Por Bepe Damasco, em seu blog:
Nas redes sociais não faltam críticas de pessoas do campo democrático e progressista à inação dos partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais diante das inacreditáveis primeiras semanas do governo Bolsonaro.
Dois fatores, na minha visão, contribuem para fortalecer a sensação de que o cavaleiro das trevas que ocupa a cadeira presidencial não vem sendo cobrado e pressionado pela oposição na proporção do festival de imbecilidades protagonizado pelo seu governo.
Primeiro é o recesso do Congresso Nacional, em torno do qual certamente se darão os embates entre os projetos ultraneoliberais do ministro Paulo Guedes e dos fanáticos fundamentalistas do governo (basicamente o leilão das riquezas do país e a liquidação de direitos sociais, políticos e civilizatórios). E depois tem um dado da realidade, ligado à vida das pessoas: faz enorme diferença a quantidade expressiva de brasileiros curtindo férias neste tórrido janeiro.
É de se prever o início de uma reação mais organizada ao governo fascista - com potencial de mobilizar pelo menos os setores mais de vanguarda da classe trabalhadora - assim que o projeto de reforma da previdência chegar ao Congresso Nacional, provavelmente em fevereiro.
Resta saber em que condições o governo se apresentará para a refrega parlamentar e social provocada pelo debate sobre a reforma da previdência.
Se é verdade que o nazi-bolsonarismo ainda se sustenta numa razoável base política, mercê da patologia da estupidez e do ódio que se alastrou pela sociedade, é inegável, por outro lado, que nunca, jamais, em tempo algum um governo se desgastou tanto em tão pouco tempo.
Depois do megavexame internacional de Davos, no qual o Brasil sofreu uma humilhação sem precedentes na história, não param de crescer os rumores de que os militares, do alto do controle de postos-chave do governo, já concluíram o óbvio: Bolsonaro está longe de estar à altura do cargo e o escabroso caso envolvendo seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro, e o mafioso Queiroz, a cada dia ganha contornos capazes de complicar de vez a vida do presidente imbecil. Isso porque, além do enriquecimento da família não se justificar pelo rendimento de seus integrantes, são fortes as evidências de que Queiroz funcionava até há pouco tempo como operador financeiro dos Bolsonaro.
O desconforto das forças armadas subiu de patamar com as revelações relacionadas às ligações entre o clã Bolsonaro e criminosos milicianos barra-pesada do Rio de Janeiro. Se as investigações avançarem e comprovarem a suspeita de que o miliciano que aparece em fotos e vídeos na alegre companhia dos Bolsonaro é o autor do assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson, a situação de Bolsonaro na presidência se tornará insustentável e sua substituição por Mourão será inevitável.
Enquanto isso, ele tenta se beneficiar da mudança de foco do noticiário, já que o crime socioambiental de Brumadinho e a intervenção cirúrgica a qual se submeteu acabaram ofuscando ou tirando temporariamente das manchetes o imbróglio envolvendo Queiroz, a família Bolsonaro e os milicianos do escritório do crime.
Mesmo que venha a se manter no cargo, sabe-se lá até quando, tudo indica que Bolsonaro não escapará da tutela militar, condenado a se limitar a atacar de forma obsessiva e doentia o PT, o PSOL, o PCdoB, o MST, o MTST, esconjurando um comunismo que vê até na própria sombra e o “marxismo cultural.” Enquanto isso, os militares governam.
Dois fatores, na minha visão, contribuem para fortalecer a sensação de que o cavaleiro das trevas que ocupa a cadeira presidencial não vem sendo cobrado e pressionado pela oposição na proporção do festival de imbecilidades protagonizado pelo seu governo.
Primeiro é o recesso do Congresso Nacional, em torno do qual certamente se darão os embates entre os projetos ultraneoliberais do ministro Paulo Guedes e dos fanáticos fundamentalistas do governo (basicamente o leilão das riquezas do país e a liquidação de direitos sociais, políticos e civilizatórios). E depois tem um dado da realidade, ligado à vida das pessoas: faz enorme diferença a quantidade expressiva de brasileiros curtindo férias neste tórrido janeiro.
É de se prever o início de uma reação mais organizada ao governo fascista - com potencial de mobilizar pelo menos os setores mais de vanguarda da classe trabalhadora - assim que o projeto de reforma da previdência chegar ao Congresso Nacional, provavelmente em fevereiro.
Resta saber em que condições o governo se apresentará para a refrega parlamentar e social provocada pelo debate sobre a reforma da previdência.
Se é verdade que o nazi-bolsonarismo ainda se sustenta numa razoável base política, mercê da patologia da estupidez e do ódio que se alastrou pela sociedade, é inegável, por outro lado, que nunca, jamais, em tempo algum um governo se desgastou tanto em tão pouco tempo.
Depois do megavexame internacional de Davos, no qual o Brasil sofreu uma humilhação sem precedentes na história, não param de crescer os rumores de que os militares, do alto do controle de postos-chave do governo, já concluíram o óbvio: Bolsonaro está longe de estar à altura do cargo e o escabroso caso envolvendo seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro, e o mafioso Queiroz, a cada dia ganha contornos capazes de complicar de vez a vida do presidente imbecil. Isso porque, além do enriquecimento da família não se justificar pelo rendimento de seus integrantes, são fortes as evidências de que Queiroz funcionava até há pouco tempo como operador financeiro dos Bolsonaro.
O desconforto das forças armadas subiu de patamar com as revelações relacionadas às ligações entre o clã Bolsonaro e criminosos milicianos barra-pesada do Rio de Janeiro. Se as investigações avançarem e comprovarem a suspeita de que o miliciano que aparece em fotos e vídeos na alegre companhia dos Bolsonaro é o autor do assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson, a situação de Bolsonaro na presidência se tornará insustentável e sua substituição por Mourão será inevitável.
Enquanto isso, ele tenta se beneficiar da mudança de foco do noticiário, já que o crime socioambiental de Brumadinho e a intervenção cirúrgica a qual se submeteu acabaram ofuscando ou tirando temporariamente das manchetes o imbróglio envolvendo Queiroz, a família Bolsonaro e os milicianos do escritório do crime.
Mesmo que venha a se manter no cargo, sabe-se lá até quando, tudo indica que Bolsonaro não escapará da tutela militar, condenado a se limitar a atacar de forma obsessiva e doentia o PT, o PSOL, o PCdoB, o MST, o MTST, esconjurando um comunismo que vê até na própria sombra e o “marxismo cultural.” Enquanto isso, os militares governam.
1 comentários:
Que tempos, que tempos!
Postar um comentário