quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Sergio Moro fez a onda antipetista

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Arrastões na reta final de campanha podem ser determinantes.

Já houve muita “onda vermelha” a favor do PT no passado mas agora está em curso a onda pró-Bolsonaro, que o colocou não muito longe de uma vitória no primeiro turno. Não é provável, mas tornou-se possível.

O Ibope de ontem mostrou que Bolsonaro continua crescendo (31% para 32%), embora Fernando Haddad também tenha se movido positivamente (21% para 23%).

FHC rompe com Anastasia e Aécio Neves

Do blog Nocaute:

Tucanos históricos articulam a fundação de um novo projeto político e descartam a participação de todos os políticos, que segundo eles não compartilham dos valores da democracia e preferem ter uma prática política orientada para o fisiologismo.

Fernando Henrique Cardoso (FHC) e um grupo de tucanos históricos pretendem refundar o PDDB, mas já avisaram que não aceitarão políticos como Antônio Anastasia e Aécio Neves, que consideram fisiológicos, muito próximos à corrupção e sem afinidade com um projeto democrático e moderno. Na prática, isso significa um rompimento do grupo liderado por FHC com os dois mineiros.

O Brasil e os erros do ''esquerdismo''

Por Atilio A. Boron, no site Carta Maior:

No domingo, 7 de outubro, acontecerá o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil. Tudo parece indicar que o ultradireitista Jair Bolsonaro prevalecerá nessa instância, mas que seria derrotado no segundo turno por Fernando Haddad, que foi escolhido por Lula da Silva para ser seu representante, conformando a chapa com Manuela D’Ávila. Deste modo, o tão celebrado (pelos cientistas políticos e “opinólogos” dos grandes meios) “centro político” desapareceu quase sem deixar rastros no Brasil. Isso se dá porque, com políticas como as impulsadas pelo regime golpista desse país, uma opção centrista carece de sentido por completo.

A comunidade amish de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há algumas características a se observar nessas eleições:

Peça 1 – as ondas sucessivas no período eleitoral

Toda eleição prolongada é composta por ondas sucessivas, algumas pequenas, outras que ganham dimensão e refluem, outras que se tornam vitoriosas. Foi assim em quase todas as eleições pós-ditadura, embora o resultado final consolidasse a polarização PT x PSDB.

Nesses tempos todos observou-se o fenômeno breve de Mário Covas e Guilherme Afif em 1988, Garotinho, Ciro, Marina em outros momentos.

A catástrofe que nos ameaça

Por Valter Pomar, no site Jornalistas Livres:

Sabe aqueles filmes em que o personagem vai ao banheiro, a privada entope, o apartamento pega fogo, um terremoto bloqueia a escada de incêndio, o cara sobe para o terraço, vem um helicóptero bonitão fazer o resgate, mas na hora H a aeronave explode, o cara olha para cima e sua última visão é a de um meteoro imenso se aproximando?

Pois então: depois do Ibope e do Datafolha, é mais ou menos assim que muita gente tem antevisto o que pode ocorrer dias 7 e/ou 27 de outubro.

Ou seja: com mais ou menos sofrimento, uma catástrofe.

O pensamento econômico antipovo na eleição

Por Pedro Rossi, no site da Fundação Maurício Grabois:

Desconfie de frases feitas como “O Estado não cabe no PIB” e “o Brasil deve escolher entre crescer ou distribuir”. Quando se diz “o brasileiro não aguenta mais impostos”, de qual brasileiro estamos falando? Aqui os 10% mais pobres gastam 50% de sua renda com tributos e os 10% mais ricos 23%. Uniformizar o problema é dizer que não teremos justiça tributária. Na foto, Guedes, o "Posto Ipiranga" do Bolsonaro, um dos economistas antipovo.

