Por Altamiro Borges
A exemplo das hordas nazifascistas, que espalharam ódio e violência na Alemanha e na Itália, os bolsonaristas não toleram a democracia. Eles rejeitam qualquer diferença ou polêmica. A intolerância não atinge apenas as forças de esquerda. Mesmo antigos aliados são tratados como inimigos a serem exterminados – que o digam, na área do jornalismo, os “petralhas” Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. Até no terreno institucional, essas milícias que atuam no mundo real e virtual fazem ameaças e espalham o terror. Elas são adoradoras da morte!
Nos últimos dias, dois senadores da República foram alvo dessa fúria bolsonarista. Fabiano Contarato, eleito pela Rede no Espírito Santo, recebeu mensagens de áudio via WhatsApp com ameaças de morte. Um fascista jurou que iria pegá-lo “no facão”. O senador entrou com uma representação criminal junto à Polícia Federal e à Polícia Legislativa do Senado, mas não solicitou proteção especial. Ele também ingressou com uma ação na Justiça sob a acusação de injúria e difamação. A ameaça ocorreu logo após o parlamentar ter confrontado o “herói” dos bolsonaristas, o ex-juiz e ministro laranja Sergio Moro, em audiência no Senado, em 19 de junho.
Como registra a Folha, “primeiro senador assumidamente gay no Brasil, Contarato foi eleito com mais de 1 milhão de votos e desbancou um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PSL), o agora ex-senador Magno Malta (PR-ES), que defendia sustar a decisão que permitiu a união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Senado, Contarato perguntou a Moro se, na condição de juiz responsável pela operação Lava-Jato, ele havia ferido o princípio da imparcialidade ao manter conversas com Deltan [Dallagnol]”.
“Ele me lançou contra a população como se tivesse falado que era contra a Lava-Jato. Ele distorceu [o que eu disse] e me colocou nessa situação em que estou hoje. E estou sofrendo muito... Recebo mensagens a todo momento com ofensas, falando que estou sendo contra o Moro, a favor da corrupção, a favor do Lula. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Absolutamente. Ser contra a posição do ex-juiz Sergio Moro não é ser contra a Lava-Jato. Muito pelo contrário”, desabafou à Folha o professor de direito e delegado por 27 anos.
O senador ainda diz que os ataques que vem sofrendo são fruto do “comportamento do chefe do Executivo, que propaga o ódio e estimula a violência”. “A prova disso é o decreto de armas. Quer armar a população em nome da ineficiência do próprio Estado. O Estado declara sua ineficiência e transfere a responsabilidade para a população, é isso?”. Contarato já ajuizou 13 ações na Justiça contra atos de Jair Bolsonaro. “Para o senador, o presidente tem adotado um discurso populista e, por meio de decretos e medidas provisórias, ‘viola direitos elementares’. ‘Bolsonaro é um ditador em plena democracia’”, relata a Folha.
Essas críticas, nada radicais, renderam a ameaça de pegar “no facão” o parlamentar capixaba. Elas também resultaram em ataques à senadora Eliziane Gama, do Maranhão. Segundo reportagem de André Barrocal, na revista CartaCapital, o decreto da liberação das armas – da “licença para matar” – atiçou o ódio fascista. “Jair Bolsonaro perdeu a votação no Senado de seus decretos armamentistas, mas não foi por falta de ação de suas milícias digitais, aquelas que perseguem nas redes sociais quem é tido como obstáculo ao governo”.
“O próprio presidente havia incentivado, via Twitter, que os ‘bons cidadãos’ cobrassem os senadores a aprovar os decretos. A maranhense Eliziane Gama, de 42 anos e do ex-PPS, foi uma das cobradas. ‘Saia na rua sem seus seguranças’, afirmava uma das mensagens. Segundo uma outra, a casa dela seria arrombada e seus familiares levariam bala na testa. Uma terceira dizia que a senadora ‘está marcada’ e a xingava. Tantas foram as ofensas e ameaças recebidas por seu gabinete que Eliziane registrou boletim de ocorrência na polícia legislativa e agora espera que os autores das mensagens sejam descobertos”.
