Por João Ricardo Dornelles, no blog Cafezinho:
No dia 10 de junho de 1924, milicianos fascistas sequestram o deputado socialista Giacomo Matteotti, secretário-geral do Partido Socialista Unitário italiano, e opositor ferrenho ao poder crescente de Benito Mussolini.
Matteotti foi sequestrado em Roma permaneceu desaparecido, tendo o corpo encontrado apenas dois meses depois. Uma onda de revolta agitou a Itália e a opinião pública internacional, chegando a chegando a criar algum embaraço entre as forças do Partido Nacional Fascista e as suas milícias de camisas negras.
Antes do seu assassinato, Matteotti já havia sido sequestrado e torturado pelos esquadrões fascistas. Seu assassinato era uma advertência clara: o governo fascista de Mussolini pretendia assumir o poder absoluto e permanente e suprimir qualquer oposição. O resultado foi que maioria dos integrantes do parlamento italiano, composto de partidos políticos liberais, passou a apoiar o Partido Nacional Fascista de Mussolini. Isso isolou a oposição de esquerda (comunistas, socialistas e outros partidos de esquerda), possibilitando que o Parlamento fosse fechado e as esquerdas colocadas na ilegalidade, dando início à fase mais explícita da ditadura fascista.
No dia 14 de março de 2018, em pleno centro do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco, mulher, negra, socialista, militante de direitos humanos, que denunciava os massacres e as violências das políticas de segurança pública adotadas nas comunidades faveladas e da periferia, foi executada juntamente com o seu assessor Anderson Gomes.
Como na Itália já sob o poder fascista, tudo indica que os assassinos são membros de milícias que atuam nas áreas mais pobres do Rio, com a participação de policiais. Chama a atenção que o assassinato de Mariella foi celebrado em páginas das redes sociais de seguidores de Jair Bolsonaro e grupos de direita e extrema-direita.
O que significa isso?
Com certeza, como na Itália, uma mensagem para os pobres, para os negros, favelados, mulheres, esquerdas, militantes de direitos humanos. Uma mensagem para todas e todos que lutam contra os retrocessos vividos no Brasil após o golpe de 2016. Uma mensagem para os que denunciam a intervenção federal como possível etapa de militarização do golpe e de expansão do genocídio social e racial que vivemos. Uma mensagem direta para os que lutam pela emancipação social e por outro mundo possível.
O significado da morte de Marielle Franco ganha a dimensão do que representou a sua vida e a sua luta, sendo a voz que de eleva de milhões de brasileiras e brasileiros oprimidas e oprimidos, exploradas e explorados, que poderão formar as grandes ondas de resistência contra a barbárie do modelo excludente, racista, colonial, patriarcal e sexista do capitalismo ultraliberal.
No dia 10 de junho de 1924, milicianos fascistas sequestram o deputado socialista Giacomo Matteotti, secretário-geral do Partido Socialista Unitário italiano, e opositor ferrenho ao poder crescente de Benito Mussolini.
Matteotti foi sequestrado em Roma permaneceu desaparecido, tendo o corpo encontrado apenas dois meses depois. Uma onda de revolta agitou a Itália e a opinião pública internacional, chegando a chegando a criar algum embaraço entre as forças do Partido Nacional Fascista e as suas milícias de camisas negras.
Antes do seu assassinato, Matteotti já havia sido sequestrado e torturado pelos esquadrões fascistas. Seu assassinato era uma advertência clara: o governo fascista de Mussolini pretendia assumir o poder absoluto e permanente e suprimir qualquer oposição. O resultado foi que maioria dos integrantes do parlamento italiano, composto de partidos políticos liberais, passou a apoiar o Partido Nacional Fascista de Mussolini. Isso isolou a oposição de esquerda (comunistas, socialistas e outros partidos de esquerda), possibilitando que o Parlamento fosse fechado e as esquerdas colocadas na ilegalidade, dando início à fase mais explícita da ditadura fascista.
No dia 14 de março de 2018, em pleno centro do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco, mulher, negra, socialista, militante de direitos humanos, que denunciava os massacres e as violências das políticas de segurança pública adotadas nas comunidades faveladas e da periferia, foi executada juntamente com o seu assessor Anderson Gomes.
Como na Itália já sob o poder fascista, tudo indica que os assassinos são membros de milícias que atuam nas áreas mais pobres do Rio, com a participação de policiais. Chama a atenção que o assassinato de Mariella foi celebrado em páginas das redes sociais de seguidores de Jair Bolsonaro e grupos de direita e extrema-direita.
O que significa isso?
Com certeza, como na Itália, uma mensagem para os pobres, para os negros, favelados, mulheres, esquerdas, militantes de direitos humanos. Uma mensagem para todas e todos que lutam contra os retrocessos vividos no Brasil após o golpe de 2016. Uma mensagem para os que denunciam a intervenção federal como possível etapa de militarização do golpe e de expansão do genocídio social e racial que vivemos. Uma mensagem direta para os que lutam pela emancipação social e por outro mundo possível.
O significado da morte de Marielle Franco ganha a dimensão do que representou a sua vida e a sua luta, sendo a voz que de eleva de milhões de brasileiras e brasileiros oprimidas e oprimidos, exploradas e explorados, que poderão formar as grandes ondas de resistência contra a barbárie do modelo excludente, racista, colonial, patriarcal e sexista do capitalismo ultraliberal.
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