Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:
É difícil fazer o balanço de um ano tão complicado quanto este de 2017. Selecionei alguns blocos de acontecimentos.
1 - Crescimento e/ou consolidação da direita e da extrema-direita em escala mundial. Em graus e estilos diferentes. Estados Unidos e políticas brucutus de Trump, apesar das dificuldades internas. Europa: Polônia, Hungria, Alemanha, França, Áustria. América Latina: sobrevivência do governo golpista de Michel Temer, Argentina, Peru, Chile. Japão: política belicista de Shinzo Abe. Oriente Médio: ofensiva diplomática e militar da Arábia Saudita e sua aproximação com Israel. Em consequência deste clima, volta do perigo de um confronto nuclear: EUA x Coreia do Norte.
2 - Derrotas sucessivas e recuo do Estado Islâmico no Oriente Medio. Em contrapartida, disseminação do terrorismo estilo “low cost”, “baixo custo”: ações individuais, um veículo alugado, armas brancas, ou de fogo de pequeno calibre… Vítimas preferenciais: civis, e desarmadas, indefesas. Inclusive pela extrema-direita (Charlottesville, Virginia).
3 - União Europeia enfrenta diferentes trincamentos e rachaduras. Brexit longe de solução definitiva e estável. Crise da Catalunha longe de estar resolvida. Derrota escachapante de Mariano Rajoy na eleição catalã que ele mesmo provocou. Parece o plebiscito convocado por Pinochet em 1988. Idem, derrota para as autoridades da União Europeia que fingiam que o assunto não era com elas.
4 - Recuo das ações diplomáticas dos EUA, crescimento da Rússia neste frente. Comprovação: ascensão da influência russa na Síria, atraindo até velhas desavenças, como a Turquia. Bashar al-Assad agradece. Irã se firma como interlocutor na área.
5 - Consolidação mundial de um novo estilo de golpe de estado (depois de Honduras, Paraguai, Brasil na AL) com a queda de Robert Mugabe no Zimbábue. É o golpe branco, ou "brando", no neologismo trazido à luz pela FSP em relação à ditadura de 1964. Não esquecer que o primeiro balão de ensaio deste tipo de golpe aconteceu nos Estados Unidos, na primeira eleição de George W. Bush, na contagem de votos na Flórida e na sua consagração pela Suprema Corte norte-americana, em 2000.
6 - Nova área do drama internacional dos refugiados: massacre dos rauínga em Myanmar. Continua a crise no Oriente Médio e no Mediterrâneo.
7 - Diferentes relatórios e de diferentes pontos de vista (FMI, Relatório Mundial sobre a Desigualdade) apontam crescimento da concentração de renda e da desigualdade econômica e social no mundo desde 1980/1970.
8 - No jornalismo, emergência do tema das “Fake News”. Para além do jornalismo, o estilo Fake sobre ao pódio: exemplo, Henrique Meirelles e a “recuperação econômica” do Brasil.
9 - Clima: ano de grandes catástrofes no Caribe, com furacões fora de série em força, intensidade e acúmulo. Cientistas apontam link com aquecimento global.
10 - Pontos fora da curva: governo com frente de esquerda em Portugal; governo à esquerda na Nova Zelândia. Idem na Islândia, embora em frente com partidos conservadores. Consolidação do processo de paz na Colômbia. Aprovando do casamento de pessoas do mesmo sexo na Austrália e na Alemanha. Sobrevivência do governo de Nicolás Maduro na Venezuela, apesar do cerco internacional político e midiático e da pressão direitistas interna, também devendo se ressaltar a reviravolta agressiva do governo brasileiro. Personalidade Negativa do Ano: Donald Trump, com sua diplomacia em estilo Tiranossauro. Medalha de Prata no setor: nova diplomacia do governo Michel Temer, com o estilo falar grosso com os pequenos e vizinhos. Derrota esmagadora dos governos dos EUA e de Israel na ONU, quanto ao reconhecimento de Jerusalém como capital israelense. Personalidade Positiva do Ano: Papa Francisco I. Apesar das posições retrógradas da Igreja em várias frentes, da complicada política interna do Vaticano e da pressão dos conservadores, ele conseguiu levar adiante uma mensagem de abertura, tolerância, liberdade de pensamento e acolhimento para os refugiados e pobres no mundo inteiro. Efeméride do ano: centenário da Revolução Soviética.
1 - Crescimento e/ou consolidação da direita e da extrema-direita em escala mundial. Em graus e estilos diferentes. Estados Unidos e políticas brucutus de Trump, apesar das dificuldades internas. Europa: Polônia, Hungria, Alemanha, França, Áustria. América Latina: sobrevivência do governo golpista de Michel Temer, Argentina, Peru, Chile. Japão: política belicista de Shinzo Abe. Oriente Médio: ofensiva diplomática e militar da Arábia Saudita e sua aproximação com Israel. Em consequência deste clima, volta do perigo de um confronto nuclear: EUA x Coreia do Norte.
