Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Jair Bolsonaro voltou a explicitar, anteontem, ao vivo e a cores, sua servidão aos Estados Unidos, com a live em que assistia, comentava e elogiava o discurso de forte cheiro fascista de Donald Trump, após ser absolvido do processo de impeachment pelo Senado americano.
A servidão não fica no ridículo. Tem seus efeitos práticos e danosos à soberania nacional, como a permissão para que empresas estrangeiras, mesmo não sediadas aqui, participem de licitações para obras públicas.
Ou os acordos de “cooperação” assinados na semana passada com os EUA nas áreas de energia e até de urânio.
Dela faz parte também o empenho de governistas em instalar uma CPI para investigar os acordos Brasil-Cuba nas eras Lula-Dilma. Os americanos desejam e inspiraram esta CPI, que deve ser barrada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Trump, em seu discurso, prometeu esmagar Maduro na Venezuela e acirrar a perseguição a Cuba.
Na terça-feira, 3, seu governo impôs novas restrições a Cuba, proibindo viagens de estudo e recreativas, inclusive cruzeiros e voos turísticos.
Representantes da embaixada americana participaram da concepção da CPI proposta pela deputada Paula Belmonte e até estiveram no gabinete dela tratando do assunto.
Belmonte, deputada de primeiro mandato pelo Cidadania-DF, é casada com Luis Felipe Belmonte, que atua como advogado de Bolsonaro e foi quem pagou o aluguel de espaço no hotel Golden Tulip para a realização da convenção de fundação do partido Aliança pelo Brasil, do qual será o segundo vice-presidente.
Ele é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e um financiador de candidatos conservadores no Distrito Federal. Então, está tudo em casa.
A deputada conseguiu as assinaturas necessárias para a instalar a CPI, que deveria investigar acordos de cooperação entre Brasil e Cuba, como o do Mais Médicos, na verdade assinado com a OPAS, e a construção do porto de Mariel pela empreiteira Odebrecht, entre outros firmados nos governos Lula e Dilma.
“Há muitas coisas obscuras neste relacionamento que precisam ser esclarecidas”, andou dizendo. Com o fiasco da “caixa preta” do BNDES, da qual Bolsonaro tanto falou e cuja inexistência foi confirmada por auditoria feita já em seu governo (ao custo de R$ 48 milhões), a CPI surgiu como outra ameaça de devassa nos governos petistas, com o adicional de que atenderia aos interesses americanos.
Imaginou-se que dela poderiam surgir elementos para a imposição de cobranças, multas e outros encargos financeiros que poderiam contribuir para a asfixia econômica de Cuba. O embargo comercial já dura mais de 50 anos mas foi endurecido no governo de Trump.
Embora Rodrigo Maia já tenha falado contra a CPI, que a seu ver não é uma prioridade, e esteja evitando novas CPIs para não conturbar a tramitação das reformas, Paula Belmonte terá o apoio de deputados bolsonaristas para insistir na instalação.
A este ponto vai a servidão de Bolsonaro a Trump.
Da entrega do mercado nacional de obras de infraestrutura – para acabar de liquidar com as construtoras nacionais que a Lava Jato quebrou – à montagem de manobras parlamentares contra Cuba, para atender à obsessão de Trump em esmagar a ilha socialista do Caribe.
Jair Bolsonaro voltou a explicitar, anteontem, ao vivo e a cores, sua servidão aos Estados Unidos, com a live em que assistia, comentava e elogiava o discurso de forte cheiro fascista de Donald Trump, após ser absolvido do processo de impeachment pelo Senado americano.
A servidão não fica no ridículo. Tem seus efeitos práticos e danosos à soberania nacional, como a permissão para que empresas estrangeiras, mesmo não sediadas aqui, participem de licitações para obras públicas.
Ou os acordos de “cooperação” assinados na semana passada com os EUA nas áreas de energia e até de urânio.
Dela faz parte também o empenho de governistas em instalar uma CPI para investigar os acordos Brasil-Cuba nas eras Lula-Dilma. Os americanos desejam e inspiraram esta CPI, que deve ser barrada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Trump, em seu discurso, prometeu esmagar Maduro na Venezuela e acirrar a perseguição a Cuba.
Na terça-feira, 3, seu governo impôs novas restrições a Cuba, proibindo viagens de estudo e recreativas, inclusive cruzeiros e voos turísticos.
Representantes da embaixada americana participaram da concepção da CPI proposta pela deputada Paula Belmonte e até estiveram no gabinete dela tratando do assunto.
Belmonte, deputada de primeiro mandato pelo Cidadania-DF, é casada com Luis Felipe Belmonte, que atua como advogado de Bolsonaro e foi quem pagou o aluguel de espaço no hotel Golden Tulip para a realização da convenção de fundação do partido Aliança pelo Brasil, do qual será o segundo vice-presidente.
Ele é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e um financiador de candidatos conservadores no Distrito Federal. Então, está tudo em casa.
A deputada conseguiu as assinaturas necessárias para a instalar a CPI, que deveria investigar acordos de cooperação entre Brasil e Cuba, como o do Mais Médicos, na verdade assinado com a OPAS, e a construção do porto de Mariel pela empreiteira Odebrecht, entre outros firmados nos governos Lula e Dilma.
“Há muitas coisas obscuras neste relacionamento que precisam ser esclarecidas”, andou dizendo. Com o fiasco da “caixa preta” do BNDES, da qual Bolsonaro tanto falou e cuja inexistência foi confirmada por auditoria feita já em seu governo (ao custo de R$ 48 milhões), a CPI surgiu como outra ameaça de devassa nos governos petistas, com o adicional de que atenderia aos interesses americanos.
Imaginou-se que dela poderiam surgir elementos para a imposição de cobranças, multas e outros encargos financeiros que poderiam contribuir para a asfixia econômica de Cuba. O embargo comercial já dura mais de 50 anos mas foi endurecido no governo de Trump.
Embora Rodrigo Maia já tenha falado contra a CPI, que a seu ver não é uma prioridade, e esteja evitando novas CPIs para não conturbar a tramitação das reformas, Paula Belmonte terá o apoio de deputados bolsonaristas para insistir na instalação.
A este ponto vai a servidão de Bolsonaro a Trump.
Da entrega do mercado nacional de obras de infraestrutura – para acabar de liquidar com as construtoras nacionais que a Lava Jato quebrou – à montagem de manobras parlamentares contra Cuba, para atender à obsessão de Trump em esmagar a ilha socialista do Caribe.
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