Por Altamiro Borges
O pegajoso bolsonarista Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, virou réu pelos casos de assédio sexual e moral contra os funcionários do banco. Na semana passada, a Justiça Federal aceitou a ação ajuizada em Brasília pelo Ministério Público (MPF) e agora ele responderá criminalmente pelas denúncias. Se for condenado ao final do processo, ele pode pegar pena de até 74 anos de prisão.
Os crimes do tarado da Caixa foram revelados pelo site Metrópoles em junho passado. “Foi já durante o trabalho de apuração jornalística que o procedimento do MPF teve início. Temendo represálias e perseguições, as vítimas resolveram levar o caso à Procuradoria porque, assim, se sentiriam mais protegidas... O escândalo, o primeiro no Brasil envolvendo um personagem de relevo da cúpula do poder, resultou na queda imediata de Pedro Guimarães. Ele deixou o cargo um dia após a publicação da primeira reportagem”, jacta-se o site.
O ex-presidente da Caixa era um dos capachos mais próximos do fascista Jair Bolsonaro. Chegou a ser cogitado como candidato a vice-presidente em 2022. Ele também era muito paparicado pela mídia patronal, tratado como um exemplo de gerência capitalista moderna e arrojada. As denúncias de assédio abalaram sua fama, mas ele seguiu com forte influência. Recentemente, ele visitou o “fujão” em seu autoexílio nos EUA. O processo contra o tarado segue sob sigilo da Justiça, mas pode resultar em prisão nas próximas semanas.
No âmbito trabalhista, pena de R$ 10 milhões
“Se ele for condenado ao final do processo, a pena pode variar de 7 até 74 anos de prisão. O MPF enquadrou Guimarães nos artigos 215 (oito vezes) e 216 (sete vezes) do Código Penal e pediu que a Justiça considere como agravante o fato de ele ter supostamente cometido os crimes valendo-se de sua posição hierárquica em relação às vítimas. Nesse caso, a pena é aumentada em 50%. A partir do recebimento da denúncia pelo Judiciário, o processo começa a tramitar, com depoimentos de vítimas e testemunhas perante o juiz. O próprio Guimarães também será chamado para falar”, detalha o site Metrópoles.
Já no âmbito trabalhista, a Folha informa que a Caixa aceitou fechar um acordo com o Ministério Público do Trabalho para encerrar o processo sobre os casos de assédio sexual e moral ocorridos durante a gestão do ex-presidente. O jornal apurou que “o acordo prevê o pagamento de R$ 10 milhões por danos morais coletivos. Inicialmente, o procurador do trabalho Paulo Neto pedia à Justiça o valor de R$ 30,5 milhões ‘pela omissão na investigação de tais atos’ e por responsabilização solidária”.
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