Editorial do site Vermelho:
Usando a melodia da canção italiana que simboliza a repulsa mundial contra o fascismo – “Bella Ciao” – o vídeo que convoca a manifestação nacional das mulheres deste sábado (29), em defesa da democracia proclama: “Vamos à luta / pra derrotar / o ódio e pregar o amor”. As atividades que ocorrerão ao longo do dia em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, além de várias cidades pelo mundo, foram convocadas por entidades de mulheres, organizações da sociedade civil, personalidades representativas de diversos segmentos sociais e um amplo movimento que ganhou forças nas redes sociais. A iniciativa reflete a consciência e o sentimento de rechaço à candidatura de Bolsonaro por tudo de péssimo que representa: posições reacionárias contra as conquistas das mulheres, racismo, homofobia, ameaça à democracia e contra os direitos trabalhistas.
As mulheres compõem mais da metade da população brasileira – segundo o último censo (2010), são 51%. Elas são também mais da metade do eleitorado (52%). Tem forte presença na força de trabalho do país (44% em 2016), sendo que elas são as mais afligidas pelo desemprego, que atinge mais da metade delas (54%). As mulheres chefiam também um número cada vez maior de famílias (40% em 2015, ou 28,9 milhões de lares).
Mesmo assim a presença feminina nos órgãos de poder e decisão na sociedade ainda é muito pequena, deixando o Brasil num vexatório 115ª lugar a nível mundial. Um exemplo desta sub-representação política pode ser visto no baixo número de deputadas que existe entre os 513 membros da Câmara dos Deputados – elas são apenas 54 (10,5%) naquele ambiente onde predominam os homens.
A luta pela emancipação das mulheres, contra a desigualdade, o preconceito e a violência vem crescendo no Brasil, e se acelerou durante os governos Lula e Dilma (2003/2016). É ela que os setores reacionários, simbolizados pela candidatura fascista de Jair Bolsonaro, não aceitam. O candidato da direita se vangloria de, enquanto deputado federal, ter sido o único a votar contra o projeto de lei que estende às domésticas o cumprimento da legislação trabalhista.
Entre os absurdos que Bolsonaro já declarou sobre as mulheres, um dos mais graves diz: “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” – isto é, para ele este é um grave defeito da condição feminina e de mãe, que ele ataca sem pudor. Na mesma linha, seu vice Hamilton Mourão afirmou que famílias onde não há pai ou avô, ou seja, são dirigidas por mães ou avós, são “fábricas de desajustados”.
As mulheres brasileiras dão corpo e vida a seu movimento que começou no meio eletrônico da internet e em pouquíssimo tempo angariou milhões de aderentes, e agora ocupa as ruas.
Faz tempo que as mulheres lutam pela democracia, contra o autoritarismo e o fascismo. Construíram uma extensa tradição que agora reiteram, “por um Brasil sem fascismo e sem horror”, como diz a canção no vídeo das mulheres.
As mulheres e os democratas e progressistas que aderiram a seu movimento antifascista não aceitam os preconceitos machistas, racistas, homofóbicos e contra os pobres em geral. Rejeitam o programa elitista, que favorece a especulação financeira e despreza direitos dos (as) trabalhadores (as) e do povo (como o fim do 13º salário, pretensão anunciada pelo companheiro de chapa de Bolsonaro). Repudiam também ações violentas dos partidários do candidato fascista que, como autêntica milícia de arruaceiros fascistas, invadiu a página no Facebook do movimento Mulheres contra Bolsonaro, além de emboscar e agredir a socos e coronhada no Rio de Janeiro, uma das organizadoras do #elenão.
É com este espírito de amor pelos brasileiros e rejeição ao ódio, truculência e autoritarismo, que as ruas das cidades brasileiras – e no mundo – serão ocupadas nesse sábado, sob um brado uníssono: ele não!
As mulheres que já realizam muito à construção do Brasil, agora, quando a Nação se vê ameaçada pelo fascismo, assumem a vanguarda em defesa da democracia.
A decisão correta é segui-las! Marchar lado a lado com elas, #elenão.
