Por Altamiro Borges
Os ruralistas que apoiam o laranjal de Bolsonaro e seu sinistro Ricardo Salles dão um tiro no pé. Em menos de uma semana, 300 mil pessoas assinaram petição exortando as três das maiores redes de supermercado da Alemanha a não venderem mais produtos brasileiros em função do desmatamento criminoso da Amazônia.
A campanha de boicote foi lançada pela ONG Campact, sediada em Berlim, como forma de pressão contra a Medida Provisória 910/19, substituída pelo Projeto de Lei 2633/20, sobre a regularização fundiária. Rotulada de “PL da Grilagem”, essa iniciativa governamental promove uma devastação florestal ainda maior no país.
O boicote aos produtos brasileiros já havia sido aprovado em maio por algumas redes de supermercados do Reino Unido. A campanha alemã pede que o exemplo seja seguido pelas companhias Lidl, Edeka e Aldi Nord, que figuram entre as cinco maiores varejistas da Europa em volume de faturamento.
Segundo texto publicado na Folha, "o sucesso da petição da Campact, com a adesão dos três supermercados, fecharia 70% do mercado varejista alemão a produtos brasileiros. O objetivo da ONG é aumentar a pressão para que o texto seja não só retirado da pauta do Congresso, mas descartado por completo".
O apoio do lobby do agronegócio
O abaixo-assinado afirma que a "proposta de lei ameaça a população indígena, a biodiversidade e o clima. Normalmente, recorreríamos diretamente aos políticos. Mas no caso do radical de direita Jair Bolsonaro, a diplomacia é impossível. Por isso, visamos seu lado mais sensível: o sucesso econômico".
"Bolsonaro depende do apoio do lobby do agronegócio... Queremos que as redes de supermercado alemãs se juntem aos supermercados britânicos no boicote a produtos brasileiros, principalmente à carne bovina, para pressionar economicamente o governo Bolsonaro", argumenta o texto da petição.
Ele dá destaque à confissão de Ricardo Salles, na esbórnia ministerial de 22 de abril, de que o governo deve aproveitar que a “cobertura de imprensa" está concentrada na tragédia da Covid-19 para "passar a boiada" contra as leis de proteção ambiental. O queridinho dos barões do agronegócio começa a ficar disfuncional.
PL premia quem derruba florestas ilegalmente
Conforme registra a reportagem publicada na Folha, “o PL 2633/20 foi apresentado após a perda de validade em maio, por falta de acordo entre os parlamentares, da controversa Medida Provisória 910/19, editada em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro”.
O projeto prevê a regularização fundiária de imóveis da União, incluindo assentamentos, sem vistoria prévia, em áreas com até seis módulos fiscais e ocupadas até julho de 2008. O módulo fiscal é uma unidade cujo tamanho varia de acordo com o município, podendo ir de 5 a 110 hectares”.
O ministro da devastação ambiental e seus capachos juram que o projeto “desburocratiza a concessão de títulos”. Já as entidades ambientalistas afirmam que “a lei premiará quem invadiu e derrubou florestas ilegalmente em áreas públicas e, ao possibilitar que desmatadores se tornem proprietários de áreas ocupadas ilegalmente, seria um incentivo à destruição de novas áreas de floresta”.
Os ruralistas que apoiam o laranjal de Bolsonaro e seu sinistro Ricardo Salles dão um tiro no pé. Em menos de uma semana, 300 mil pessoas assinaram petição exortando as três das maiores redes de supermercado da Alemanha a não venderem mais produtos brasileiros em função do desmatamento criminoso da Amazônia.
A campanha de boicote foi lançada pela ONG Campact, sediada em Berlim, como forma de pressão contra a Medida Provisória 910/19, substituída pelo Projeto de Lei 2633/20, sobre a regularização fundiária. Rotulada de “PL da Grilagem”, essa iniciativa governamental promove uma devastação florestal ainda maior no país.
O boicote aos produtos brasileiros já havia sido aprovado em maio por algumas redes de supermercados do Reino Unido. A campanha alemã pede que o exemplo seja seguido pelas companhias Lidl, Edeka e Aldi Nord, que figuram entre as cinco maiores varejistas da Europa em volume de faturamento.
Segundo texto publicado na Folha, "o sucesso da petição da Campact, com a adesão dos três supermercados, fecharia 70% do mercado varejista alemão a produtos brasileiros. O objetivo da ONG é aumentar a pressão para que o texto seja não só retirado da pauta do Congresso, mas descartado por completo".
O apoio do lobby do agronegócio
O abaixo-assinado afirma que a "proposta de lei ameaça a população indígena, a biodiversidade e o clima. Normalmente, recorreríamos diretamente aos políticos. Mas no caso do radical de direita Jair Bolsonaro, a diplomacia é impossível. Por isso, visamos seu lado mais sensível: o sucesso econômico".
"Bolsonaro depende do apoio do lobby do agronegócio... Queremos que as redes de supermercado alemãs se juntem aos supermercados britânicos no boicote a produtos brasileiros, principalmente à carne bovina, para pressionar economicamente o governo Bolsonaro", argumenta o texto da petição.
Ele dá destaque à confissão de Ricardo Salles, na esbórnia ministerial de 22 de abril, de que o governo deve aproveitar que a “cobertura de imprensa" está concentrada na tragédia da Covid-19 para "passar a boiada" contra as leis de proteção ambiental. O queridinho dos barões do agronegócio começa a ficar disfuncional.
PL premia quem derruba florestas ilegalmente
Conforme registra a reportagem publicada na Folha, “o PL 2633/20 foi apresentado após a perda de validade em maio, por falta de acordo entre os parlamentares, da controversa Medida Provisória 910/19, editada em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro”.
O projeto prevê a regularização fundiária de imóveis da União, incluindo assentamentos, sem vistoria prévia, em áreas com até seis módulos fiscais e ocupadas até julho de 2008. O módulo fiscal é uma unidade cujo tamanho varia de acordo com o município, podendo ir de 5 a 110 hectares”.
O ministro da devastação ambiental e seus capachos juram que o projeto “desburocratiza a concessão de títulos”. Já as entidades ambientalistas afirmam que “a lei premiará quem invadiu e derrubou florestas ilegalmente em áreas públicas e, ao possibilitar que desmatadores se tornem proprietários de áreas ocupadas ilegalmente, seria um incentivo à destruição de novas áreas de floresta”.
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