Por Ergon Cugler, no site da UJS:
O que esperar de 2018 após um ano repleto de reviravoltas no cenário político de toda América Latina? Aliás, só no Brasil, foi morte mal explicada de Teori Zavascki, relator da Lava Jato, ainda em janeiro; entrada de Alexandre de Moraes, aliado de Temer, para a então vaga no STF logo em fevereiro; e Operação “Carne Fraca” em março, que lá em junho deflagrou uma série de denúncias envolvendo malas de dinheiro, Joesley Batista e Michel Temer, tudo em uma frase só; Resultante, foi em julho e agosto, onde duas denúncias da Procuradoria Geral da República seguiram ao Congresso como pedido de impeachment de Temer, mas foram barradas.
O trunfo, no entanto, de tal ponte para o futuro sonhada por Temer e aliados vive nas reformas implantadas: em fevereiro foi a do Ensino Médio, sem qualquer discussão com a sociedade; em agosto foi vez da reforma trabalhista, colocando em cheque direitos conquistados há décadas e antes garantidos pela CLT; e aos 45 do segundo tempo, quase passa a reforma da previdência, que resultante de muita mobilização de movimentos sociais e diversos setores, foi empurrada para 2018. Todas como reflexo da tal PEC 55, que coloca teto nos investimentos do governo, limitando o desenvolvimento do país em diversos setores.
Nenhuma das movimentações, porém, foi isolada. Todas foram reflexo de uma grande onda conservadora que mergulha o mundo e, consequentemente, a América Latina, a qual se tornou palco de diversos retrocessos coordenados no último período.
A América Latina no encerramento de 2017
A iniciar pela Argentina, tivemos Macri no poder, que também, assim como Temer, decidiu por apostar em diversas reformas ao longo de seu início de mandato. Outubro foi marcante e surpreendeu até mesmo a ala conservadora do país, quando o peronismo foi quase que totalmente substituído pelo “Cambiemos”, coalizão que após eleições legislativas se tornou o centro do poder no país com vitória expressiva nas urnas, dando não somente base sólida à Macri, mas condições políticas de ao fim do ano apresentar pacotão que altera as leis da previdência. Assim como no Brasil, o povo argentino foi às ruas, e como a onda se repete, houve forte perseguição e agressividade por parte do atual governo para com os manifestantes.
No Chile, Sebastián Piñera, de agenda liberal, venceu as eleições com 54% dos votos, contra o candidato à sucessão de projeto da socialista Michelle Bachelet. Será a segunda vez que Piñera estará na presidência do país, dando continuidade à uma série de privatizações que já ocorreram em seu primeiro mandato.
Honduras merece profunda análise, mas de forma breve nos é necessário recordar de 2009, quando Manuel Zelaya foi deposto de seu mandato de forma muito similar ao Brasil, através de movimentações no parlamento que se configuraram, como classificaram muitos países na época, em golpe de Estado. As eleições em 2017 reafirmaram tal projeto com a confusão que se instaurou no país, resultando em decreto de Estado de Exceção e toque de recolher. Com resultados imprecisos e fortes denúncias de fraude nos resultados por parte do atual grupo político no poder, que substituiu Zelaya, diversos protestos ascenderam por todo país com participação popular ao lado da Aliança de Oposição contra Ditadura.
Ainda em 2017 o Peru, apesar de não ter passado por eleições, nos chama atenção com movimentações do atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), quando, ao passar por denúncias e restar linha tênue durante seu processo de impeachment no início de dezembro, apelou ao dar indulto presidencial para soltar o ex-presidente, ditador, Alberto Fujimori, condenado em 2009 à 25 anos por abuso de direitos humanos e corrupção durante sua gestão. Assim como no Brasil, as emendas parlamentares aos deputados garantiram barrar as denúncias contra Temer, no Peru, o perdão a Fujimori fez com que seu filho, deputado, e seu bloco aliado trabalhassem para também barrar o processo contra seu presidente.
