Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:
A agência norte-americana de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito da dívida soberana do Brasil de BB para BB-.
A grande notícia neste fato, porém, não está no rebaixamento propriamente dito, mas no que ele significa no contexto político internacional.
Por mais que possa parecer, agências de risco como a S&P, Moody’s e Fitch medem muito mais a capacidade política dos governos em atender os interesses de seus financiadores do que a saúde econômica das empresas e países que avaliam.
A grande notícia neste fato, porém, não está no rebaixamento propriamente dito, mas no que ele significa no contexto político internacional.
Por mais que possa parecer, agências de risco como a S&P, Moody’s e Fitch medem muito mais a capacidade política dos governos em atender os interesses de seus financiadores do que a saúde econômica das empresas e países que avaliam.
O acobertamento que essas agências de risco deram aos Estados Unidos na crise econômica de 2008 é prova do nível de canalhice que rodeia as notas atribuídas por elas a depender do cliente.
Em suma, numa regra geral, pode-se dizer que uma determinada economia precisa ir muito bem num governo de esquerda para que essas agências atribuam o chamado grau de investimento.
Governos e empresas que não se submetem aos interesses econômicos dos grandes centros financeiros normalmente são rebaixados.
Suas políticas, dizem eles, precisam ser reformadas.
Somente com taxas escandinavas de emprego, reservas internacionais seguras e estabilidade e independência das instituições conseguem obrigá-las a certificar como bons pagadores, governos populares e nacionalistas.
Foi exatamente o que aconteceu, pela primeira vez na história desse país, em abril do mesmo ano de 2008.
Enquanto a grande potência econômica e militar do mundo penava com as crises intrínsecas do capitalismo, o Brasil tornava-se um exemplo mundial a ser seguido a partir de políticas de inclusão social e redução da desigualdade econômica.
Vivíamos naquele momento uma posição até então inimaginável.
Na contramão de tudo isso, é preciso que a economia vá muito mal para que um país que não faz outra coisa a não ser atender aos interesses externos, sejam rebaixados nas suas avaliações.
Desde que Temer e sua equipe de “notáveis” chegaram ao poder – e à presidência das grandes estatais brasileiras – tudo que temos visto é o desmonte e a entrega de nosso patrimônio ao capital internacional.
Nada obstante, por mais que o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenha se submetido a uma série de humilhações ao tentar convencê-los a não rebaixar o rating brasileiro, o fato é que a ótica capitalista não tolera falhas e desobediências.
A economia de fato vai mal e não pára de dar sinais de piora, é verdade. Mas a crescente dificuldade em aprovar a reforma da previdência foi fator preponderante para que o castigo fosse aplicado.
Até para o reino mineral já está claro que a pauta de reformas adotada por Temer é a grande fatura a ser paga pelo golpe que o colocou na presidência.
A demora na sua liquidação incorre em penalidades.
Ao rebaixar a nota do Brasil, o grande capital demonstra que Henrique Meirelles, a grande estrela da equipe econômica de Temer, falhou duplamente.
Se por um lado não conseguiu retirar o Brasil do atoleiro que as forças de direita nos meteram por não aceitar o resultado das urnas, por outro, não teve sequer a competência de ser um exemplar capacho dos verdadeiros donos do dinheiro.
Se a sua candidatura ao Palácio do Planalto dependia, como dito por ele próprio, dos seus resultados, mantida a coerência, teremos um aventureiro a menos na disputa presidencial de 2018.
No fim das contas, para alguma coisa boa esse rebaixamento deve servir.
Em suma, numa regra geral, pode-se dizer que uma determinada economia precisa ir muito bem num governo de esquerda para que essas agências atribuam o chamado grau de investimento.
Governos e empresas que não se submetem aos interesses econômicos dos grandes centros financeiros normalmente são rebaixados.
Suas políticas, dizem eles, precisam ser reformadas.
Somente com taxas escandinavas de emprego, reservas internacionais seguras e estabilidade e independência das instituições conseguem obrigá-las a certificar como bons pagadores, governos populares e nacionalistas.
Foi exatamente o que aconteceu, pela primeira vez na história desse país, em abril do mesmo ano de 2008.
Enquanto a grande potência econômica e militar do mundo penava com as crises intrínsecas do capitalismo, o Brasil tornava-se um exemplo mundial a ser seguido a partir de políticas de inclusão social e redução da desigualdade econômica.
Vivíamos naquele momento uma posição até então inimaginável.
Na contramão de tudo isso, é preciso que a economia vá muito mal para que um país que não faz outra coisa a não ser atender aos interesses externos, sejam rebaixados nas suas avaliações.
Desde que Temer e sua equipe de “notáveis” chegaram ao poder – e à presidência das grandes estatais brasileiras – tudo que temos visto é o desmonte e a entrega de nosso patrimônio ao capital internacional.
Nada obstante, por mais que o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenha se submetido a uma série de humilhações ao tentar convencê-los a não rebaixar o rating brasileiro, o fato é que a ótica capitalista não tolera falhas e desobediências.
A economia de fato vai mal e não pára de dar sinais de piora, é verdade. Mas a crescente dificuldade em aprovar a reforma da previdência foi fator preponderante para que o castigo fosse aplicado.
Até para o reino mineral já está claro que a pauta de reformas adotada por Temer é a grande fatura a ser paga pelo golpe que o colocou na presidência.
A demora na sua liquidação incorre em penalidades.
Ao rebaixar a nota do Brasil, o grande capital demonstra que Henrique Meirelles, a grande estrela da equipe econômica de Temer, falhou duplamente.
Se por um lado não conseguiu retirar o Brasil do atoleiro que as forças de direita nos meteram por não aceitar o resultado das urnas, por outro, não teve sequer a competência de ser um exemplar capacho dos verdadeiros donos do dinheiro.
Se a sua candidatura ao Palácio do Planalto dependia, como dito por ele próprio, dos seus resultados, mantida a coerência, teremos um aventureiro a menos na disputa presidencial de 2018.
No fim das contas, para alguma coisa boa esse rebaixamento deve servir.
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