quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aznar, Murdoch e a direita midiática

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:

A proximidade do José Maria Aznar com Rupert Murdoch pode ter seus inconvenientes. Aznar está incluído na ação judicial de um banco norte-americano contra a News Corporation, o império midiático de Murdoch, do qual o ex-primeiro-ministro da Espanha é membro do seu Conselho de Administração.

Amalgamated Bank, que pertence a um sindicato estadunidense com ações na News Corporation, apresentou denúncia contra o conglomerado de Murdoch por ele ter aprovado a compra de uma empresa da filha do magnata por 600 milhões de dólares, preço 13 vezes maior que os benefícios desta entidade.

Murdoch e os bastidores do covil midiático

Por Renato Rovai, em seu blog:

As revelações dos bastidores das empresas do magnata da mídia, Rupert Murdoch, têm sido muito interessantes para desvelar os métodos e padrões éticos das organizações de comunicação.

Há muito tempo que o vale-tudo neste setor tem sido utilizado como verdadeiro manual das redações. Em nome do interesse do veículo e daqueles que se beneficiarão em nome do veículo, pseudo-jornalistas têm autorização para agir como bestas-feras e destruir reputações.

E não é só na terra da rainha, onde o esgoto está subindo pelos ralos, que a podridão campeia. No Brasil, há casos e mais casos de denúncias baseadas em investigações a partir de métodos criminosos. Afora casos de reportagens inventadas sem sequer uma fonte em on ou qualquer documento que ateste veracidade.

Murdoch a nu e as lendas urbanas

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Esta é, nunca me canso de repetir, a grande conquista da internet: a interação entre emissores e receptores de informações. Aqui todo mundo lê e escreve, participa do jogo, tem direito de reclamar e pode ajudar a encontrar soluções.

Um dos fiéis comentaristas deste Balaio, o Pardalzinho, por exemplo, enviou-me mensagem às 20h42 de segunda-feira fazendo uma cobrança, cheio de razão, sobre um assunto que deixei passar batido:

A seleção brasileira da TV Globo

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos, no Observatório da Imprensa:

Já são conhecidas as barreiras estabelecidas pela Rede Globo de Televisão junto à transmissão do futebol no país, influenciando até a formatação do Campeonato Brasileiro deste esporte. Mas pouco tem sido comentado acerca do monopólio de transmissão em território nacional dos jogos da seleção brasileira de futebol, que há décadas são veiculados apenas por uma emissora, a mesma Rede Globo de Televisão, líder do oligopólio midiático nacional. Na melhor das hipóteses, quando não possui interesse em exibir, a Globo decide e repassa a outro operador.

Cidadão Murdoch e a regulação da mídia

Por Pedro de Oliveira, no sítio Vermelho:

“O melhor agente regulador (em se tratando de regulação de imprensa, N.A.) será o que estiver morto”. Com esta frase, Rupert Murdoch – um dos maiores barões da imprensa mundial, tão bem caracterizado pelo filme dirigido por Orson Welles em 1941, “Cidadão Kane” – definiu seu pensamento a respeito de organismos reguladores de imprensa.

O pensamento colonizado do Estadão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Estadão, hoje, tem um daqueles momentos de sinceridade antológicos.

É o editorial intitulado “A Vale ainda não entrou na produção de aço, felizmente“.

Depois de algumas lágrimas por Roger Agnelli, o jornalão começa a entregar o seu pensamento colonial.

Por ele, o Brasil ainda seria um pequeno país atrasado, que nem mesmo produziria aço.

É hora de enfrentar a mídia

Por Antônio Mello, em seu blog:

Carta aberta à Presidenta Dilma:

É hora de enfrentar o tigre-de-papel-impresso

Presidenta Dilma, leu 'O medo que não ousava dizer o nome', de Timothy Ash, no Estadão?

Publicado no domingo, o artigo do professor Timothy Garton Ash (traduzido por Celso Paciornik) comenta o escândalo dos tabloides de Murdoch na Grã-Bretanha, especialmente do medo que eles provocavam em políticos, celebridades, policiais e até nos primeiro-ministros britânicos.