2 - Derrotas sucessivas e recuo do Estado Islâmico no Oriente Medio. Em contrapartida, disseminação do terrorismo estilo “low cost”, “baixo custo”: ações individuais, um veículo alugado, armas brancas, ou de fogo de pequeno calibre… Vítimas preferenciais: civis, e desarmadas, indefesas. Inclusive pela extrema-direita (Charlottesville, Virginia).
3 - União Europeia enfrenta diferentes trincamentos e rachaduras. Brexit longe de solução definitiva e estável. Crise da Catalunha longe de estar resolvida. Derrota escachapante de Mariano Rajoy na eleição catalã que ele mesmo provocou. Parece o plebiscito convocado por Pinochet em 1988. Idem, derrota para as autoridades da União Europeia que fingiam que o assunto não era com elas.
4 - Recuo das ações diplomáticas dos EUA, crescimento da Rússia neste frente. Comprovação: ascensão da influência russa na Síria, atraindo até velhas desavenças, como a Turquia. Bashar al-Assad agradece. Irã se firma como interlocutor na área.
5 - Consolidação mundial de um novo estilo de golpe de estado (depois de Honduras, Paraguai, Brasil na AL) com a queda de Robert Mugabe no Zimbábue. É o golpe branco, ou "brando", no neologismo trazido à luz pela FSP em relação à ditadura de 1964. Não esquecer que o primeiro balão de ensaio deste tipo de golpe aconteceu nos Estados Unidos, na primeira eleição de George W. Bush, na contagem de votos na Flórida e na sua consagração pela Suprema Corte norte-americana, em 2000.
6 - Nova área do drama internacional dos refugiados: massacre dos rauínga em Myanmar. Continua a crise no Oriente Médio e no Mediterrâneo.
7 - Diferentes relatórios e de diferentes pontos de vista (FMI, Relatório Mundial sobre a Desigualdade) apontam crescimento da concentração de renda e da desigualdade econômica e social no mundo desde 1980/1970.
8 - No jornalismo, emergência do tema das “Fake News”. Para além do jornalismo, o estilo Fake sobre ao pódio: exemplo, Henrique Meirelles e a “recuperação econômica” do Brasil.
9 - Clima: ano de grandes catástrofes no Caribe, com furacões fora de série em força, intensidade e acúmulo. Cientistas apontam link com aquecimento global.
10 - Pontos fora da curva: governo com frente de esquerda em Portugal; governo à esquerda na Nova Zelândia. Idem na Islândia, embora em frente com partidos conservadores. Consolidação do processo de paz na Colômbia. Aprovando do casamento de pessoas do mesmo sexo na Austrália e na Alemanha. Sobrevivência do governo de Nicolás Maduro na Venezuela, apesar do cerco internacional político e midiático e da pressão direitistas interna, também devendo se ressaltar a reviravolta agressiva do governo brasileiro. Personalidade Negativa do Ano: Donald Trump, com sua diplomacia em estilo Tiranossauro. Medalha de Prata no setor: nova diplomacia do governo Michel Temer, com o estilo falar grosso com os pequenos e vizinhos. Derrota esmagadora dos governos dos EUA e de Israel na ONU, quanto ao reconhecimento de Jerusalém como capital israelense. Personalidade Positiva do Ano: Papa Francisco I. Apesar das posições retrógradas da Igreja em várias frentes, da complicada política interna do Vaticano e da pressão dos conservadores, ele conseguiu levar adiante uma mensagem de abertura, tolerância, liberdade de pensamento e acolhimento para os refugiados e pobres no mundo inteiro. Efeméride do ano: centenário da Revolução Soviética.
2 comentários:
A socialdemocracia surgiu na Alemanha como sistema politico-economico em alternativa ao capitalismo e ao socialismo. Uma mistura entre os dois: adotou do capitalismo a livre iniciativa economica e do socialismo a protecao social e a intervencao do Estado. So que os socialdemocratas eram capitalistas envergonhados e se sucumbiram ao capitalismo selvagem. Aderiram integralmente ao neoliberalismo e concordaram que a parte aproveitada do socialismo era inaceitável (protecao social e e intervencao do Estado) e passaram a defender o Estado mínimo e a privatizacao total da protecao estatal. Por isto que Jose Serra entregou o Pre-Sal para as petroleiras internacionais.A socialdemocracia fracassou no Mundo e no Brasil com o PSDB, como ja previra Marx.
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