Editorial do site Vermelho:
A medida mais preocupante da escalada da violência reacionária de direita que o Brasil assiste nos últimos meses, acentuada pelas raivosas agressões contra a caravana de Lula, é dada pelo silêncio de segmentos conservadores, pela omissão de setores do judiciário e da polícia, e pela manifestação de políticos que chegaram a defender o uso do chicote contra os manifestantes.
No Paraná, nesta terça-feira (27), tiros atingiram a caravana – e isso é gravíssimo. Como afirmou, há mais de um ano, o governador comunista do Maranhão, Flávio Dino: o gênio do fascismo saiu da lâmpada, e parece fora de qualquer controle. O que aconteceu é de extrema gravidade, disse Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República. Estes criminosos não têm compromisso com a democracia, com a eleição nem com o Brasil, disse ela. Isso não tem a ver com o Lula, mas que estes radicais da direita não acreditam na democracia; hoje, agem contra Lula; amanhã será contra qualquer um que não pense como eles.
Nesta escalada truculenta, a violência se equipara à de ações antidemocráticas e reacionárias praticadas em outras épocas da história, em outros momentos de radicalização direitista, no mundo e no Brasil. Repete a ação dos criminosos camicie nere (camisas negras) de Mussolini, dos camisas pardas da famigerada SA (Sturmabteilung) de Hitler, milícias formadas por criminosos, arruaceiros e valentões que, com violência extrema (incluindo agressões físicas e assassinatos) dissolviam reuniões e atacavam as sedes de sindicatos, partidos e outras organizações dos trabalhadores e democratas. Agiam contra a democracia e a legalidade com o apoio explícito de membros do judiciário, da mídia conservadora, de empresários reacionários e políticos de direita.
O Brasil assistiu, nos últimos meses, ao crescimento da intolerância religiosa, contra a liberdade artística, de pensamento e de ensino; à criminalização dos movimentos sociais, multiplicando-se as denúncias de assassinatos de líderes populares – a mesma truculência que assassinou, no Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco (PSOL).
A conjuntura atual se assemelha à da década de 1930, quando grupos fascistas se organizaram país afora para combater os avanços da democracia. Em 7 de outubro de 1934, por exemplo, ocorreu em São Paulo a Batalha da Praça da Sé, quando os comunistas derrotaram a provocação integralista, num confronto semelhante aos que ocorreram, nestes dias, no sul do país, opondo fascistas e direitistas aos democratas e lutadores pelo progresso social.
As manifestações em todo o Brasil contra o assassinato de Marielle e o vigor da greve dos servidores públicos de São Paulo são sinais de que a resistência democrática pode e precisa crescer. Ela exige a mobilização ampla de todos os segmentos sociais comprometidos com a democracia e a legalidade.
O aumento da resistência contra ação reacionária da direita cresce não ocorre só no Brasil. Neste sábado (24) o mundo assistiu à retomada massiva do movimento popular estadunidense contra o uso indiscriminado de armas de fogo, que está na origem dos frequentes massacres ocorridos por lá, com dezenas de mortos, sobretudo jovens. Mais de um milhão de pessoas saíram às ruas, em mais de 800 cidades – entre elas a capital, Washington, que reuniu 500 mil pessoas. Manifestações também ocorreram em cidades como Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Miami, Minneapolis e Nova York – e, no exterior, em Londres, Copenhagen, Madri, Paris, Roma e Tóquio. Há uma semana, 400 mil franceses foram às ruas contra a retirada de direitos dos trabalhadores.
Embora a força da direita e dos conservadores seja muito grande – lá, como aqui – os protestos, organizados pelo movimento “March For Our Lives” (“Marchem pelas suas vidas”), são um importante sinal do ânimo da juventude que, contrariando a pregação da direita conservadora, se mobiliza politicamente para alcançar suas reivindicações políticas democráticas e progressistas.
A escalada da violência reacionária no Brasil revela que a direita reacionária passa das palavras aos atos nos ataques contra a democracia e a legalidade. Com o silêncio cúmplice da mídia conservadora e de setores do judiciário e da polícia. E parece colocar a luta pela democracia e contra seus detratores em novo patamar. E, como a história desse confronto demonstra, no Brasil e no mundo, a extrema direita pode ser novamente derrotada. Contra a intolerância e o reacionarismo, podem prevalecer a legalidade, a democracia e o Estado Democrático de Direito. Os brasileiros lutam por isso.
