Foto: Juliana Barbosa/MST |
Cultura, música, alimento saudável, partilha. Existe uma gama de palavras para pronunciar quando se trata de resumir a experiência da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada no Parque Água Branca, em São Paulo, que reuniu mais de 1700 produtores agroecológicos de todo o país, organizados em 191 cooperativas e associações de agricultores familiares, em uma grande mostra da luta pela democratização da terra e pela soberania alimentar.
As famílias Sem Terra trouxeram para São Paulo cerca de 560 toneladas de produtos in natura e beneficiados, reunindo um diversidade de produtos com mais de 1730 itens diferentes comercializados na feira, apreciados por cerca de 320 mil pessoas que passaram pelo Parque da Água Branca, região central da cidade de São Paulo. Também foram destinadas 38 toneladas de alimentos para a ação de solidariedade para 24 entidades da cidade, que vão chegar às famílias mais carentes que mais precisam.
As famílias Sem Terra trouxeram para São Paulo cerca de 560 toneladas de produtos in natura e beneficiados, reunindo um diversidade de produtos com mais de 1730 itens diferentes comercializados na feira, apreciados por cerca de 320 mil pessoas que passaram pelo Parque da Água Branca, região central da cidade de São Paulo. Também foram destinadas 38 toneladas de alimentos para a ação de solidariedade para 24 entidades da cidade, que vão chegar às famílias mais carentes que mais precisam.
“Estamos chegando ao fim de mais uma edição da Feira Nacional da Reforma Agrária com um balanço político muito positivo. Alcançamos em todos os objetivos, em especial com a produção. Sem dúvida, a Feira da Reforma Agrária é a síntese da grandiosidade do que é o MST e a diversidade da produção dos assentamentos de Reforma Agrária pelo Brasil”, comemora Diego Moreira, da coordenação nacional do setor de produção do MST.
A Feira cumpriu o objetivo de ser uma grande festa da cultura popular e da resistência camponesa durante os quatro dias, com apresentação de diferentes ritmos: Samba, Maracatu, Jongo, Hip-hop, ao teatro e a moda de viola, das cinco regiões do país. Foram shows, apresentações, intervenções, tudo isso com muito alimento saudável e comida de verdade.
A Feira cumpriu o objetivo de ser uma grande festa da cultura popular e da resistência camponesa durante os quatro dias, com apresentação de diferentes ritmos: Samba, Maracatu, Jongo, Hip-hop, ao teatro e a moda de viola, das cinco regiões do país. Foram shows, apresentações, intervenções, tudo isso com muito alimento saudável e comida de verdade.
Para o público que pode comparecer em algum momento dos quarto dias de feira, o evento foi uma oportunidade de conhecer a diversidade e a qualidade dos alimentos que vêm dos assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária, livres de agrotóxicos e transgênicos. Foram frutas, verduras, legumes, grãos, mel, queijos, doces, geleias, cachaças, vinhos e muito, muito mais.
A Culinária da Terra, espaço dedicado à gastronomia regional, os cheiros e sabores que dão o tempero da Feira também veio com tudo, chegando a 80 mil refeições servidas. Os 95 pratos de 30 cozinhas diferentes, com a cultura de cada cantinho do país. Faltou para quem quisesse mais o bode assado ou cozido de Pernambuco, caldo de sururu e moqueca da Bahia, quiabada de Sergipe, galinhada com guariroba com arroz com pequi de Goiás, tropeiro de Minas, peixe no açaí, pato no tucupi e tacacá da região Amazônica.
Giselda Coelho, da direção do setor de produção do estado do Pará, explica que a Feira, a partir da diversidades de produtos e alimentos agroecológicos demonstra a importância da Reforma Agrária como alternativa para o combate à fome. “Nós somos mais de 23 estados e o Distrito Federal que participam desta 4ª Feira Nacional, colocando uma diversidade de produtos que estão representados nos espaços de comercialização, mas também no ato de fazer cultura, no espaço de divulgação da arte, da música, e também na culinária da terra. A feira representa essa diversidade da agricultura e um importante instrumento de defesa da Reforma Agrária”.
Giselda Coelho, da direção do setor de produção do estado do Pará, explica que a Feira, a partir da diversidades de produtos e alimentos agroecológicos demonstra a importância da Reforma Agrária como alternativa para o combate à fome. “Nós somos mais de 23 estados e o Distrito Federal que participam desta 4ª Feira Nacional, colocando uma diversidade de produtos que estão representados nos espaços de comercialização, mas também no ato de fazer cultura, no espaço de divulgação da arte, da música, e também na culinária da terra. A feira representa essa diversidade da agricultura e um importante instrumento de defesa da Reforma Agrária”.
Embora a Feira se destaque pelos deliciosos sabores provados no Parque da Água Branca, a comida não foi a única atração. Com uma programação cultural gratuita contou com shows de artista consagrados, como Zeca Baleiro e Alessandra Leão, Thiago Oproprio e Jorge Aragão, Gaby Amarantos e Johnny Hooker, Camisa Verde e Branco, e um fechamento especial com o Show Terraça, pensado especialmente para a feira, além de grupos populares, intervenções, e muita música. Ao todo, 412 artistas passaram pelo evento, além de diversos influenciadores, comunicadores e apoiadores do MST do Brasil e de outros países.