Usando a melodia da canção italiana que simboliza a repulsa mundial contra o fascismo – “Bella Ciao” – o vídeo que convoca a manifestação nacional das mulheres deste sábado (29), em defesa da democracia proclama: “Vamos à luta / pra derrotar / o ódio e pregar o amor”. As atividades que ocorrerão ao longo do dia em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, além de várias cidades pelo mundo, foram convocadas por entidades de mulheres, organizações da sociedade civil, personalidades representativas de diversos segmentos sociais e um amplo movimento que ganhou forças nas redes sociais. A iniciativa reflete a consciência e o sentimento de rechaço à candidatura de Bolsonaro por tudo de péssimo que representa: posições reacionárias contra as conquistas das mulheres, racismo, homofobia, ameaça à democracia e contra os direitos trabalhistas.
As mulheres compõem mais da metade da população brasileira – segundo o último censo (2010), são 51%. Elas são também mais da metade do eleitorado (52%). Tem forte presença na força de trabalho do país (44% em 2016), sendo que elas são as mais afligidas pelo desemprego, que atinge mais da metade delas (54%). As mulheres chefiam também um número cada vez maior de famílias (40% em 2015, ou 28,9 milhões de lares).
Mesmo assim a presença feminina nos órgãos de poder e decisão na sociedade ainda é muito pequena, deixando o Brasil num vexatório 115ª lugar a nível mundial. Um exemplo desta sub-representação política pode ser visto no baixo número de deputadas que existe entre os 513 membros da Câmara dos Deputados – elas são apenas 54 (10,5%) naquele ambiente onde predominam os homens.
A luta pela emancipação das mulheres, contra a desigualdade, o preconceito e a violência vem crescendo no Brasil, e se acelerou durante os governos Lula e Dilma (2003/2016). É ela que os setores reacionários, simbolizados pela candidatura fascista de Jair Bolsonaro, não aceitam. O candidato da direita se vangloria de, enquanto deputado federal, ter sido o único a votar contra o projeto de lei que estende às domésticas o cumprimento da legislação trabalhista.
Entre os absurdos que Bolsonaro já declarou sobre as mulheres, um dos mais graves diz: “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” – isto é, para ele este é um grave defeito da condição feminina e de mãe, que ele ataca sem pudor. Na mesma linha, seu vice Hamilton Mourão afirmou que famílias onde não há pai ou avô, ou seja, são dirigidas por mães ou avós, são “fábricas de desajustados”.
As mulheres brasileiras dão corpo e vida a seu movimento que começou no meio eletrônico da internet e em pouquíssimo tempo angariou milhões de aderentes, e agora ocupa as ruas.
Faz tempo que as mulheres lutam pela democracia, contra o autoritarismo e o fascismo. Construíram uma extensa tradição que agora reiteram, “por um Brasil sem fascismo e sem horror”, como diz a canção no vídeo das mulheres.
As mulheres e os democratas e progressistas que aderiram a seu movimento antifascista não aceitam os preconceitos machistas, racistas, homofóbicos e contra os pobres em geral. Rejeitam o programa elitista, que favorece a especulação financeira e despreza direitos dos (as) trabalhadores (as) e do povo (como o fim do 13º salário, pretensão anunciada pelo companheiro de chapa de Bolsonaro). Repudiam também ações violentas dos partidários do candidato fascista que, como autêntica milícia de arruaceiros fascistas, invadiu a página no Facebook do movimento Mulheres contra Bolsonaro, além de emboscar e agredir a socos e coronhada no Rio de Janeiro, uma das organizadoras do #elenão.
É com este espírito de amor pelos brasileiros e rejeição ao ódio, truculência e autoritarismo, que as ruas das cidades brasileiras – e no mundo – serão ocupadas nesse sábado, sob um brado uníssono: ele não!
As mulheres que já realizam muito à construção do Brasil, agora, quando a Nação se vê ameaçada pelo fascismo, assumem a vanguarda em defesa da democracia.
A decisão correta é segui-las! Marchar lado a lado com elas, #elenão.
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