Em tempos de muita noticia ruim, devemos rapidamente compartilhar as boas. É o que faço contando que foi relançada a Ação Brasileira de Combate à Desigualdade.
Participei de criação desse movimento há quase vinte anos atrás. Ele foi lançado em Porto Alegre, num dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, que anunciava que “outro mundo é possível’. Não me lembro o que conseguimos fazer para realizar nosso objetivo. Mas algo avançou no combate à desigualdade.
O governo Lula, eleito naqueles tempos, e depois o de Dilma, conseguiram diminuir a pobreza e portanto um pouco da distância entre ricos e pobres. E se avançou também no próprio entendimento da desigualdade. Quando criamos a Ação pensávamos mais na desigualdade criada pela desigualdade na renda. Agora, no relançamento da Ação, se disse que temos que falar de desigualdades. Com S.
Ou seja, hoje vemos mais claramente que há desigualdades devidas diretamente à cor da pele, ao gênero, ao tipo de trabalho, ao local de moradia, à origem étnica… Qualquer que seja o nível de renda. Assim como várias razões podem também se combinar. Como com a mulher negra ou o jovem negro que moram nas periferias.
O problema é que agora as desigualdades estão aumentando. Aqui e em todo o mundo. Por isso o movimento renasce. Parabéns a quem teve a ideia de propor esse relançamento.
Nem se fale do crescimento da desigualdade na renda. O capitalismo financeiro está a toda, em todo o planeta. Os especialistas o mostram, ninguém contesta.
A enormidade do que os milionários ganham hoje em dia é inacreditável. Suas fortunas crescem desmesuradamente a cada dia, a cada hora. Quase automaticamente. Surgem cada vez mais bilionários e até trilionários. Inclusive no Brasil. Dentro evidentemente do 1% que domina o mundo.
Seus lucros se multiplicam nas bolsas. Sonegam, especulam, tiram do trabalhador e do pobre tudo que podem. Os paraísos fiscais estão entupidos com seu dinheiro, neles escondido. Enquanto no resto do mundo faltam recursos até para necessidades básicas.
Outro dia apareceu em algumas redes sociais uma carta, escrita por alguns desses bilionários. Alertavam seus “colegas” de exploração. Era seguramente fake mas dizia uma verdade: “Gente, temos que começar a pagar impostos! Estamos indo longe demais! Pode dar ruim!”
Mas por que estamos voltando para trás, na desigualdade? Ou mais precisamente: a quem interessa a desigualdade?
A esquerda nasceu na politica para mudar as coisas combatendo o privilegio e a desigualdade. Essa é a sua luta histórica. É nisso que se opõe à direita. Ser de esquerda é lutar contra a desigualdade. Ser de direita é agir para manter o privilégio e aumentar a desigualdade.
O aumento da desigualdade no mundo coincide com o aumento do poder politico da direita, em todo o mundo. Aqui no Brasil foi primeiro com Temer e agora com a horda de doentes mentais, criminosos e oportunistas corruptos que o atual presidente levou para Brasília.
É a mesma direita agindo em toda parte. Insaciável. Usando, para chegar ao poder, o mecanismo básico da democracia, que são as eleições. Mentindo e enganando, com os meios de comunicação hoje disponíveis, manipulam o voto exatamente das vítimas das desigualdades. E até as levam a odiar a esquerda, que nasceu historicamente para lutar contra a desigualdade…
O que a direita quer é enterrar bem enterrado o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
Essa declaração foi uma tomada de posição pela paz de todas as nações do mundo, ao fim da 2ª Grande Guerra, em 1945. Depois dos massacres promovidos pelo fascismo. Mas seu primeiro artigo é um princípio civilizatório. Uma referência para todas as políticas públicas, enunciadas nos demais artigos. Nação civilizada é a que respeita esse principio basilar. Fora dele, é a barbárie.
Só podemos desejar vida longa e profícua à Ação Brasileira de Combate às Desigualdades. Tomara que consiga, entre todas suas ações, esclarecer a confusão entre “ser de esquerda” e “ser de direita” que a direita criou usando o embate partidário brasileiro. E nos acorde a todos para a necessidade de lutarmos, como seres humanos civilizados, pelo respeito absoluto ao artigo 1º. da Declaração Universal dos Direitos Humanos, na correta compreensão do que são efetivamente esses direitos.
