Do blog Socialista Morena:
Desde que se tornou presidenta do PT, a senadora Gleisi Hoffmann virou alvo do tiroteio midiático-policial da operação Lava-Jato. A situação piorou quando Gleisi ganhou protagonismo ao assumir a defesa de Lula e marcar presença quase diária no acampamento próximo à Superintendência da PF em Curitiba, onde o ex-presidente está preso. Seu estranhamente célere julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) parecia fechar o cerco em torno da senadora. Mas nesta terça-feira Gleisi e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, foram absolvidos das acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de caixa 2 eleitoral.
A sentença confirma as reclamações da senadora petista nas redes sociais sobre o caso. Segundo Gleisi, o processo é “uma farsa” porque ela não ocupava cargo público na época dos fatos – ela era acusada de ter recebido 1 milhão de reais para sua campanha ao Senado em 2010. Foi exatamente o que disse o relator Fachin ao absolvê-la. Ele explicou que, para que se configure o crime de corrupção passiva, a solicitação de vantagem indevida deve estar relacionada com as atribuições funcionais do agente público, e Gleisi ainda não detinha mandato eletivo nem exercia qualquer função pública.
Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para embasar a acusação, mas Fachin viu divergências nos depoimentos de Youssef e Costa e afirmou que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro. “Os demais elementos de prova, sejam documentais e testemunhais, não são aptos a confirmar a tese acusatória no sentido de que a solicitação da vantagem indevida a Paulo Roberto Costa tenha partido do denunciado Paulo Bernardo.”
Segundo a acusação, o valor teria sido desviado no esquema de corrupção na Petrobras e negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu. O colegiado seguiu o entendimento de Fachin sobre as divergências nos depoimentos de Youssef e de Costa e que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro, muito menos que a senadora teria dado apoio ao ex-diretor para mantê-lo no cargo em troca da suposta propina.
Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski discordaram, porém, da argumentação de Fachin, acompanhado por Celso de Mello, de que houve crime de caixa 2, e absolveram Gleisi e Paulo Bernardo de todas as acusações por falta de provas.
Nos últimos quatro anos, a senadora petista chegou a ser atacada em locais públicos, chamada de “ladra” e “corrupta” por cidadãos estimulados por sites de direita que, alimentados pela Polícia Federal, a pré-julgaram. Quem vai pagar pelo dano à sua imagem?
* Com informações da Agência Brasil.
Desde que se tornou presidenta do PT, a senadora Gleisi Hoffmann virou alvo do tiroteio midiático-policial da operação Lava-Jato. A situação piorou quando Gleisi ganhou protagonismo ao assumir a defesa de Lula e marcar presença quase diária no acampamento próximo à Superintendência da PF em Curitiba, onde o ex-presidente está preso. Seu estranhamente célere julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) parecia fechar o cerco em torno da senadora. Mas nesta terça-feira Gleisi e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, foram absolvidos das acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de caixa 2 eleitoral.
A sentença confirma as reclamações da senadora petista nas redes sociais sobre o caso. Segundo Gleisi, o processo é “uma farsa” porque ela não ocupava cargo público na época dos fatos – ela era acusada de ter recebido 1 milhão de reais para sua campanha ao Senado em 2010. Foi exatamente o que disse o relator Fachin ao absolvê-la. Ele explicou que, para que se configure o crime de corrupção passiva, a solicitação de vantagem indevida deve estar relacionada com as atribuições funcionais do agente público, e Gleisi ainda não detinha mandato eletivo nem exercia qualquer função pública.
Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para embasar a acusação, mas Fachin viu divergências nos depoimentos de Youssef e Costa e afirmou que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro. “Os demais elementos de prova, sejam documentais e testemunhais, não são aptos a confirmar a tese acusatória no sentido de que a solicitação da vantagem indevida a Paulo Roberto Costa tenha partido do denunciado Paulo Bernardo.”
Segundo a acusação, o valor teria sido desviado no esquema de corrupção na Petrobras e negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu. O colegiado seguiu o entendimento de Fachin sobre as divergências nos depoimentos de Youssef e de Costa e que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro, muito menos que a senadora teria dado apoio ao ex-diretor para mantê-lo no cargo em troca da suposta propina.
Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski discordaram, porém, da argumentação de Fachin, acompanhado por Celso de Mello, de que houve crime de caixa 2, e absolveram Gleisi e Paulo Bernardo de todas as acusações por falta de provas.
Nos últimos quatro anos, a senadora petista chegou a ser atacada em locais públicos, chamada de “ladra” e “corrupta” por cidadãos estimulados por sites de direita que, alimentados pela Polícia Federal, a pré-julgaram. Quem vai pagar pelo dano à sua imagem?
* Com informações da Agência Brasil.
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