Por Altamiro Borges
Na semana passada, o Grupo Bandeirantes deu início a um novo processo de demissões em massa, confirmando que é gravíssima a crise da emissora. Segundo revelou Flávio Ricco, em postagem no UOL, “a onda de cortes deverá atingir 30% ou 35% das pessoas de cada departamento. As dispensas tiveram início na quinta-feira, atingindo as áreas técnica e de operações. Nesta sexta, jornalismo e produção. O clima, como não poderia deixar de ser, é de enorme tensão nos bastidores ou de velório, como preferem considerar alguns”. Entre os jornalistas, “não foram poupados profissionais com mais de 20 anos de casa – o repórter Antonio Petrin e a chefe de redação Débora Cunha. De acordo com projeções internas, cerca de 300 profissionais, ou até mais que isso, serão demitidos”.
Já a coluna de fofocas “TelePadi”, da Folha, especulou que o clima não foi de “velório”, mas de guerra nos dias que antecederam o fação. “Na semana do dia 14, período em que normalmente já se sabe quem vai trabalhar e quem vai folgar no Natal e Ano Novo, o departamento de Jornalismo da Band não tinha escalas definidas, justamente por ainda não saber quem estaria na emissora no início de 2018. O impasse motivou uma discussão numa ilha de edição que virou briga e chegou à agressão física entre seus protagonistas, resultando na demissão de dois editores por justa causa... Ainda no início de dezembro, o vice-presidente de Programação e Comercial, Diego Guebel, foi dispensado, eliminando, para o caixa da Band, não só o seu salário, como todos os gastos com helicóptero, hotel e avião implicados por seu contrato... Não foi suficiente”.
O clima de “velório” ou de guerra na empresa da famiglia Saad ainda prossegue. Os cortes previstos para estes dias fazem parte de uma “primeira etapa da implantação de um novo processo de trabalho”. Ninguém ainda sabe como será a segunda fase. O que se sabe é que a Band deve fechar o balanço de 2017 no vermelho, com queda dos lucros. O cenário é parecido em outras emissoras, segundo recente reportagem de Ricardo Feltrin. Com exceção da Globo e da Record, todas as outras redes estão em dificuldades financeiras. A primeira porque é um império e concentra o grosso da publicidade no país; a segunda porque conta com o dinheiro, não contabilizado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Mesmo assim, ambas têm promovido ajustes, demitindo e cortando salários. Imagine a situação das outras. Segundo boatos, o facão deve aumentar nas próximas semanas na tevê brasileira.
Apesar da mídia chapa-branca, nutrida com milhões de publicidade do covil golpista, difundir que o Brasil já superou a crise econômica e ruma para o paraíso, as demissões nas emissoras demonstram exatamente o contrário. A economia está estagnada, o que afugenta os anunciantes e agrava os problemas de caixa. Além deste fator conjuntural, a mídia tradicional ainda sofre com a explosão da internet, com sua perda de credibilidade e também com a péssima gestão das famiglias que controlam o setor. A crise ainda vai produzir muitas vítimas entre os profissionais da área.
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Leia também:
- Falências e cortes. Crise na mídia é grave
- Racismo e estímulo ao ódio na Band
- Band punida por precarizar trabalho
- Porque Barbara Gancia foi demitida da Band
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- Band mata o 'CQC' e demite equipe
- Band “estuprou” Rafinha Bastos
- Jornal da Band e a âncora bilionária
- Band ataca MST e Tarso Genro
- Jornalismo de esgoto da Band da Bahia
Na semana passada, o Grupo Bandeirantes deu início a um novo processo de demissões em massa, confirmando que é gravíssima a crise da emissora. Segundo revelou Flávio Ricco, em postagem no UOL, “a onda de cortes deverá atingir 30% ou 35% das pessoas de cada departamento. As dispensas tiveram início na quinta-feira, atingindo as áreas técnica e de operações. Nesta sexta, jornalismo e produção. O clima, como não poderia deixar de ser, é de enorme tensão nos bastidores ou de velório, como preferem considerar alguns”. Entre os jornalistas, “não foram poupados profissionais com mais de 20 anos de casa – o repórter Antonio Petrin e a chefe de redação Débora Cunha. De acordo com projeções internas, cerca de 300 profissionais, ou até mais que isso, serão demitidos”.
Já a coluna de fofocas “TelePadi”, da Folha, especulou que o clima não foi de “velório”, mas de guerra nos dias que antecederam o fação. “Na semana do dia 14, período em que normalmente já se sabe quem vai trabalhar e quem vai folgar no Natal e Ano Novo, o departamento de Jornalismo da Band não tinha escalas definidas, justamente por ainda não saber quem estaria na emissora no início de 2018. O impasse motivou uma discussão numa ilha de edição que virou briga e chegou à agressão física entre seus protagonistas, resultando na demissão de dois editores por justa causa... Ainda no início de dezembro, o vice-presidente de Programação e Comercial, Diego Guebel, foi dispensado, eliminando, para o caixa da Band, não só o seu salário, como todos os gastos com helicóptero, hotel e avião implicados por seu contrato... Não foi suficiente”.
O clima de “velório” ou de guerra na empresa da famiglia Saad ainda prossegue. Os cortes previstos para estes dias fazem parte de uma “primeira etapa da implantação de um novo processo de trabalho”. Ninguém ainda sabe como será a segunda fase. O que se sabe é que a Band deve fechar o balanço de 2017 no vermelho, com queda dos lucros. O cenário é parecido em outras emissoras, segundo recente reportagem de Ricardo Feltrin. Com exceção da Globo e da Record, todas as outras redes estão em dificuldades financeiras. A primeira porque é um império e concentra o grosso da publicidade no país; a segunda porque conta com o dinheiro, não contabilizado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Mesmo assim, ambas têm promovido ajustes, demitindo e cortando salários. Imagine a situação das outras. Segundo boatos, o facão deve aumentar nas próximas semanas na tevê brasileira.
Apesar da mídia chapa-branca, nutrida com milhões de publicidade do covil golpista, difundir que o Brasil já superou a crise econômica e ruma para o paraíso, as demissões nas emissoras demonstram exatamente o contrário. A economia está estagnada, o que afugenta os anunciantes e agrava os problemas de caixa. Além deste fator conjuntural, a mídia tradicional ainda sofre com a explosão da internet, com sua perda de credibilidade e também com a péssima gestão das famiglias que controlam o setor. A crise ainda vai produzir muitas vítimas entre os profissionais da área.
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