DF: território livre do analfabetismo

Por Beto Almeida

O governador Agnelo Queiroz assumiu o corajoso compromisso de erradicar o analfabetismo na Capital da República e no Distrito Federal (DF) até 2014. Este compromisso deve ser apoiado por todos os brasileiros - não apenas pelos moradores do DF -, por todas as forças progressistas, movimentos sociais, intelectuais, movimento estudantil, pois trata-se, simbolicamente, de uma atitude que revela claramente o potencial de que o Brasil, com todos os seus recursos, tem seguramente todas as condições para ver-se livre desta mazela social.

Lei Azeredo só pode ser vetada por Dilma

Por Ana Rita Cunha, no Observatório do Direito à Comunicação:

A “Lei Azeredo”, como ficou conhecido o projeto de Lei 84/1999, está na última fase de discussão no Congresso Nacional. Ele já foi aprovado nas duas Casas e agora volta para Câmara. Durante audiência pública, na semana passada, o projeto foi bastante criticado. Os parlamentares demonstraram preferência em votar o Marco Civil da internet antes de definir os tipos penais das infrações na rede. Já em última instância de avaliação, os deputados não podem fazer muitas modificações e para barrar o projeto será preciso o veto da presidenta Dilma Roussef.

Mídia golpista convoca protestos de rua

Por Altamiro Borges

Testando o clima político, a mídia demotucana tem atiçado os seus leitores, telespectadores e ouvintes para sentir se há condições para a convocação de protestos de rua contra o governo Dilma. O mote dos filhotes de Murdoch seria o do combate à corrupção, o da “ética”. A experiência a copiar seria a da “revolução dos indignados” na Espanha.

Na prática, o objetivo seria o de reeditar as “Marchas com Deus”, que prepararam o clima para o golpe de 1964, ou o finado movimento Cansei, de meados de 2007, que reuniu a direita paulistana, os barões da mídia e alguns artistas globais no coro do “Fora Lula”. Até agora, o teste não rendeu os frutos desejados. Mas a mídia golpista insiste!

O Globo não publica respostas do MST

Do sítio do MST:

O jornal O Globo publicou uma reportagem no domingo para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção.

Para fazer a matéria, os repórteres Jaqueline Falcão e Marcus Vinicius Gomes entrevistaram os organizadores das manifestações de defesa dos direitos dos homossexuais e da legalização da maconha. E a Coordenação Nacional do MST.

A repórter Jaqueline Falcão enviou as perguntas por correio eletrônico, que foram respondidas pela integrante da coordenação do MST, Marina dos Santos, e enviadas na quinta-feira em torno das 18h, dentro do prazo.

Alguns blogs superam os jornais

Por José Dirceu, em seu blog:

Li o artigo de Izabela Vasconcelos no portal Comunique-se . Por ele, fui informado de que alguns blogs neste país já ostentam uma penetração maior que muitos jornalões brasileiros. Os jornalistas Juca Kfouri (UOL), Patrícia Kogut, Fernando Moreira, Ricardo Noblat (de O Globo) e Marcelo Tas (do portal Terra) são citados como exemplos de blogueiros que, em sua maioria, alcançaram uma leitura diária equivalente ou superior à circulação dos dez maiores jornais brasileiros – de tiragens entre 125 mil e 295 mil exemplares diários.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em Murdoch, a essência da grande mídia

Por Leo Panitch, no blog Viomundo:

A primeira coisa que se deve anotar, é que Murdoch é homem da direita. O fato de ter apoiado o Partido Trabalhista [inglês] nada altera. É conhecido na Grã-Bretanha e na Austrália como “o Cavador”, por suas raízes australianas. Chegou em 1969 e comprou o Sun, que era então um clássico jornal da classe trabalhadora. Como disse Dennis Potter, o grande dramaturgo britânico, autor de roteiros para televisão, autor de The Singing Detective, em entrevista, não há ninguém na Grã-Bretanha mais responsável que Murdoch por poluir ainda mais, uma imprensa que já era muito poluída.

Qual é a "praia" da Anatel?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Agência Nacional de Transportes Terrestres baixou hoje (20) uma determinação para que as empresas privadas que abocanharam a concessão de nossas ferrovias sejam obrigadas, no caso de não as estarem utilizando com toda a sua capacidade, a ceder para outras empresas o uso da ferrovia em qualquer circunstância, naturalmente pagando pelo uso da infraestrutura.

