Por Jeferson Miola, em seu blog:
Equivoca-se quem pensa que a Operação Mãos Limpas é a genuína inspiração italiana de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
A se considerar as revelações bombásticas do Intercept, a inspiração italiana de Moro e Dallagnol está mais para as práticas e métodos da Cosa Nostra, a máfia, do que para a Mani Pulite – ou Mãos Limpas, em português.
Além de evidenciar que Moro e Dallagnol mantinham intenso intercâmbio e alto nível de articulação e coordenação estratégica na conspiração para derrubar Dilma e na caçada para prender Lula, a reportagem do Intercept também mostrou que existia uma relação hierárquica de mando na Operação.
Moro aparece sempre no vértice da cadeia de comando, no topo do poder hierárquico da República de Curitiba.
Em várias circunstâncias desveladas pela reportagem se pode constatar Moro aconselhando Dallagnol e equipe, fornecendo diretivas de ação, criticando decisões dos procuradores, repassando instruções e fabricando provas e testemunhos para atingir Lula e otimizar a Operação.
O Intercept ainda não divulgou diálogos do Moro com agentes da PF ou com juízes do TRF4, do STJ e do STF em momentos-chave da Lava Jato, como por ocasião da gravação e difusão criminosa de conversas telefônicas da Presidente Dilma com Lula; na elaboração da sentença condenatória unânime do Lula pelo TRF4; na ordem de desobediência dada à PF ante o mandato de soltura do Lula expedido pelo desembargador Rogério Favretto; na estratégia eleitoral para ajudar a eleger Bolsonaro e em outros momentos igualmente decisivos.
Quando o Intercept expuser essas situações, então se poderá conhecer a real abrangência do domínio e do poder do Moro também em relação a outras corporações e instituições. O jornalista Glenn Greenwald já antecipou que o material que será revelado à continuação, bastante extenso, demonstrará a proeminência do Moro no comando do esquema.
Moro, como juiz/julgador, jamais poderia se imiscuir nas funções de procuradores/acusadores. Essa prática ilegal é suficiente para anular todos os processos que tenham sido contaminados pela interferência direta do então juiz de Curitiba.
As irregularidades do Moro, contudo, foram ainda mais graves, porque ele subverteu a natureza jurídico-policial da Lava Jato para convertê-la numa organização assemelhada, em método e procedimento, às estruturas mafiosas.
Tomando a definição de Salvatore Lupo disponível no wikipédia, “máfia é uma organização criminosa cujas atividades estão submetidas a uma direção de membros que sempre ocorre de forma oculta e que repousa numa estratégia de infiltração da sociedade civil e das instituições”.
A definição de máfia para o catedrático Paolo Pezzino [aqui] vai no mesmo sentido: “a máfia é um tipo de crime organizado não apenas ativo em vários campos ilegais, mas também com tendências a exercer funções soberanas – normalmente pertencentes a autoridades públicas – sobre um território específico”.
Esta é outra dimensão relevante que a denúncia do Intercept traz à realidade. Moro se assemelha ao capo di tutti capi; o chefe de todos os chefes do esquema criminoso concebido em Washington para prender Lula, o maior líder da nossa história do país, implantar o regime de exceção no Brasil e levar à Presidência da República a mais entreguista e liquidacionista facção da extrema-direita.
Equivoca-se quem pensa que a Operação Mãos Limpas é a genuína inspiração italiana de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
A se considerar as revelações bombásticas do Intercept, a inspiração italiana de Moro e Dallagnol está mais para as práticas e métodos da Cosa Nostra, a máfia, do que para a Mani Pulite – ou Mãos Limpas, em português.
Além de evidenciar que Moro e Dallagnol mantinham intenso intercâmbio e alto nível de articulação e coordenação estratégica na conspiração para derrubar Dilma e na caçada para prender Lula, a reportagem do Intercept também mostrou que existia uma relação hierárquica de mando na Operação.
Moro aparece sempre no vértice da cadeia de comando, no topo do poder hierárquico da República de Curitiba.
Em várias circunstâncias desveladas pela reportagem se pode constatar Moro aconselhando Dallagnol e equipe, fornecendo diretivas de ação, criticando decisões dos procuradores, repassando instruções e fabricando provas e testemunhos para atingir Lula e otimizar a Operação.
O Intercept ainda não divulgou diálogos do Moro com agentes da PF ou com juízes do TRF4, do STJ e do STF em momentos-chave da Lava Jato, como por ocasião da gravação e difusão criminosa de conversas telefônicas da Presidente Dilma com Lula; na elaboração da sentença condenatória unânime do Lula pelo TRF4; na ordem de desobediência dada à PF ante o mandato de soltura do Lula expedido pelo desembargador Rogério Favretto; na estratégia eleitoral para ajudar a eleger Bolsonaro e em outros momentos igualmente decisivos.
Quando o Intercept expuser essas situações, então se poderá conhecer a real abrangência do domínio e do poder do Moro também em relação a outras corporações e instituições. O jornalista Glenn Greenwald já antecipou que o material que será revelado à continuação, bastante extenso, demonstrará a proeminência do Moro no comando do esquema.
Moro, como juiz/julgador, jamais poderia se imiscuir nas funções de procuradores/acusadores. Essa prática ilegal é suficiente para anular todos os processos que tenham sido contaminados pela interferência direta do então juiz de Curitiba.
As irregularidades do Moro, contudo, foram ainda mais graves, porque ele subverteu a natureza jurídico-policial da Lava Jato para convertê-la numa organização assemelhada, em método e procedimento, às estruturas mafiosas.
Tomando a definição de Salvatore Lupo disponível no wikipédia, “máfia é uma organização criminosa cujas atividades estão submetidas a uma direção de membros que sempre ocorre de forma oculta e que repousa numa estratégia de infiltração da sociedade civil e das instituições”.
A definição de máfia para o catedrático Paolo Pezzino [aqui] vai no mesmo sentido: “a máfia é um tipo de crime organizado não apenas ativo em vários campos ilegais, mas também com tendências a exercer funções soberanas – normalmente pertencentes a autoridades públicas – sobre um território específico”.
Esta é outra dimensão relevante que a denúncia do Intercept traz à realidade. Moro se assemelha ao capo di tutti capi; o chefe de todos os chefes do esquema criminoso concebido em Washington para prender Lula, o maior líder da nossa história do país, implantar o regime de exceção no Brasil e levar à Presidência da República a mais entreguista e liquidacionista facção da extrema-direita.
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