Por Fernando Brito, em seu blog:
A estratégia escolhida por Jair Bolsonaro para enfrentar a crise interna do PSL – ao que parece, a da destituição do grupo de Luciano Bivar – não tem caminho fácil.
Temos seis meses até a data limite da filiação partidária para quem queira concorrer às eleições de 2020 e é impossível que, neste espaço de tempo, se obtenha a inédita ordem para auditar cinco anos de contas partidárias, realizar a tal auditoria, confrontá-la com perícias contrarrequeridas, julgar uma eventual destituição da direção do partido, tentar estendê-la ao diretório que a reporia, provisoriamente, obrigar à convocação de eleições que preparassem uma nova convenção nacional e eleger um comando bolsonarista-raiz para o PSL.
Faltam apenas dois meses para o recesso de fim de ano do TSE, recorde-se.
Diz o bom-senso – ainda que ande escasso por aquelas bandas – que, então, esta é apenas uma capa do que realmente se procura.
Poderia, embora pareça improvável, ser forçar a renúncia de Bivar e seus fiéis, preenchendo os cargos de comando do partido com “bons olavistas”. Não parece, até aqui, provável que o coronel pernambucano esteja disposto a isso, a menos que a coerção policial ganhe novos capítulos.
Ou cobrir a incapacidade política do bolsonarismo em construir apoio sequer entre seus adeptos, criando a capa do “combate à corrupção” para migrar, pela enésima vez, para alguma sigla (chamar de partido seria impróprio) ávida por tê-lo como negócio – e não só eleitoral.
Seja como for, adequá-se à orientação permanente do bolsonarismo de manter a matilha açulada, ainda que, desta vez, isto implique canibalismo (antropofagia seria impróprio, pela precariedade do prefixo).
Olavo de Carvalho já está conclamando por uma “união indissolúvel de povo, presidente e Forças Armadas” como forma de “salvação nacional”. Tirando a hidrofobia do General Heleno, duvido que a alta oficialidade esteja neste diapasão.
Em matéria de solubilidade, o Governo lembra a antiga propaganda que deu aos velhos Renault Dauphine de minha infância o apelido de “Leite Glória”: desmancha sem bater.
A estratégia escolhida por Jair Bolsonaro para enfrentar a crise interna do PSL – ao que parece, a da destituição do grupo de Luciano Bivar – não tem caminho fácil.
Temos seis meses até a data limite da filiação partidária para quem queira concorrer às eleições de 2020 e é impossível que, neste espaço de tempo, se obtenha a inédita ordem para auditar cinco anos de contas partidárias, realizar a tal auditoria, confrontá-la com perícias contrarrequeridas, julgar uma eventual destituição da direção do partido, tentar estendê-la ao diretório que a reporia, provisoriamente, obrigar à convocação de eleições que preparassem uma nova convenção nacional e eleger um comando bolsonarista-raiz para o PSL.
Faltam apenas dois meses para o recesso de fim de ano do TSE, recorde-se.
Diz o bom-senso – ainda que ande escasso por aquelas bandas – que, então, esta é apenas uma capa do que realmente se procura.
Poderia, embora pareça improvável, ser forçar a renúncia de Bivar e seus fiéis, preenchendo os cargos de comando do partido com “bons olavistas”. Não parece, até aqui, provável que o coronel pernambucano esteja disposto a isso, a menos que a coerção policial ganhe novos capítulos.
Ou cobrir a incapacidade política do bolsonarismo em construir apoio sequer entre seus adeptos, criando a capa do “combate à corrupção” para migrar, pela enésima vez, para alguma sigla (chamar de partido seria impróprio) ávida por tê-lo como negócio – e não só eleitoral.
Seja como for, adequá-se à orientação permanente do bolsonarismo de manter a matilha açulada, ainda que, desta vez, isto implique canibalismo (antropofagia seria impróprio, pela precariedade do prefixo).
Olavo de Carvalho já está conclamando por uma “união indissolúvel de povo, presidente e Forças Armadas” como forma de “salvação nacional”. Tirando a hidrofobia do General Heleno, duvido que a alta oficialidade esteja neste diapasão.
Em matéria de solubilidade, o Governo lembra a antiga propaganda que deu aos velhos Renault Dauphine de minha infância o apelido de “Leite Glória”: desmancha sem bater.
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