Participei de criação desse movimento há quase vinte anos atrás. Ele foi lançado em Porto Alegre, num dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, que anunciava que “outro mundo é possível’. Não me lembro o que conseguimos fazer para realizar nosso objetivo. Mas algo avançou no combate à desigualdade.
O governo Lula, eleito naqueles tempos, e depois o de Dilma, conseguiram diminuir a pobreza e portanto um pouco da distância entre ricos e pobres. E se avançou também no próprio entendimento da desigualdade. Quando criamos a Ação pensávamos mais na desigualdade criada pela desigualdade na renda. Agora, no relançamento da Ação, se disse que temos que falar de desigualdades. Com S.
Ou seja, hoje vemos mais claramente que há desigualdades devidas diretamente à cor da pele, ao gênero, ao tipo de trabalho, ao local de moradia, à origem étnica… Qualquer que seja o nível de renda. Assim como várias razões podem também se combinar. Como com a mulher negra ou o jovem negro que moram nas periferias.
O problema é que agora as desigualdades estão aumentando. Aqui e em todo o mundo. Por isso o movimento renasce. Parabéns a quem teve a ideia de propor esse relançamento.
Nem se fale do crescimento da desigualdade na renda. O capitalismo financeiro está a toda, em todo o planeta. Os especialistas o mostram, ninguém contesta.
A enormidade do que os milionários ganham hoje em dia é inacreditável. Suas fortunas crescem desmesuradamente a cada dia, a cada hora. Quase automaticamente. Surgem cada vez mais bilionários e até trilionários. Inclusive no Brasil. Dentro evidentemente do 1% que domina o mundo.
Seus lucros se multiplicam nas bolsas. Sonegam, especulam, tiram do trabalhador e do pobre tudo que podem. Os paraísos fiscais estão entupidos com seu dinheiro, neles escondido. Enquanto no resto do mundo faltam recursos até para necessidades básicas.
Outro dia apareceu em algumas redes sociais uma carta, escrita por alguns desses bilionários. Alertavam seus “colegas” de exploração. Era seguramente fake mas dizia uma verdade: “Gente, temos que começar a pagar impostos! Estamos indo longe demais! Pode dar ruim!”
Mas por que estamos voltando para trás, na desigualdade? Ou mais precisamente: a quem interessa a desigualdade?
A esquerda nasceu na politica para mudar as coisas combatendo o privilegio e a desigualdade. Essa é a sua luta histórica. É nisso que se opõe à direita. Ser de esquerda é lutar contra a desigualdade. Ser de direita é agir para manter o privilégio e aumentar a desigualdade.
O aumento da desigualdade no mundo coincide com o aumento do poder politico da direita, em todo o mundo. Aqui no Brasil foi primeiro com Temer e agora com a horda de doentes mentais, criminosos e oportunistas corruptos que o atual presidente levou para Brasília.
É a mesma direita agindo em toda parte. Insaciável. Usando, para chegar ao poder, o mecanismo básico da democracia, que são as eleições. Mentindo e enganando, com os meios de comunicação hoje disponíveis, manipulam o voto exatamente das vítimas das desigualdades. E até as levam a odiar a esquerda, que nasceu historicamente para lutar contra a desigualdade…
O que a direita quer é enterrar bem enterrado o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
Essa declaração foi uma tomada de posição pela paz de todas as nações do mundo, ao fim da 2ª Grande Guerra, em 1945. Depois dos massacres promovidos pelo fascismo. Mas seu primeiro artigo é um princípio civilizatório. Uma referência para todas as políticas públicas, enunciadas nos demais artigos. Nação civilizada é a que respeita esse principio basilar. Fora dele, é a barbárie.
Só podemos desejar vida longa e profícua à Ação Brasileira de Combate às Desigualdades. Tomara que consiga, entre todas suas ações, esclarecer a confusão entre “ser de esquerda” e “ser de direita” que a direita criou usando o embate partidário brasileiro. E nos acorde a todos para a necessidade de lutarmos, como seres humanos civilizados, pelo respeito absoluto ao artigo 1º. da Declaração Universal dos Direitos Humanos, na correta compreensão do que são efetivamente esses direitos.
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