Por Denise Assis, no blog Cafezinho:
Qualquer que seja o resultado do julgamento de apelação no TRF-4, que poderá corroborar ou não a sentença dada pelo juiz Sérgio Moro, condenando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nove anos e meio de prisão, no próximo dia 24, ele será determinante para a mudança, já no dia 25, da feição do país.
O dia 25 de janeiro marcará o início do embate eleitoral a ser realizado em outubro. E, para isto, o conjunto do oligopólio da mídia anuncia o método como agirá, ao longo do ano, formatando pensamentos como se o cérebro do conjunto de pessoas que formam a população, fosse massinha de modelar, que podem dispor ao seu bel prazer.
Para isto, a TV Globo, sempre ela, colocou em pauta uma campanha “engraçadinha”, mobilizando a população a vestir o seu melhor figurino, dirigir-se para um ponto turístico característico de sua cidade, e de lá mandar o recado: qual o país que queremos?
Ora, meus amigos. Não sejamos ingênuos. A resposta a esta pergunta não será, obviamente, um resumo do país com o qual você sonha, mas modelará o país que a TV Globo quer para você. Evidente que todas as mensagens serão filtradas e enfileiradas de modo a fazer surgir do conjunto de vídeos o país com a cara do Luciano Huck. Um país de faz de contas, onde tudo pode ser “passado a limpo”, como no quadro “Lata Velha”, do programa do rapaz, em que um carango caindo aos pedaços, passa por uma competente fuselagem e surge estalando de novo, no palco, arrancando lágrimas do humilde proprietário.
Ninguém nunca acompanhou por quanto tempo a carcaça corroída pela ferrugem, o motor recauchutado e o mecanismo das portas aguentaram depois do show. Certo é que, no ápice do programa, faz bonito. É como os candidatos apoiados pela emissora. No palco do debate aparecem bem penteados e bem treinados nas respostas, mas bastou uma lente de aumento, para que surjam em conversas com traficantes confessos, falando em mandar matar, com a tranquilidade de quem comenta um evento festivo.
O país que a Globo quer que vocês definam em suas mensagens de vídeo é o país que proclama a culpa dos que não foram julgados, escolhem em quem você vai votar e constará da plataforma de governo de candidatos fascistas, prontos para avançar nos direitos adquiridos pelos trabalhadores, ao longo de duras lutas. É isso o que “eles” querem. Que vocês desenhem o candidato a ser montado, com a cara do conjunto de mensagens filtradas. Depois, tal como em 1964, quando por dois anos a propaganda massiva de toda a mídia (com exceção da Última Hora) exortou a população a ficar do lado do golpe, terem o mesmo argumento usado até hoje – apesar do pedido de desculpas tardio – para justificá-lo: “a população pediu”. Cuidado com o que você pede. A Globo, mais que Deus, pode atendê-lo.
Qualquer que seja o resultado do julgamento de apelação no TRF-4, que poderá corroborar ou não a sentença dada pelo juiz Sérgio Moro, condenando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nove anos e meio de prisão, no próximo dia 24, ele será determinante para a mudança, já no dia 25, da feição do país.
O dia 25 de janeiro marcará o início do embate eleitoral a ser realizado em outubro. E, para isto, o conjunto do oligopólio da mídia anuncia o método como agirá, ao longo do ano, formatando pensamentos como se o cérebro do conjunto de pessoas que formam a população, fosse massinha de modelar, que podem dispor ao seu bel prazer.
Para isto, a TV Globo, sempre ela, colocou em pauta uma campanha “engraçadinha”, mobilizando a população a vestir o seu melhor figurino, dirigir-se para um ponto turístico característico de sua cidade, e de lá mandar o recado: qual o país que queremos?
Ora, meus amigos. Não sejamos ingênuos. A resposta a esta pergunta não será, obviamente, um resumo do país com o qual você sonha, mas modelará o país que a TV Globo quer para você. Evidente que todas as mensagens serão filtradas e enfileiradas de modo a fazer surgir do conjunto de vídeos o país com a cara do Luciano Huck. Um país de faz de contas, onde tudo pode ser “passado a limpo”, como no quadro “Lata Velha”, do programa do rapaz, em que um carango caindo aos pedaços, passa por uma competente fuselagem e surge estalando de novo, no palco, arrancando lágrimas do humilde proprietário.
Ninguém nunca acompanhou por quanto tempo a carcaça corroída pela ferrugem, o motor recauchutado e o mecanismo das portas aguentaram depois do show. Certo é que, no ápice do programa, faz bonito. É como os candidatos apoiados pela emissora. No palco do debate aparecem bem penteados e bem treinados nas respostas, mas bastou uma lente de aumento, para que surjam em conversas com traficantes confessos, falando em mandar matar, com a tranquilidade de quem comenta um evento festivo.
O país que a Globo quer que vocês definam em suas mensagens de vídeo é o país que proclama a culpa dos que não foram julgados, escolhem em quem você vai votar e constará da plataforma de governo de candidatos fascistas, prontos para avançar nos direitos adquiridos pelos trabalhadores, ao longo de duras lutas. É isso o que “eles” querem. Que vocês desenhem o candidato a ser montado, com a cara do conjunto de mensagens filtradas. Depois, tal como em 1964, quando por dois anos a propaganda massiva de toda a mídia (com exceção da Última Hora) exortou a população a ficar do lado do golpe, terem o mesmo argumento usado até hoje – apesar do pedido de desculpas tardio – para justificá-lo: “a população pediu”. Cuidado com o que você pede. A Globo, mais que Deus, pode atendê-lo.
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