Sem deixar de valorizar todo papel da Venezuela na conjuntura da América Latina, marcante foram os resultados da Assembleia Popular Constituinte, que garantiu resposta às tentativas norte-americanas de ganhar espaço, ainda mais com crescimento da disputa regional de fontes energéticas como o petróleo e gás natural. O povo venezuelano nos terá muito a contar em 2018 e, através da retomada constituinte, apresentar rumos para os países irmãos.
O que esperar de 2018 para a América Latina?
O ano que chega contará com diversas eleições majoritárias, alinhando o rumo da América Latina e refletindo movimentações do cenário internacional. Portanto, compreender o cenário que se dá no Brasil é também mergulhar num contexto maior, global, que influencia as relações de poder principalmente na América Latina, ao fortalecer blocos e projetos.
A primeira disputa de 2018 será a Costa Rica, onde tende a ser de vantagem à ala progressista, após forte governo do tradicional partido de Libertação Nacional no passado e trágica gestão da atual ala mais conservadora, que apresenta apenas 6% de intensão de votos. Antonio Álvarez Desanti, do PLN, aparece à frente com seus 23% de intensão dos votos, mas o grande mistério ainda está nos 30% da população que ainda declarou não saber em quem votar e que, num avanço mais à direita, pode virar o cenário logo no início do ano.
Dois meses depois, em abril, a disputa no Paraguai tende a ser entre o tradicional partido conservador, Partido Colorado, da atual gestão paraguaia, e o Partido Liberal que vem ganhando espaço entre jovens e a chamada classe média; em contraponto, a “Frente Guasu”, bloco de movimentos e partidos de esquerda que se organiza desde 2010 para ampliar conquistas no país, aponta estratégia pelo caminho de recuperar fragilidades da economia e alargamento da desigualdade que tem crescido nos últimos anos.
Ainda no primeiro semestre, a Colômbia se destaca, pois a eleição presidencial de maio de 2018 será a primeira após a assinatura do acordo de paz que pôs fim a meio século de guerra civil no país. Assim como no Brasil, a Colômbia passa por um momento de debate nacional acerca do combate à expressiva corrupção e enfrenta grave crise de desemprego e desigualdade social, resultado da agenda neoliberal de Juan Manoel Santos, fundador do Partido Liberal. A surpresa, no entanto, foi a organização de um partido originário das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que se registrou como “Força Alternativa Revolucionária do Comum” e pretende apresentar seu líder Rodrigo Lodoño, mais conhecido como Timochenko, como candidato à presidente da República. No entanto, enquanto o debate se polariza, surge a figura de Sergio Fajardo, ex-prefeito de Medellín, que se apresenta como independente com o discurso de “nem de esquerda, nem de direita”. Apesar da confusão social, a população tende a rejeitar qualquer sinalização à privatização, pois em meio a tanta crise e descuido com os serviços públicos, a esperança tem se apresentado em quem garantir um Estado forte para alavancar a economia do país e reanimar o povo colombiano combatendo a fome e a miséria.
O Morena (Movimento de Regeneração Nacional), partido de esquerda que cresce no México, tem vantagem se comparado aos mais de 40 candidatos que já se apresentaram ao pleito para as eleições de julho de 2018. O país tem passado por grave crise de segurança, envolvendo cartéis e o enfrentamento com as forças armadas, para além de casos de corrupção cercando diversos setores do governo. Andrés Manuel López Obrador, fundador e atual líder do Morena ganhou destaque ao combater o discurso autoritário de Donald Trump, o qual ameaçou em diversas situações colocar um muro entre os dois países.
Brasil 2018 e seu impacto no rumo internacional
Como vemos, o cenário em toda América Latina está longe da estabilidade e contou, em 2017, com enorme avanço do conservadorismo e de forças antiprogressistas, mas aponta saídas à crise existente em diversos países através do fortalecimento do povo e de um projeto de nação forte, caminho que poderá garantir conquistas em 2018, mas ainda com grande resistência de setores beneficiados pelas movimentações neoliberais no continente.