A exemplo das hordas nazifascistas, que espalharam ódio e violência na Alemanha e na Itália, os bolsonaristas não toleram a democracia. Eles rejeitam qualquer diferença ou polêmica. A intolerância não atinge apenas as forças de esquerda. Mesmo antigos aliados são tratados como inimigos a serem exterminados – que o digam, na área do jornalismo, os “petralhas” Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. Até no terreno institucional, essas milícias que atuam no mundo real e virtual fazem ameaças e espalham o terror. Elas são adoradoras da morte!
Nos últimos dias, dois senadores da República foram alvo dessa fúria bolsonarista. Fabiano Contarato, eleito pela Rede no Espírito Santo, recebeu mensagens de áudio via WhatsApp com ameaças de morte. Um fascista jurou que iria pegá-lo “no facão”. O senador entrou com uma representação criminal junto à Polícia Federal e à Polícia Legislativa do Senado, mas não solicitou proteção especial. Ele também ingressou com uma ação na Justiça sob a acusação de injúria e difamação. A ameaça ocorreu logo após o parlamentar ter confrontado o “herói” dos bolsonaristas, o ex-juiz e ministro laranja Sergio Moro, em audiência no Senado, em 19 de junho.
Como registra a Folha, “primeiro senador assumidamente gay no Brasil, Contarato foi eleito com mais de 1 milhão de votos e desbancou um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PSL), o agora ex-senador Magno Malta (PR-ES), que defendia sustar a decisão que permitiu a união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Senado, Contarato perguntou a Moro se, na condição de juiz responsável pela operação Lava-Jato, ele havia ferido o princípio da imparcialidade ao manter conversas com Deltan [Dallagnol]”.
“Ele me lançou contra a população como se tivesse falado que era contra a Lava-Jato. Ele distorceu [o que eu disse] e me colocou nessa situação em que estou hoje. E estou sofrendo muito... Recebo mensagens a todo momento com ofensas, falando que estou sendo contra o Moro, a favor da corrupção, a favor do Lula. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Absolutamente. Ser contra a posição do ex-juiz Sergio Moro não é ser contra a Lava-Jato. Muito pelo contrário”, desabafou à Folha o professor de direito e delegado por 27 anos.
O senador ainda diz que os ataques que vem sofrendo são fruto do “comportamento do chefe do Executivo, que propaga o ódio e estimula a violência”. “A prova disso é o decreto de armas. Quer armar a população em nome da ineficiência do próprio Estado. O Estado declara sua ineficiência e transfere a responsabilidade para a população, é isso?”. Contarato já ajuizou 13 ações na Justiça contra atos de Jair Bolsonaro. “Para o senador, o presidente tem adotado um discurso populista e, por meio de decretos e medidas provisórias, ‘viola direitos elementares’. ‘Bolsonaro é um ditador em plena democracia’”, relata a Folha.
Essas críticas, nada radicais, renderam a ameaça de pegar “no facão” o parlamentar capixaba. Elas também resultaram em ataques à senadora Eliziane Gama, do Maranhão. Segundo reportagem de André Barrocal, na revista CartaCapital, o decreto da liberação das armas – da “licença para matar” – atiçou o ódio fascista. “Jair Bolsonaro perdeu a votação no Senado de seus decretos armamentistas, mas não foi por falta de ação de suas milícias digitais, aquelas que perseguem nas redes sociais quem é tido como obstáculo ao governo”.
“O próprio presidente havia incentivado, via Twitter, que os ‘bons cidadãos’ cobrassem os senadores a aprovar os decretos. A maranhense Eliziane Gama, de 42 anos e do ex-PPS, foi uma das cobradas. ‘Saia na rua sem seus seguranças’, afirmava uma das mensagens. Segundo uma outra, a casa dela seria arrombada e seus familiares levariam bala na testa. Uma terceira dizia que a senadora ‘está marcada’ e a xingava. Tantas foram as ofensas e ameaças recebidas por seu gabinete que Eliziane registrou boletim de ocorrência na polícia legislativa e agora espera que os autores das mensagens sejam descobertos”.
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