Reprodução do Facebook de Manuela D'Ávila |
O povo de Porto Alegre escolheu mudar; deu um basta ao governo Marchezan Júnior/PSDB, que deixou a cidade abandonada, descuidada e promoveu enormes retrocessos culturais, econômicos e sociais.
O tucano é o primeiro prefeito da capital gaúcha que se candidata à reeleição e não alcança o 2º turno. Este resultado significa o rechaço da maioria da população à desastrosa gestão tucana na Prefeitura, que transformou a cidade num laboratório de inventos ultraliberais.
Marchezan não é o único responsável pelos retrocessos dos últimos 4 anos na cidade. As políticas implementadas por ele foram apoiadas e aprovadas pelos vereadores de todos partidos conservadores da Câmara, que inclusive integraram o secretariado municipal, como foi o caso do MDB do Sebastião Melo e do seu vice Ricardo Gomes – ex-PP, hoje DEM – que inclusive foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Marchezan.
O governo tucano continuou e aprofundou as políticas desenvolvidas pelo consórcio partidário que se reveza na Prefeitura desde 2005 e que estagnou Porto Alegre.
Em parte destes 16 anos, Melo/MDB foi o vice-prefeito [2013/2016] incompetente que deixou muitas obras e investimentos da Copa paralisados, mesmo com a injeção de mais de R$ 500 milhões de verbas do governo Dilma na cidade.
No período do Melo na Prefeitura faltou competência, mas abundaram escândalos de corrupção e avançaram os desmontes das políticas sociais.
Ricardo Gomes, o candidato a vice-prefeito do Melo, é um ultraliberal que defende as mesmas idéias privatistas, de cortes sociais e de Estado Mínimo que Paulo Guedes.
Na propaganda eleitoral, Melo esconde o verdadeiro programa que pretende implementar na Prefeitura, mas seu candidato a vice deixa muito claro que o plano deles é avançar as políticas destrutivas do Marchezan, como a terceirização da atenção primária e serviços essenciais do SUS, a privatização do DMAE, o abandono das creches e escolas municipais, o sucateamento da assistência social, a privatização de praças e parques e os ataques aos servidores públicos.
Ricardo Gomes, que foi fundador e coordenador do MBL no Rio Grande do Sul, é um defensor da injustiça tributária. Na visão dele, os ricos e os especuladores imobiliários devem pagar menos IPTU.
Ele entende que para garantir os privilégios tributários da elite, a Prefeitura deve reduzir investimentos sociais na educação, assistência social e no SUS e, ao mesmo tempo, terceirizar e privatizar ao máximo os serviços públicos.
Para Ricardo Gomes, “a prefeitura deve se concentrar em fazer o básico”; por isso ele defende a privatização das empresas públicas de transportes [a centenária CARRIS] e de tecnologia e processamento de dados [PROCEMPA].
Está claro, portanto, que Melo representa a continuidade das políticas nefastas do Marchezan com outra roupagem.
Tem sido rotina nas eleições a tática ilusionista dos candidatos da direita, que usam disfarces para enganar a população. No debate eleitoral eles escondem seus reais propósitos – senão não se elegeriam – e se dedicam a infundir medo e pânico com mentiras e falsidades propagadas nos esgotos das redes sociais contra a esquerda, o PT e o campo progressista. E nesta eleição não está sendo diferente.
Durante entrevista ao final da apuração do 1º turno, Melo e seu vice [o ex-ativista raivoso do MBL] apareceram cercados de militantes bolsonaristas e de extrema-direita, o que é indício da pistolagem política que estão armando para o 2º turno. Melo já abraçou o projeto de escolas cívico-militares do Bolsonaro e anuncia postura irresponsável acerca da pandemia, como o chefe miliciano.
O extremista Eduardo Bolsonaro já anunciou desembarque em Porto Alegre para se juntar à marcha terrorista de Melo e Ricardo Gomes contra a chapa Manuela/Rossetto.
A oligarquia local não hesitará em promover toda sorte de vilania, violência política e trapaça contra Manuela – uma mulher que apavora eles não só pelo fato de ser mulher, mas por ser uma mulher guerreira, de esquerda e comprometida com os anseios da maioria pobre do povo.
No 1º turno, o povo de Porto Alegre optou pela mudança. E isso significa colocar fim ao ciclo de governos do consórcio conservador e reacionário do qual a chapa MDB/DEM de Melo e Ricardo Gomes é notória representante.
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