Um dos pontos a se observar é a insatisfação da classe média latino-americana, que tem experimentado baixo crescimento econômico, para além da exposição crescente a casos de violência, resultantes da miséria, configurando em aversão ao “mais do mesmo”. Ao mesmo tempo, sabemos que o ciclo de democratização na América-Latina tem profunda relação com classe política que ascendeu ao lado de casos de corrupção e financiamento sem qualquer transparência, gerando ainda mais angústia do povo em relação ao modelo político apresentado e aos tais representantes do povo. A preocupação que surge desta necessidade do novo é a onda dos apolíticos, muitos independentes que não se apresentam nem de esquerda, nem de direita, e surfam de forma oportunista na insatisfação do povo com soluções populistas e imediatistas, sem garantir mudanças estruturais através do caminho real da mudança, o da política.
Longe de qualquer futurologia, é evidente o cenário de polarização que o Brasil se coloca, e ainda assim é necessário apresentar caminhos concretos para a retoma do desenvolvimento econômico e da redução da desigualdade social. A valorização do caminho da política, por um lado, garante, mesmo que minimamente, a elevação da consciência coletiva no que diz respeito a ter lado e responsabilidade no projeto de país; por outro, traz a um campo mais palpável, longe de apenas belos rostos e salvadores da pátria com soluções imediatas.
Lula se destaca nas pesquisas, mas o dia 24 ainda será o marcador oficial da corrida de fato, pois será a partir do julgamento que teremos elementos mais concretos para identificar os caminhos apresentados em relação à opinião pública. O povo, ao meio de toda esta confusão política, tende à encarar saídas como Bolsonaro por todos elementos de descrença na política, mas a retomada, assim como mostram nossos irmãos latino-americanos, de um projeto sólido que combata a miséria, é a grande resposta do momento.
O que nos resta é garantir resistência e organização para que tenham eleições em 2018, combatendo movimentações como as de dentro do STF de ressuscitar a PEC do Parlamentarismo; e para que garantir o fortalecimento de um projeto que reconquiste a esperança do povo com a aglutinação de setores que buscam a retomada do desenvolvimento. Pois só haverá vitória de tal projeto com muito amor ao Brasil e esperança ao povo brasileiro.
O que esperar de 2018 após um ano repleto de reviravoltas no cenário político de toda América Latina? Aliás, só no Brasil, foi morte mal explicada de Teori Zavascki, relator da Lava Jato, ainda em janeiro; entrada de Alexandre de Moraes, aliado de Temer, para a então vaga no STF logo em fevereiro; e Operação “Carne Fraca” em março, que lá em junho deflagrou uma série de denúncias envolvendo malas de dinheiro, Joesley Batista e Michel Temer, tudo em uma frase só; Resultante, foi em julho e agosto, onde duas denúncias da Procuradoria Geral da República seguiram ao Congresso como pedido de impeachment de Temer, mas foram barradas.
O trunfo, no entanto, de tal ponte para o futuro sonhada por Temer e aliados vive nas reformas implantadas: em fevereiro foi a do Ensino Médio, sem qualquer discussão com a sociedade; em agosto foi vez da reforma trabalhista, colocando em cheque direitos conquistados há décadas e antes garantidos pela CLT; e aos 45 do segundo tempo, quase passa a reforma da previdência, que resultante de muita mobilização de movimentos sociais e diversos setores, foi empurrada para 2018. Todas como reflexo da tal PEC 55, que coloca teto nos investimentos do governo, limitando o desenvolvimento do país em diversos setores.
Nenhuma das movimentações, porém, foi isolada. Todas foram reflexo de uma grande onda conservadora que mergulha o mundo e, consequentemente, a América Latina, a qual se tornou palco de diversos retrocessos coordenados no último período.
A América Latina no encerramento de 2017
A iniciar pela Argentina, tivemos Macri no poder, que também, assim como Temer, decidiu por apostar em diversas reformas ao longo de seu início de mandato. Outubro foi marcante e surpreendeu até mesmo a ala conservadora do país, quando o peronismo foi quase que totalmente substituído pelo “Cambiemos”, coalizão que após eleições legislativas se tornou o centro do poder no país com vitória expressiva nas urnas, dando não somente base sólida à Macri, mas condições políticas de ao fim do ano apresentar pacotão que altera as leis da previdência. Assim como no Brasil, o povo argentino foi às ruas, e como a onda se repete, houve forte perseguição e agressividade por parte do atual governo para com os manifestantes.
