Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Empacado nas pesquisas com um dígito, contestado dentro do próprio PSDB e com dificuldade para fazer alianças, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin resolveu deixar de lado a imagem de “Picolé de Chuchu” e foi à guerra nesta nesta quarta-feira.
Em sabatina promovida por UOL, Folha e SBT, o ex-governador paulista partiu para cima de Lula e Jair Bolsonaro, que lideram todas as pesquisas.
“O Bolsonaro e o PT são a mesma coisa, é o corporativismo puro. Se você pegar os votos do Bolsonaro, é muito junto com o PT, é uma coisa atrasada”, disse o candidato do PSDB, sem explicar em que estudo ou pesquisa baseou a sua nova teoria.
Para o tucano, ambos representam um “populismo corporativista” e o país deveria evitar este retrocesso.
“O sofrimento foi muito grande com esse populismo. Caranguejo é quem anda para trás. O Brasil não vai regredir.
Alckmin só se esqueceu de dizer que “Caranguejo” era o codinome que Eduardo Cunha, o operador do golpe parlamentar, tinha na Odebrecht.
Nas redes sociais, também esqueceu do “Picolé de Chuchu” e foi ainda mais duro para alvejar Lula e o PT, ao comentar sobre o pedido de prisão do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, condenado no caso do mensalão tucano:
“Nós respeitamos decisão judicial. Não vamos acampar em frente de penitenciária”.
Ainda em busca do tom certo para decolar na campanha, o ex-governador prometeu há poucos dias que, se eleito, vai facilitar a posse de armas por fazendeiros, na mesma linha do discurso de Jair Bolsonaro.
Atirando para todo lado, Geraldo Alckmin parece incorporar um novo personagem na versão 2018.
Em 2006, o tucano vestiu um macacão com logomarcas de empresas e bancos estatais para mostrar que não era a favor das privatizações. Não deu muito certo, e teve menos votos no segundo do que no primeiro turno.
Agora deve ter trocado de marqueteiro para ver se dá certo.
E vida que segue.
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