Por Lecio Morais, no Blog do Renato:
Desde a semana passada, a América Latina, outra vez, segue em crise financeira pela fuga de dólares, com os capitais voltando aos EUA tentando serem os primeiros a comprar os treasuries, na suposição que o FED aumentará sua taxa de juro.
Vários países estão sofrendo perdas de reservas, em especial, a Argentina. Mesmo no Brasil, as saídas são fortes, mas as nossas reservas de 370 bilhões de dólares, construídas pelo governo Lula, nos dão garantia. Mas, mesmo assim, o real tem se desvalorizado.
Hoje, Macri anuncia que a Argentina pedirá socorro ao FMI. A fragilidade do país frente a uma saída de capitais especulativos mostra que as reformas financeiras adotadas por Macri são inadequadas às condições reais da Argentina.
Essas reformas seguem um roteiro não tem nada de novo, apenas repete, com variações, o adotado pelo Plano Real, em 1994. Ambas foram programas para implantar políticas de liberalização comercial e financeira, inspiradas pelo neoliberalismo. No Brasil, a adoção esse programa de abertura, apesar dos tropeções intermediários, levou quatro anos para levar o país ao desastre. No final de 1998, sofremos uma crise cambial, racionou-se o câmbio, o real foi desvalorizado, a dívida pública dobrou e vivemos quatro anos de estagnação.
Não por coincidência, esse mesmo programa de abertura aconteceu em uma conjuntura internacional de liquidez e baixa taxa de juro dos títulos americanos. Um momento em que os capitais financeiros, sequiosos por maiores ganhos, buscam “novos mercados”. Conseguiram isso no Brasil e em muitos outros países.
Em 2016, Macri, retirou os controles cambiais que garantiam – bem ou mal – as contas externas e as reservas de divisas. Antes, para preparar o país para o choque da desvalorização da taxa de cambio, Macri fechou o acordo com os “fundos abutres”, pagando-lhes o que queriam para encerrar a situação de default que vivia o país há anos. Pagar a chantagem dos “abutres” era necessário para viabilizar a entrada rápida de dólares, que não passavam de investimento especulativos.
O argumento era que com a volta dos capitais externos à Argentina, seria possível adotar um câmbio livre e uma “verdadeira estabilidade monetária”, garantida pelas livres forças do mercado. Isso feito, a “poupança externa” viria para financiar o crescimento.
Mais não foi isso o que ocorreu. Assim como aconteceu no Brasil do Plano Real, a Argentina elevou fortemente a taxa real de juro de sua dívida pública. Uma decisão que garantiria que os capitais especulativos de curto prazo seriam atraídos. Essa entrada imediata de dólares era necessária, pois elas aumentariam o nível das reservas, dando garantia aos capitais que viessem depois.
Porém, assim que se anteviu uma mudança no centro financeiro do mundo, os capitais que iriam financiar o desenvolvimento Argentino, se vão em revoada, deixando apenas prejuízos para trás.
No Brasil, essa mesma manobra, feita em 1994, durou um pouco mais, mas também não deu certo. Em meados de 1997 os capitais de curto prazo já tinham ido embora, depois de ganhar com juros de 30% ao ano. Agora, na Argentina, ao que parece, o tempo para a revoada foi mais curto. E tudo se repete.
Desde a semana passada, a América Latina, outra vez, segue em crise financeira pela fuga de dólares, com os capitais voltando aos EUA tentando serem os primeiros a comprar os treasuries, na suposição que o FED aumentará sua taxa de juro.
Vários países estão sofrendo perdas de reservas, em especial, a Argentina. Mesmo no Brasil, as saídas são fortes, mas as nossas reservas de 370 bilhões de dólares, construídas pelo governo Lula, nos dão garantia. Mas, mesmo assim, o real tem se desvalorizado.
Hoje, Macri anuncia que a Argentina pedirá socorro ao FMI. A fragilidade do país frente a uma saída de capitais especulativos mostra que as reformas financeiras adotadas por Macri são inadequadas às condições reais da Argentina.
Essas reformas seguem um roteiro não tem nada de novo, apenas repete, com variações, o adotado pelo Plano Real, em 1994. Ambas foram programas para implantar políticas de liberalização comercial e financeira, inspiradas pelo neoliberalismo. No Brasil, a adoção esse programa de abertura, apesar dos tropeções intermediários, levou quatro anos para levar o país ao desastre. No final de 1998, sofremos uma crise cambial, racionou-se o câmbio, o real foi desvalorizado, a dívida pública dobrou e vivemos quatro anos de estagnação.
Não por coincidência, esse mesmo programa de abertura aconteceu em uma conjuntura internacional de liquidez e baixa taxa de juro dos títulos americanos. Um momento em que os capitais financeiros, sequiosos por maiores ganhos, buscam “novos mercados”. Conseguiram isso no Brasil e em muitos outros países.
Em 2016, Macri, retirou os controles cambiais que garantiam – bem ou mal – as contas externas e as reservas de divisas. Antes, para preparar o país para o choque da desvalorização da taxa de cambio, Macri fechou o acordo com os “fundos abutres”, pagando-lhes o que queriam para encerrar a situação de default que vivia o país há anos. Pagar a chantagem dos “abutres” era necessário para viabilizar a entrada rápida de dólares, que não passavam de investimento especulativos.
O argumento era que com a volta dos capitais externos à Argentina, seria possível adotar um câmbio livre e uma “verdadeira estabilidade monetária”, garantida pelas livres forças do mercado. Isso feito, a “poupança externa” viria para financiar o crescimento.
Mais não foi isso o que ocorreu. Assim como aconteceu no Brasil do Plano Real, a Argentina elevou fortemente a taxa real de juro de sua dívida pública. Uma decisão que garantiria que os capitais especulativos de curto prazo seriam atraídos. Essa entrada imediata de dólares era necessária, pois elas aumentariam o nível das reservas, dando garantia aos capitais que viessem depois.
Porém, assim que se anteviu uma mudança no centro financeiro do mundo, os capitais que iriam financiar o desenvolvimento Argentino, se vão em revoada, deixando apenas prejuízos para trás.
No Brasil, essa mesma manobra, feita em 1994, durou um pouco mais, mas também não deu certo. Em meados de 1997 os capitais de curto prazo já tinham ido embora, depois de ganhar com juros de 30% ao ano. Agora, na Argentina, ao que parece, o tempo para a revoada foi mais curto. E tudo se repete.
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