No Chile, Sebastián Piñera, de agenda liberal, venceu as eleições com 54% dos votos, contra o candidato à sucessão de projeto da socialista Michelle Bachelet. Será a segunda vez que Piñera estará na presidência do país, dando continuidade à uma série de privatizações que já ocorreram em seu primeiro mandato.
Honduras merece profunda análise, mas de forma breve nos é necessário recordar de 2009, quando Manuel Zelaya foi deposto de seu mandato de forma muito similar ao Brasil, através de movimentações no parlamento que se configuraram, como classificaram muitos países na época, em golpe de Estado. As eleições em 2017 reafirmaram tal projeto com a confusão que se instaurou no país, resultando em decreto de Estado de Exceção e toque de recolher. Com resultados imprecisos e fortes denúncias de fraude nos resultados por parte do atual grupo político no poder, que substituiu Zelaya, diversos protestos ascenderam por todo país com participação popular ao lado da Aliança de Oposição contra Ditadura.
Ainda em 2017 o Peru, apesar de não ter passado por eleições, nos chama atenção com movimentações do atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), quando, ao passar por denúncias e restar linha tênue durante seu processo de impeachment no início de dezembro, apelou ao dar indulto presidencial para soltar o ex-presidente, ditador, Alberto Fujimori, condenado em 2009 à 25 anos por abuso de direitos humanos e corrupção durante sua gestão. Assim como no Brasil, as emendas parlamentares aos deputados garantiram barrar as denúncias contra Temer, no Peru, o perdão a Fujimori fez com que seu filho, deputado, e seu bloco aliado trabalhassem para também barrar o processo contra seu presidente.
Sem deixar de valorizar todo papel da Venezuela na conjuntura da América Latina, marcante foram os resultados da Assembleia Popular Constituinte, que garantiu resposta às tentativas norte-americanas de ganhar espaço, ainda mais com crescimento da disputa regional de fontes energéticas como o petróleo e gás natural. O povo venezuelano nos terá muito a contar em 2018 e, através da retomada constituinte, apresentar rumos para os países irmãos.
O que esperar de 2018 para a América Latina?
O ano que chega contará com diversas eleições majoritárias, alinhando o rumo da América Latina e refletindo movimentações do cenário internacional. Portanto, compreender o cenário que se dá no Brasil é também mergulhar num contexto maior, global, que influencia as relações de poder principalmente na América Latina, ao fortalecer blocos e projetos.
A primeira disputa de 2018 será a Costa Rica, onde tende a ser de vantagem à ala progressista, após forte governo do tradicional partido de Libertação Nacional no passado e trágica gestão da atual ala mais conservadora, que apresenta apenas 6% de intensão de votos. Antonio Álvarez Desanti, do PLN, aparece à frente com seus 23% de intensão dos votos, mas o grande mistério ainda está nos 30% da população que ainda declarou não saber em quem votar e que, num avanço mais à direita, pode virar o cenário logo no início do ano.
Dois meses depois, em abril, a disputa no Paraguai tende a ser entre o tradicional partido conservador, Partido Colorado, da atual gestão paraguaia, e o Partido Liberal que vem ganhando espaço entre jovens e a chamada classe média; em contraponto, a “Frente Guasu”, bloco de movimentos e partidos de esquerda que se organiza desde 2010 para ampliar conquistas no país, aponta estratégia pelo caminho de recuperar fragilidades da economia e alargamento da desigualdade que tem crescido nos últimos anos.