A medida mais preocupante da escalada da violência reacionária de direita que o Brasil assiste nos últimos meses, acentuada pelas raivosas agressões contra a caravana de Lula, é dada pelo silêncio de segmentos conservadores, pela omissão de setores do judiciário e da polícia, e pela manifestação de políticos que chegaram a defender o uso do chicote contra os manifestantes.
No Paraná, nesta terça-feira (27), tiros atingiram a caravana – e isso é gravíssimo. Como afirmou, há mais de um ano, o governador comunista do Maranhão, Flávio Dino: o gênio do fascismo saiu da lâmpada, e parece fora de qualquer controle. O que aconteceu é de extrema gravidade, disse Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República. Estes criminosos não têm compromisso com a democracia, com a eleição nem com o Brasil, disse ela. Isso não tem a ver com o Lula, mas que estes radicais da direita não acreditam na democracia; hoje, agem contra Lula; amanhã será contra qualquer um que não pense como eles.
Nesta escalada truculenta, a violência se equipara à de ações antidemocráticas e reacionárias praticadas em outras épocas da história, em outros momentos de radicalização direitista, no mundo e no Brasil. Repete a ação dos criminosos camicie nere (camisas negras) de Mussolini, dos camisas pardas da famigerada SA (Sturmabteilung) de Hitler, milícias formadas por criminosos, arruaceiros e valentões que, com violência extrema (incluindo agressões físicas e assassinatos) dissolviam reuniões e atacavam as sedes de sindicatos, partidos e outras organizações dos trabalhadores e democratas. Agiam contra a democracia e a legalidade com o apoio explícito de membros do judiciário, da mídia conservadora, de empresários reacionários e políticos de direita.
O Brasil assistiu, nos últimos meses, ao crescimento da intolerância religiosa, contra a liberdade artística, de pensamento e de ensino; à criminalização dos movimentos sociais, multiplicando-se as denúncias de assassinatos de líderes populares – a mesma truculência que assassinou, no Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco (PSOL).
A conjuntura atual se assemelha à da década de 1930, quando grupos fascistas se organizaram país afora para combater os avanços da democracia. Em 7 de outubro de 1934, por exemplo, ocorreu em São Paulo a Batalha da Praça da Sé, quando os comunistas derrotaram a provocação integralista, num confronto semelhante aos que ocorreram, nestes dias, no sul do país, opondo fascistas e direitistas aos democratas e lutadores pelo progresso social.
As manifestações em todo o Brasil contra o assassinato de Marielle e o vigor da greve dos servidores públicos de São Paulo são sinais de que a resistência democrática pode e precisa crescer. Ela exige a mobilização ampla de todos os segmentos sociais comprometidos com a democracia e a legalidade.
O aumento da resistência contra ação reacionária da direita cresce não ocorre só no Brasil. Neste sábado (24) o mundo assistiu à retomada massiva do movimento popular estadunidense contra o uso indiscriminado de armas de fogo, que está na origem dos frequentes massacres ocorridos por lá, com dezenas de mortos, sobretudo jovens. Mais de um milhão de pessoas saíram às ruas, em mais de 800 cidades – entre elas a capital, Washington, que reuniu 500 mil pessoas. Manifestações também ocorreram em cidades como Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Miami, Minneapolis e Nova York – e, no exterior, em Londres, Copenhagen, Madri, Paris, Roma e Tóquio. Há uma semana, 400 mil franceses foram às ruas contra a retirada de direitos dos trabalhadores.
Embora a força da direita e dos conservadores seja muito grande – lá, como aqui – os protestos, organizados pelo movimento “March For Our Lives” (“Marchem pelas suas vidas”), são um importante sinal do ânimo da juventude que, contrariando a pregação da direita conservadora, se mobiliza politicamente para alcançar suas reivindicações políticas democráticas e progressistas.
A escalada da violência reacionária no Brasil revela que a direita reacionária passa das palavras aos atos nos ataques contra a democracia e a legalidade. Com o silêncio cúmplice da mídia conservadora e de setores do judiciário e da polícia. E parece colocar a luta pela democracia e contra seus detratores em novo patamar. E, como a história desse confronto demonstra, no Brasil e no mundo, a extrema direita pode ser novamente derrotada. Contra a intolerância e o reacionarismo, podem prevalecer a legalidade, a democracia e o Estado Democrático de Direito. Os brasileiros lutam por isso.
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