O pré-sal e o desenho do golpe

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

Enquanto a população se concentra (ou se distrai) no processo eleitoral, o governo encaminhou, no finalzinho de setembro, a 5ª Rodada de Licitação do Pré-sal, na qual, segundo análise da FUP (Federação Única dos Petroleiros), as petrolíferas estrangeiras levam mais de 90% dos barris de petróleo leiloados. Segundo a referida análise, no leilão do dia 28 o preço médio pago por cada barril leiloado foi de R$ 0,34. Isso numa conjuntura em que o barril está sendo vendido no mercado mundial por algo em torno de US$ 75, com tendência a aumentar em função dos recentes, e cada vez mais ameaçadores, acontecimentos na geopolítica mundial.

Bolsonaro e os investimentos de Paulo Guedes

Da Rede Brasil Atual:

Anunciado como futuro ministro da Fazenda em um eventual governo Bolsonaro, o economista Paulo Guedes deve se beneficiar diretamente com as propostas do seu plano de governo nas áreas de educação, energia e óleo e gás. Chamado pelo presidenciável de "posto Ipiranga", a quem cabe responder sobre os temas da economia, Guedes é sócio e membro do comitê executivo da Bozano Investimentos, que administra R$ 2,7 bilhões em capitais e tem participação direta ou indireta em empresas que atuam nesses setores.

Uma frente ampla para derrotar Bolsonaro

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Quem sabe, sabe; conhece bem. Na quinta-feira, o jornalista Janio de Freitas advertiu: “Comparados os anos recentes de militares e do sistema judicial, não é na caserna que se encontram motivos maiores de temer pelo estado democrático de direito. Os avanços sobre poderes do Legislativo e do Executivo, os abusos de poder contrários aos direitos civis, ilegalidades variadas contra os direitos humanos – a transgressão da ordem institucional, portanto – estão reconhecidos nas práticas do Judiciário e da Procuradoria da República”.

O dinheiro é esperto, mas a ambição é burra

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “mercado” comemora, com alta na Bolsa e baixa no dólar, a suposta ascensão de Jair Bolsonaro.

Mas, afinal, o que comemoram?

Será que pensam que Bolsonaro é um Donald Trump tupiniquim?

Trump é  o que é – e olhem que não anda sendo “grandes coisas “- por que é presidente dos Estados Unidos.

É preciso frisar: E-U-A…

O risco Bolsonaro em oito pontos

Por Ronaldo Pagotto, no jornal Brasil de Fato:

Há alguns meses no Brasil – e mais intensamente nas últimas semanas – não se fala de outra coisa nas ruas, bares, restaurantes, redes sociais, no transporte público, nas universidades, bairros e escolas. O monotema das eleições, especialmente as presidenciais, se tornou onipresente na vida cotidiana brasileira.

No meio dessa sala de espelhos quebrados, recheada de impressões, desespero e notícias falsas, o lugar da análise, a importância dos programas e projetos para o Brasil e a oportunidade do pensamento crítico têm sido sufocados.

O segundo turno já começou

Por Davidson Magalhães

A polarização política da última semana das eleições provoca intensa movimentação do eleitorado em uma clara antecipação do segundo turno. A vigorosa campanha de rua e o crescimento vertiginoso de Haddad nas pesquisas, herdando o patrimônio politico eleitoral de Lula, com simulações de segundo turno apontando a sua vitória sobre Bolsonaro, com altos índices de rejeição, o movimento #Elenão e a estagnação da candidatura de Alckmin, causaram pânico no consórcio político-midiático e jurídico responsável pela implementação da agenda ultraliberal e desmonte das políticas sociais e nacionais.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

A mídia obrou o fascista e está inquieta

Por Altamiro Borges

Na reta final do primeiro turno das eleições presidenciais, a mídia monopolista parece sofrer de certa esquizofrenia. Ela não sabe como se portar diante do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, “O Coiso”, que segue à frente nas sondagens eleitorais. A mídia chocou o ovo da serpente que resultou o avanço do fascismo, com sua milícia de fanáticos e oportunistas. Agora, porém, ela teme ser vítima dessa horda de trogloditas, que prega o ódio e a violência contra tudo e contra todos.

