Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Levantamento recente feito pelo Senado apontou que a União gastou 4,3 bilhões de reais com o benefício nos últimos anos.
Em 1.º de fevereiro, Suas Excelências fizeram uma “manifestação” em defesa de seus privilégios após a denúncia de que o juiz federal da Lava Jato Marcelo Bretas recebe duas vezes a regalia porque ele e sua mulher, também juíza, apesar de terem imóveis próprios e residirem sob o mesmo teto, recebem dois “auxílios-moradia”.
Se juntarmos Bretas a Sergio Moro, quem também recebe auxílio-moradia apesar de ter imóvel, eles receberam, juntos, R$ 516.582, mais de meio milhão de reais.
O Blog da Cidadania foi verificar quantas casas populares poderiam ter sido construídas com os 4,3 bilhões de reais gastos pelo país com “auxílio-moradia”. Para isso, apelou a uma empresa que confecciona projetos de casas populares e descobriu que uma casa de dois quartos e cozinha americana, com 46,86 m² de área, custa de 43 a 54 mil reais.
Levando-se em conta que o país já gastou 4,3 bilhões de reais com “auxílio-moradia” para gente que ganha salários ENORMES (como a categoria dos juízes de Direito), temos que esse valor poderia ter construído 86 mil casas populares, beneficiando 344 mil pessoas.
Como essa regalia é inconstitucional, O Supremo Tribunal Federal, depois de a porta ter sido arrombada, já avisou que pretende “restringir” o alcance do auxílio-moradia pago hoje a magistrados de todo o país.
Agora, após o país inteiro chiar, o privilégio será concedido só a juízes que trabalham fora de suas cidades de origem e não têm imóvel na cidade em que estiver trabalhando. Aliás, como deveria ser desde o começo.
Segundo O Globo, os juízes protestam contra o risco de perderem o auxílio-moradia e alegam que estão sendo vítimas de perseguição por conta das decisões duras contra autoridades investigadas por corrupção.
Eis a moralidade desses hipócritas. Recebendo salários altíssimos, esses juízes esbofeteiam o Brasil ao inventarem essa conversa mole sobre estarem sendo alvo dos corruptos que dizem que perseguem
Eis o nível de moralidade e de compromisso com o interesse público dessa gente. O Brasil carrega essa casta do Judiciário nas costas, montada em pilhas de dinheiro público, para demorar, muitas vezes, décadas para julgar processos que não lhe interessam enquanto julga com velocidade supersônica seus inimigos políticos.
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