A resolução protege os direitos do usuário, que contrata as concessionárias para o transporte de suas cargas e institui penalidades, por exemplo, para o atraso nas entregas.

A “ditadura” que assola os europeus

Por Eduardo Sales de Lima, no jornal Brasil de Fato:

A Itália tem 120% do Produto Interno Bruto (PIB) em dívidas públicas. O país protagoniza o novo capítulo da crise econômica mundial. Entretanto, os italianos apenas reforçam o diagnóstico de uma economia regional contaminada. A Irlanda está devendo 114% do PIB e a Grécia, 152%. Portugal e Espanha também agonizam com 90% e 63% do PIB a pagar, respectivamente. Dívidas baseadas em anos de crédito fácil e fomentadas pela especulação financeira que hoje força cortes em receitas sociais e provoca desemprego (na Espanha é de 20%).

Kotscho critica os “ataques de Lula”

Por Altamiro Borges

Em seu blog, agora hospedado no portal da Record, o jornalista Ricardo Kotscho critica seu “velho amigo” Lula pelas polêmicas que têm travado ultimamente. Ele diz desconhecer os motivos que levaram a ex-presidente “a subir o tom dos seus discursos em encontros com estudantes [UNE] e sindicalistas [UGT]”, mas conclui que “só Lula sai perdendo com os ataques de Lula”.

PSD de Kassab pode gorar?

Por Altamiro Borges

Depois de infernizar os demos, subtraindo do partido vários parlamentares e integrantes de executivos estaduais, o PSD do prefeito Gilberto Kassab também come o pão que o diabo amassou. Para disputar as eleições municipais de 2012, a nova legenda precisa enviar 490,3 mil fichas de adesões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 7 de outubro.

“Guerra jurídica”

Até o início desta semana, somente 238 mil fichas tinham sido registradas pelos cartórios do país – menos da metade da exigência legal. O ex-deputado Saulo Queiroz, um dos chefões da nova sigla, tenta minimizar as dificuldades. Ele garante que até final julho o partido conseguirá atingir o piso mínimo de assinaturas válidas.

Eletropaulo atesta crime da privatização

Por Altamiro Borges

O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou nesta terça-feira (12) que a Eletropaulo, empresa de energia elétrica privatizada pelos tucanos, receberá a maior multa da sua história por problemas no fornecimento de energia entre 2009 e maio de 2010. A empresa foi autuada em mais de R$ 26 milhões pela agência estadual reguladora do setor.

Antes dessa punição, a Eletropaulo havia recebido cerca de R$ 10 milhões em multas. Desse valor, ela pagou apenas R$ 653 mil. O restante continua sendo questionado por meio de recursos judiciais – e depois ainda reduzem o crédito do consumidor de baixa renda sob o argumento de que ele é caloteiro e coloca em risco as contas públicas do país.

As guerras secretas de Obama

Por Manlio Dinucci, no sítio português O Diário:

A administração Obama está em processo de intensificação da guerra secreta em todas as suas variantes, o que inclui: a ação direta para destruir alvos, eliminar ou capturar inimigos; a guerra não convencional conduzida por forças externas, treinadas e organizadas pela USSOCOM; a contra-insurreição para ajudar os governos aliados a reprimir rebeliões; as operações psicológicas para influenciar a opinião pública estrangeira, a fim de apoiar as acções militares dos EUA. Estas operações são realizadas com base em tecnologias cada vez mais avançadas.

Crise avança mais rápida e forte

Por Amir Khair, no sítio Carta Maior:

O sistema capitalista sofre seu mais duro golpe, ao evidenciar que é inviável por ser incapaz de controlar os fluxos financeiros que caminham com vida própria, independente da produção de bens e serviços da chamada economia real.


Ao invés de se apoiar no atendimento das necessidades de acesso da maior parte da população mundial especialmente das marginalizadas dos países ditos em desenvolvimento aos bens e serviços, endereçou sua expansão artificializando o excesso de consumo da população dos países do centro do capitalismo, (Estados Unidos, Europa e Japão). Essa artificialização se manifestou via empréstimos sem controle, ampliando volumes crescentes de títulos podres, que se espalharam como um câncer em expansão exponencial sem possibilidade de ser contido.