Mídia já se prepara para o segundo turno

Por Altamiro Borges

A mídia monopolista foi a principal protagonista do golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff e levou ao poder a quadrilha de Michel Temer. O criminoso impeachment não tinha nada a ver com as tais pedaladas fiscais – que já foram esquecidas – ou com as denúncias de corrupção feitas pelo presidiário Eduardo Cunha e por outros moralistas sem moral.

Haddad e a matemática do antipetismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Os 2 fenômenos mais relevantes revelados na pesquisa Ibope de 1º/10 são [1] a interrupção do crescimento do Haddad e [2] a resiliência do Bolsonaro, que impediu sua queda. O Datafolha divulgado em 2/10 coincide nos resultados.

Examinando-se a série de levantamentos realizados a partir de 20 de agosto, quando Lula figurou pela última vez nas pesquisas eleitorais, constata-se as seguintes realidades:



Luta política levará Haddad ao segundo turno

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando faltam quatro dias para o primeiro turno da eleição presidencial, os principais sinais da campanha apontam para a passagem de Fernando Haddad para a segunda fase da eleição.

Ficando nos grandes números. Se uma decisão em primeiro turno exige de 50% + 1 dos votos válidos, Bolsonaro atingiu 31% das intenções de voto, contra 54% na soma dos adversários.

Seu crescimento nos últimos dias não deve confundir as coisas. A eleição segue em disputa, talvez a mais dramática em tempos recentes. Máquina de chegada, com 24% de aprovação popular, nestas horas o Partido dos Trabalhadores costuma desempenhar um papel decisivo num debate político dada vez mais necessário - e irresistível, do ponto de vista dos interesses da maioria.

O aecismo adere a Bolsonaro em Minas

Por Evilazio Gonzaga Alves, no blog Viomundo:

O autodenominado “estrategista político” Marcio Coimbra, publicou um texto que está sendo amplamente divulgado pelos canais do portal do thinktank da direita brasileira, o Instituto Millenium.

Sob o título “A importância de Minas”, o artigo de Coimbra, publicado em fevereiro de 2018, defende a tese de que as eleições presidenciais sempre passam pelo eleitorado mineiro.

Essa concepção orienta a estratégia eleitoral dos mais competitivos partidos da direita no Brasil.

Para eles, vencer em Minas Gerais é conquistar o Brasil.

Bolsonaro: o risco de um Temer piorado

Editorial do site Vermelho:

Um governo Temer piorado. Essa é a essência do programa do candidato fascista Jair Bolsonaro. Nele está dito, com todas as letras, que seu governo aprofundará os cortes de direitos dos trabalhadores e do povo, uma confissão explícita de que o atual desmonte do Estado e do seu arcabouço social, iniciado com o golpe de 2016, são apenas os primeiros passos de uma inédita ofensiva conservadora. Pode-se prever, sem risco de cometer exageros, que estão em sua alça de mira o que sobrou da Consolidação da Leis do Trabalho (CLT), os capítulos dos direitos e sociais da Constituição e os direitos previdenciários.

Os candidatos dos programas policialescos

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

O uso das emissoras de rádio e televisão como trampolim político é prática frequente no país. Embora os tribunais eleitorais sejam rígidos em sua fiscalização durante os períodos de campanha, a propaganda de candidatos com espaço na programação dos canais dura o ano todo. E um tipo de programa – e seus respectivos apresentadores – tem se destacado neste universo, sobretudo diante de um processo eleitoral marcado pelo debate da segurança pública: os programas policialescos.

Qualquer coisa é melhor que Bolsonaro

Por Marcelo Zero

As nossas oligarquias têm uma imensa dificuldade em pensar. Em agir racionalmente a partir de um diagnóstico fidedigno da realidade do país.

Não têm visão clara e projeto concreto para o país. Em geral, agem politicamente com base em impulsos e emoções. Principalmente medo e ódio. Também em preconceitos historicamente arraigados. Empresários racionais, esclarecidos e com um mínimo de sensibilidade social, como Ricardo Semler e Abílio Diniz, parecem ser minoria num bando de lêmingues apavorados e propensos ao suicídio coletivo.