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O site UOL informou na semana passada que a Justiça de São Paulo determinou o bloqueio das contas pessoais do ex-locutor global Galvão Bueno. A medida foi tomada em processo movido por um antigo sócio do locutor ricaço na vinícola Bueno Wines Itália, localizada na região da Toscana, mas com representação no Brasil. Mas o bloqueio foi frustrante – “encontrou apenas R$ 36,87” como saldo bancário, conforme a irônica notinha.
Ainda segundo a matéria, Alex Reiller de Moraes possuía 10% das cotas da empresa e era o seu administrador. Os dois romperam em 2018, mas Galvão Bueno não encerrou a firma nem formalizou a exclusão do ex-sócio do quadro societário. Ele, então, acionou a Justiça, alegando que estava sendo prejudicado em seus negócios, e ganhou a causa. Mas a celebridade midiática não respeitou a decisão e sofreu uma multa de R$ 71,5 mil.
“Como não pagou, houve o bloqueio das contas, determinado pelo juiz Marcelo Augusto Oliveira. Além das contas de Galvão, a empresa também sofreu bloqueio nas contas, tendo sido obtidos cerca de R$ 51 mil. O locutor se defendeu na Justiça dizendo que, para encerrar a sociedade, era necessário arcar com uma quantia significativa na Itália, e que não houve acordo de como seria feito o pagamento. Afirmou também que o valor da multa foi calculado erroneamente... O juiz não aceitou a argumentação, mas o locutor ainda pode recorrer”.
Dívida de R$ 2,6 milhões à União
Em outra matéria, o site Metrópoles apimentou ainda mais o caso ao revelar na quarta-feira (6) que “a vinícola Bueno Wines, fundada por Galvão Bueno, deve R$ 2,6 milhões à União, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional... A empresa tem dívidas em impostos federais e também previdenciários. Os atrasos nos pagamentos começaram em 2019 e vão até este ano”.
Na Receita Federal, a companhia está registrada no nome de familiares do jornalista com a marca de Vinícola Galvão Bueno. O site da empresa caloteira ainda se jacta de que “falar de Bueno Wines e não falar de Galvão Bueno seria como falar do filme ‘Pulp Fiction’ e não falar do ator John Travolta”. Este não é o primeiro rolo envolvendo o ex-locutor da TV Globo. Em julho de 2021, o jornal carioca O Dia divulgou que a Justiça havia bloqueado as contas bancárias dele, da esposa Desirée Soares e da filha Letícia Galvão Bueno.
"Indisponibilidade dos ativos financeiros"
O motivo foi um empréstimo não pago de R$ 1,6 milhão da Lest Credit Fundo de Investimento. A decisão foi tomada pelo juiz Rodrigo Galvão Medina, da 9ª Vara Cível de São Paulo, em processo aberto contra a empresa Virtual Promoções e Participações, que pertencia à família do narrador. O fundo fez o empréstimo em 2017 em um contrato que previa o pagamento em 31 parcelas, mas “a Virtual não cumpriu o plano. Em maio deste ano, a empresa reconheceu a dívida e foi homologado judicialmente um acordo para a quitação, que, no entanto, também não foi cumprido integralmente”.
Na sentença que fixou o bloqueio, o juiz alegou que “em razão da petição que noticiou o descumprimento do acordo, determinei a expedição de ordem de indisponibilidade de ativos financeiros”. Na ocasião – como agora –, nas contas de Galvão Bueno a Justiça encontrou apenas R$ 1.401,17. Já na da esposa Desirée Soares, houve o bloqueio de cerca de R$ 90 mil. Diante da decisão judicial, os advogados de defesa alegaram “que os valores são impenhoráveis, parte deles por serem de caráter salarial”. Argumentou ainda que a decisão judicial causou grave dano, uma vez que as quantias “são necessárias para o sustento da família”.
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