que, entretanto, revelavam, desse modo, me conhecer . Por outro lado, a esquerda somente a vi em um ato tímido na mesma praça que me encontro agora, sem grande repercussão. Quando eu tinha 5 anos, Meu pai, contando com 25 anos, por influência da UDN e da maçonaria, às quais ele pertencia , conseguiu uma indicação para ser diretor de um colégio em São Lourenço, transferindo-se do Rio de Janeiro com sua mulher e dois filhos. Por isso, tenho ligações afetivas com essa região de Minas, pois vivi a minha infância em São Lourenço, onde nasceu uma de minhas duas irmãs. Disto decorreu também uma visão idealizada em relação ao Sul de Minas, fundada na experiência feliz vivida na primeira fase de minha infância, que contrastaria com a fase subsequente, marcada pela violência de meu pai contra a minha mãe e particularmente contra mim, após o seu retorno para o Rio de Janeiro, ao se converter professor da UFRRJ. A referida visão idealista pelo Sul de Minas se dissipou com o advento da polarização entre a direita e a esquerda em que vivemos. A permanente sensação de hostilidade que tenho experimentado revela que sou conhecido por gente que desconheço. Não tenho medo da direita, nem de seus jagunços, mas, com o fim do encanto em relação a essa região mineira, deverei ir para outro lugar, que ainda não escolhi, que tenha um clima temperado (sou fã do frio e detesto o calor), um razoável sistema de saúde público (pois dependo do SUS para cuidar de minha saúde), e uma Universidade onde possa estudar Filosofia de forma mais sistemática, o assunto que mais me interessa nos últimos dois anos (ando a estudar Gramsci), e (o que é fundamental) onde eu possa complementar a minha renda dando aulas particulares de Matemática, transformando o hábito que mantenho há muitos anos de resolver todos os dias 15 exercícios de Matemática em fonte de renda. Com esse comentário truncado me despeço das redes até segunda ordem. Um grande abraço a todos!
2 comentários:
Em minha opinião, diante dessa onda falso moralista, com manifestações organizadas por fascistas buscando impedir a realização de exposições de arte, palestras sobre a questão de gênero, etc., a esquerda deveria ir para o confronto, organizando manifestações em defesa dessas atividades. Não devemos ter medo do fascistas. Se tivermos que enfrenta-los, os enfrentaremos com a certeza de que venceremos.
Tem sido, para mim, muito difícil navegar nas redes e nos blogs. Devido aos novos preços praticados pelas operadoras, não pude mais continuar possuindo um plano de Internet compatível com o meu poder aquisitivo, necessitando andar cerca de 2 km para acessar um Wi-Fi público, sendo obrigado a digitar em um banco de praça (que hoje, se encontra umedecido pela chuva que caiu), com gritos de criança, luz precária ou excesso da mesma, a depender do dia e da hora. Por tudo isso, tornou-se muito sacrificante acessar a Internet. Ler é bem mais fácil que escrever comentários. Mas, pela minha própria natureza, sempre sentirei necessidade de dizer alguma coisa. Ocorre que, dadas as condições precárias em que o faço, nem sempre consegui ser claro, sendo muito difícil evitar erros de redação, ou, ao cometê-los, corrigi-los. Diante dessas dificuldades, ficarei algum tempo sem participar das redes sociais até que a minha situação financeira volte a melhorar.
Vivendo em uma cidade sul-mineira com cerca de 100 mil habitantes, com uma impressionante quantidade de pessoas conservadoras (a caminhada de camisas verde-amarela, exigindo o "Fora Dilma" e gritando "Fora PT", organizada por maçons, militares e ruralistas, que são muito fortes por aqui, me arrisco a afirmar que foi a maior manifestação de direita per capita do Brasil, levando mais de 1000 pessoas para as ruas), cheguei a ser seguido pelas ruas e hostilizado abertamente por indivíduos que jamais vira, que, entretanto, revelavam, desse modo, me conhecer . Por outro lado, a esquerda somente a vi em um ato tímido na mesma praça que me encontro agora, sem grande repercussão.
Quando eu tinha 5 anos, Meu pai, contando com 25 anos, por influência da UDN e da maçonaria, às quais ele pertencia , conseguiu uma indicação para ser diretor de um colégio em São Lourenço, transferindo-se do Rio de Janeiro com sua mulher e dois filhos. Por isso, tenho ligações afetivas com essa região de Minas, pois vivi a minha infância em São Lourenço, onde nasceu uma de minhas duas irmãs. Disto decorreu também uma visão idealizada em relação ao Sul de Minas, fundada na experiência feliz vivida na primeira fase de minha infância, que contrastaria com a fase subsequente, marcada pela violência de meu pai contra a minha mãe e particularmente contra mim, após o seu retorno para o Rio de Janeiro, ao se converter professor da UFRRJ.
A referida visão idealista pelo Sul de Minas se dissipou com o advento da polarização entre a direita e a esquerda em que vivemos. A permanente sensação de hostilidade que tenho experimentado revela que sou conhecido por gente que desconheço. Não tenho medo da direita, nem de seus jagunços, mas, com o fim do encanto em relação a essa região mineira, deverei ir para outro lugar, que ainda não escolhi, que tenha um clima temperado (sou fã do frio e detesto o calor), um razoável sistema de saúde público (pois dependo do SUS para cuidar de minha saúde), e uma Universidade onde possa estudar Filosofia de forma mais sistemática, o assunto que mais me interessa nos últimos dois anos (ando a estudar Gramsci), e (o que é fundamental) onde eu possa complementar a minha renda dando aulas particulares de Matemática, transformando o hábito que mantenho há muitos anos de resolver todos os dias 15 exercícios de Matemática em fonte de renda. Com esse comentário truncado me despeço das redes até segunda ordem. Um grande abraço a todos!
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