Ainda no primeiro semestre, a Colômbia se destaca, pois a eleição presidencial de maio de 2018 será a primeira após a assinatura do acordo de paz que pôs fim a meio século de guerra civil no país. Assim como no Brasil, a Colômbia passa por um momento de debate nacional acerca do combate à expressiva corrupção e enfrenta grave crise de desemprego e desigualdade social, resultado da agenda neoliberal de Juan Manoel Santos, fundador do Partido Liberal. A surpresa, no entanto, foi a organização de um partido originário das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que se registrou como “Força Alternativa Revolucionária do Comum” e pretende apresentar seu líder Rodrigo Lodoño, mais conhecido como Timochenko, como candidato à presidente da República. No entanto, enquanto o debate se polariza, surge a figura de Sergio Fajardo, ex-prefeito de Medellín, que se apresenta como independente com o discurso de “nem de esquerda, nem de direita”. Apesar da confusão social, a população tende a rejeitar qualquer sinalização à privatização, pois em meio a tanta crise e descuido com os serviços públicos, a esperança tem se apresentado em quem garantir um Estado forte para alavancar a economia do país e reanimar o povo colombiano combatendo a fome e a miséria.
O Morena (Movimento de Regeneração Nacional), partido de esquerda que cresce no México, tem vantagem se comparado aos mais de 40 candidatos que já se apresentaram ao pleito para as eleições de julho de 2018. O país tem passado por grave crise de segurança, envolvendo cartéis e o enfrentamento com as forças armadas, para além de casos de corrupção cercando diversos setores do governo. Andrés Manuel López Obrador, fundador e atual líder do Morena ganhou destaque ao combater o discurso autoritário de Donald Trump, o qual ameaçou em diversas situações colocar um muro entre os dois países.
Brasil 2018 e seu impacto no rumo internacional
Como vemos, o cenário em toda América Latina está longe da estabilidade e contou, em 2017, com enorme avanço do conservadorismo e de forças antiprogressistas, mas aponta saídas à crise existente em diversos países através do fortalecimento do povo e de um projeto de nação forte, caminho que poderá garantir conquistas em 2018, mas ainda com grande resistência de setores beneficiados pelas movimentações neoliberais no continente.
Um dos pontos a se observar é a insatisfação da classe média latino-americana, que tem experimentado baixo crescimento econômico, para além da exposição crescente a casos de violência, resultantes da miséria, configurando em aversão ao “mais do mesmo”. Ao mesmo tempo, sabemos que o ciclo de democratização na América-Latina tem profunda relação com classe política que ascendeu ao lado de casos de corrupção e financiamento sem qualquer transparência, gerando ainda mais angústia do povo em relação ao modelo político apresentado e aos tais representantes do povo. A preocupação que surge desta necessidade do novo é a onda dos apolíticos, muitos independentes que não se apresentam nem de esquerda, nem de direita, e surfam de forma oportunista na insatisfação do povo com soluções populistas e imediatistas, sem garantir mudanças estruturais através do caminho real da mudança, o da política.
Longe de qualquer futurologia, é evidente o cenário de polarização que o Brasil se coloca, e ainda assim é necessário apresentar caminhos concretos para a retoma do desenvolvimento econômico e da redução da desigualdade social. A valorização do caminho da política, por um lado, garante, mesmo que minimamente, a elevação da consciência coletiva no que diz respeito a ter lado e responsabilidade no projeto de país; por outro, traz a um campo mais palpável, longe de apenas belos rostos e salvadores da pátria com soluções imediatas.
Lula se destaca nas pesquisas, mas o dia 24 ainda será o marcador oficial da corrida de fato, pois será a partir do julgamento que teremos elementos mais concretos para identificar os caminhos apresentados em relação à opinião pública. O povo, ao meio de toda esta confusão política, tende à encarar saídas como Bolsonaro por todos elementos de descrença na política, mas a retomada, assim como mostram nossos irmãos latino-americanos, de um projeto sólido que combata a miséria, é a grande resposta do momento.
O que nos resta é garantir resistência e organização para que tenham eleições em 2018, combatendo movimentações como as de dentro do STF de ressuscitar a PEC do Parlamentarismo; e para que garantir o fortalecimento de um projeto que reconquiste a esperança do povo com a aglutinação de setores que buscam a retomada do desenvolvimento. Pois só haverá vitória de tal projeto com muito amor ao Brasil e esperança ao povo brasileiro.
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