Editorial do site Vermelho:
Nunca houve, no Brasil, comemorações cívicas verdadeiras pelo 31 de março, o dia em que - por conveniência - a direita decidiu registrar como aquele em que ocorreu o golpe militar de 1964 - que, de fato, ocorreu em 1º de abril, mas este é o dia da mentira...
Datas cívicas são, quase sempre, temas de comemorações. As maiores, no Brasil, são 7 de setembro (Independência), 15 de novembro (República) e 21 de abril (Tiradentes e Inconfidência Mineira) além de datas atinentes à Abolição da Escravatura. São acontecimentos que marcam a formação do Brasil e que estão no coração do povo, que as festeja e comemora. Mas não o 31 de março que, nestes 55 anos, é a data que lembra o golpe militar que infelicitou a nação e nunca foi comemorado pelo povo.
A lembrança do 31 de março, durante a ditadura, foi marcada por ordens do dia de chefes militares - nunca por festas populares. Trazia, para o povo, os democratas e patriotas, a lembrança da barbárie da repressão, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos políticos. Lembrança funesta para os brasileiros. Sob a Constituição Cidadã de 1988 sua memória foi reduzida às suas reais dimensões - o dia em que a Constituição de 1946 foi rasgada, o Estado Democrático de Direito vilipendiado, os direitos dos brasileiros desrespeitados, a soberania brasileira jogada aos pés dos EUA.
Nestes 31 de março e 1º abril, os brasileiros "descomemoraram" essa data nas ruas, em passeatas, atos públicos, aulas públicas e outras formas para manifestar sua rejeição aos atentados contra a democracia.
O capitão-presidente Jair Bolsonaro, saudoso dos tempos da perseguição política, da censura e da tortura, recomendara aos quartéis que "rememorassem" o golpe de 1964. Foi um "tiro pela culatra", revelando um lado importante da resistência ao presidente de extrema-direita.
A reação em defesa da democracia e de rechaço à ditadura, país afora envolveu instituições da República (Defensoria Pública da União, Ministério Público e setores da Justiça Federal); Ordem dos Advogados do Brasil, forças democráticas e progressistas; a UNE, a UBES e a juventude que saíram às ruas; Centrais de trabalhadores e outros movimentos; artistas, juristas, intelectuais, religiosos; veículos da grande mídia, também, repeliram a louvação; e foi grande o protesto nas redes sociais.
Bolsonaro cutucou a democracia com vara curta.
O clamor pela democracia calou, por todo o país, o uivo das forças reacionárias. A lembrança do 31 de março foi marcada pela homenagem à memória dos mártires e a marca de seu sangue na história da ditadura.
Sobretudo, a “descomemoração” do 31 de março demonstrou a vigilância de amplas forças políticas e sociais de repúdio às ameaças de Bolsonaro de ceifar o regime democrático instituído pela Constituição de 1988.
O brado “ditadura, nunca mais” se sobrepôs ao atávico apelo golpista das forças reacionárias do país.
Mas, o campo político, social, progressistas venceu apenas uma batalha.
Nunca houve, no Brasil, comemorações cívicas verdadeiras pelo 31 de março, o dia em que - por conveniência - a direita decidiu registrar como aquele em que ocorreu o golpe militar de 1964 - que, de fato, ocorreu em 1º de abril, mas este é o dia da mentira...
Datas cívicas são, quase sempre, temas de comemorações. As maiores, no Brasil, são 7 de setembro (Independência), 15 de novembro (República) e 21 de abril (Tiradentes e Inconfidência Mineira) além de datas atinentes à Abolição da Escravatura. São acontecimentos que marcam a formação do Brasil e que estão no coração do povo, que as festeja e comemora. Mas não o 31 de março que, nestes 55 anos, é a data que lembra o golpe militar que infelicitou a nação e nunca foi comemorado pelo povo.
A lembrança do 31 de março, durante a ditadura, foi marcada por ordens do dia de chefes militares - nunca por festas populares. Trazia, para o povo, os democratas e patriotas, a lembrança da barbárie da repressão, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos políticos. Lembrança funesta para os brasileiros. Sob a Constituição Cidadã de 1988 sua memória foi reduzida às suas reais dimensões - o dia em que a Constituição de 1946 foi rasgada, o Estado Democrático de Direito vilipendiado, os direitos dos brasileiros desrespeitados, a soberania brasileira jogada aos pés dos EUA.
Nestes 31 de março e 1º abril, os brasileiros "descomemoraram" essa data nas ruas, em passeatas, atos públicos, aulas públicas e outras formas para manifestar sua rejeição aos atentados contra a democracia.
O capitão-presidente Jair Bolsonaro, saudoso dos tempos da perseguição política, da censura e da tortura, recomendara aos quartéis que "rememorassem" o golpe de 1964. Foi um "tiro pela culatra", revelando um lado importante da resistência ao presidente de extrema-direita.
A reação em defesa da democracia e de rechaço à ditadura, país afora envolveu instituições da República (Defensoria Pública da União, Ministério Público e setores da Justiça Federal); Ordem dos Advogados do Brasil, forças democráticas e progressistas; a UNE, a UBES e a juventude que saíram às ruas; Centrais de trabalhadores e outros movimentos; artistas, juristas, intelectuais, religiosos; veículos da grande mídia, também, repeliram a louvação; e foi grande o protesto nas redes sociais.
Bolsonaro cutucou a democracia com vara curta.
O clamor pela democracia calou, por todo o país, o uivo das forças reacionárias. A lembrança do 31 de março foi marcada pela homenagem à memória dos mártires e a marca de seu sangue na história da ditadura.
Sobretudo, a “descomemoração” do 31 de março demonstrou a vigilância de amplas forças políticas e sociais de repúdio às ameaças de Bolsonaro de ceifar o regime democrático instituído pela Constituição de 1988.
O brado “ditadura, nunca mais” se sobrepôs ao atávico apelo golpista das forças reacionárias do país.
Mas, o campo político, social, progressistas venceu apenas uma batalha.
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