E como em todos os espaços do MST, também teve espaços de educação debates políticos, com 15 atividades de formação, entre seminários e oficinas, que contaram com a participação de 2 mil pessoas. Durante os quatro dias de evento ocorreram seminários, oficinas, debates e lançamentos de livros sobre temas deram o tom de assuntos ligados à agroecologia, feminismo, luta antirracista, educação do campo, Reforma Agrária Popular e conjuntura nacional. A feira é um espaço de diálogo entre o campo e a cidade, de denúncia das injustiças sociais e ambientais e de celebração das lutas e conquistas do povo brasileiro.
Os visitantes também puderam conhecer a prática de viveiros agroecológicos implantada nos assentamentos e acampamentos do movimento, uma das ações concretas do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, com o desafio de plantar 100 milhões de árvores no país. Ao longo da feira, foram doadas mais de 20 mil mudas e cerca de 880 quilos de sementes.
Os visitantes também puderam conhecer a prática de viveiros agroecológicos implantada nos assentamentos e acampamentos do movimento, uma das ações concretas do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, com o desafio de plantar 100 milhões de árvores no país. Ao longo da feira, foram doadas mais de 20 mil mudas e cerca de 880 quilos de sementes.
Políticas Públicas
A Feira também foi um momento de diálogos e articulações institucionais entre governos municipais, estaduais e federal, além ministros e parlamentares para cobrar a estruturação de políticas públicas voltadas para o assentamentos das famílias acampadas no país como estratégia de combate a fome. “Nós precisamos construir uma sinergia dos movimentos sociais, da sociedade civil brasileira, e do governo democrático do presidente Lula, para avançarmos com um verdadeiro programa nacional de Reforma Agrária. Um programa nacional que vise desenvolver os assentamentos existentes, as mais de 500 mil famílias assentadas pelo país, já organizadas na base do MST, e assentar as mais de 80 mil famílias acampadas, com um Programa Nacional de Reforma Agrária, com o desafio de enfrentar o tema da fome nesse país”, afirma Diego.
Outra demanda apresentada pelo MST na feira concentra-se na ampliação de políticas estruturantes para a produção de alimentos saudáveis e a agroindustrialização dos assentamentos, além de incentivos na área da recuperação ambiental. “Precisamos ampliar a produção de alimentos na sua diversidade, mas também num programa que incentive a agricultura familiar no processo de agroindustrialização para Reforma Agrária, ressaltando essa diversidade, mas também criando possibilidade de recuperar o passivo ambiental. Que são consequência do modelo de agricultura impulsionado pelo agronegócio”, ressalta Giselda.
A Feira também foi um momento de diálogos e articulações institucionais entre governos municipais, estaduais e federal, além ministros e parlamentares para cobrar a estruturação de políticas públicas voltadas para o assentamentos das famílias acampadas no país como estratégia de combate a fome. “Nós precisamos construir uma sinergia dos movimentos sociais, da sociedade civil brasileira, e do governo democrático do presidente Lula, para avançarmos com um verdadeiro programa nacional de Reforma Agrária. Um programa nacional que vise desenvolver os assentamentos existentes, as mais de 500 mil famílias assentadas pelo país, já organizadas na base do MST, e assentar as mais de 80 mil famílias acampadas, com um Programa Nacional de Reforma Agrária, com o desafio de enfrentar o tema da fome nesse país”, afirma Diego.
Outra demanda apresentada pelo MST na feira concentra-se na ampliação de políticas estruturantes para a produção de alimentos saudáveis e a agroindustrialização dos assentamentos, além de incentivos na área da recuperação ambiental. “Precisamos ampliar a produção de alimentos na sua diversidade, mas também num programa que incentive a agricultura familiar no processo de agroindustrialização para Reforma Agrária, ressaltando essa diversidade, mas também criando possibilidade de recuperar o passivo ambiental. Que são consequência do modelo de agricultura impulsionado pelo agronegócio”, ressalta Giselda.
A dirigente destaca ainda a importância do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis para recuperar o meio ambiente, juntamente com a produção de alimentos livres de veneno, exploração e violências. “São mais de 450 mil famílias a produzir alimentos, mas também a plantar, transformar, recuperar, entendendo que a partir do Plano Plantar Árvores é possível produzir alimentos, plantar árvores, e lutar para recuperar o meio ambiente a partir dessas ações nos diversos estados brasileiros”, conclui.
Mais do que suas versões anteriores, a Feira da Reforma Agrária foi uma oportunidade para os consumidores urbanos conhecerem de perto a realidade dos trabalhadores rurais e apoiarem a sua luta por terra, trabalho e dignidade. Ao valorizar a agricultura familiar e camponesa, responsável por produzir a maior parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, a feira é espaço de resistência e de construção de alternativas ao modelo agrícola dominante, baseado no latifúndio, no monocultivo e no uso intensivo de agrotóxicos.
Mais do que suas versões anteriores, a Feira da Reforma Agrária foi uma oportunidade para os consumidores urbanos conhecerem de perto a realidade dos trabalhadores rurais e apoiarem a sua luta por terra, trabalho e dignidade. Ao valorizar a agricultura familiar e camponesa, responsável por produzir a maior parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, a feira é espaço de resistência e de construção de alternativas ao modelo agrícola dominante, baseado no latifúndio, no monocultivo e no uso intensivo de agrotóxicos.
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