quinta-feira, 11 de julho de 2019
Onde estamos e para onde vamos?
Por José Luís Fiori, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Fatos são fatos: na segunda década do século XXI, o Brasil ainda é o país mais industrializado da América Latina e é a oitava maior economia do mundo. Possui um Estado centralizado, uma sociedade altamente urbanizada e é o principal player internacional do continente sul-americano. E apesar de sua situação atual, absolutamente desastrosa, segue sendo um dos países com maior potencial pela frente, se tomarmos em conta seu território, sua população e sua dotação de recursos estratégicos.
Nova Previdência? É só a velha maracutaia!
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Neste mundo de faz de conta em que vivemos, o mercado vai poder dormir tranquilo, e os mais pobres vão se ferrar outra vez.
Mais dia, menos dia, a “Nova Previdência” será aprovada.
Quase metade da população apoia a reforma, segundo o Datafolha, mas a imensa maioria não sabe nem do que se trata.
Venderam o peixe como salvação da lavoura para o país não quebrar, torraram bilhões em propaganda mentirosa e compra de deputados e tem muito imbecil achando que a vida agora vai melhorar.
Quem vai pagar essa conta somos todos nós, agora e no futuro, mas o país continua bestificado assistindo ao balcão de negócios instalado no Congresso.
PHA chutava a canela do gigante adormecido
Por Hildegard Angel, em seu blog:
Tempos atrás, assisti, no programa Domingo Espetacular, do jornalista Paulo Henrique Amorim, a uma reportagem muito curiosa sobre um corpo mantido a baixíssima temperatura, numa funerária de São Gonçalo, guardado num caixão de zinco. Tratava-se de um senhor morto, cujas filhas brigavam na justiça com a irmã caçula, que pretendia levá-lo para Michigan, nos Estados Unidos, onde repousaria numa empresa de criogenia, ao lado de milhares de outros cadáveres congelados anos a fio, aguardando para serem um dia ressuscitados. Paulo Henrique abria a reportagem, propondo: “Imagine morrer e voltar à vida graças ao avanço da ciência.”
Tempos atrás, assisti, no programa Domingo Espetacular, do jornalista Paulo Henrique Amorim, a uma reportagem muito curiosa sobre um corpo mantido a baixíssima temperatura, numa funerária de São Gonçalo, guardado num caixão de zinco. Tratava-se de um senhor morto, cujas filhas brigavam na justiça com a irmã caçula, que pretendia levá-lo para Michigan, nos Estados Unidos, onde repousaria numa empresa de criogenia, ao lado de milhares de outros cadáveres congelados anos a fio, aguardando para serem um dia ressuscitados. Paulo Henrique abria a reportagem, propondo: “Imagine morrer e voltar à vida graças ao avanço da ciência.”
Rodrigo Maia e seu “Troféu Abacaxi”
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Na ressaca da vitória do governo Bolsonaro na votação da reforma da Previdência, os jornais hoje mostra em que apuros está o pretenso “Senhor Reformas”, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A ânsia de produzir o resultado – simbólico, midiático e governista – de forçar uma votação antes do recesso, com acordos que não estavam maduros, que não contemplavam as diferenças entre as bancadas que queriam aliviar alguns dos aspectos mais ferozes da reforma levou aos impasses que têm de resolver hoje, antes de retomar os destaques que têm este objetivo.
Na ressaca da vitória do governo Bolsonaro na votação da reforma da Previdência, os jornais hoje mostra em que apuros está o pretenso “Senhor Reformas”, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A ânsia de produzir o resultado – simbólico, midiático e governista – de forçar uma votação antes do recesso, com acordos que não estavam maduros, que não contemplavam as diferenças entre as bancadas que queriam aliviar alguns dos aspectos mais ferozes da reforma levou aos impasses que têm de resolver hoje, antes de retomar os destaques que têm este objetivo.
Por mínimo de decência, STF deve soltar Lula
Ilustração: Gladson Targa |
Não há dúvida de que as revelações do Intercept Brasil despertaram a consciência de inúmeros brasileiros que adormeciam embalados pelo mais recente salvador da pátria.
Pena que até agora não foram suficientes para retirar o Supremo Tribunal Federal de um sono profundo sobre a situação de Lula em Curitiba.
Vítima mais conhecida das maquinações ilegais de autoridades que deveriam, acima de tudo, preocupar-se em agir dentro da lei, Lula permanece trancafiado em sua cela minúscula, com direito a rápidas saídas para banhos de sol.
Vaza-Jato e a promiscuidade da Globo
Vladimir Netto e Moro no lançamento do livro sobre a Lava Jato |
A relação do jornalista Vladimir Netto, da Globo, com a Lava Jato é um escândalo dentro de um escândalo.
Conflito de interesses é a ponta de um iceberg.
A mulher dele, Giselly Siqueira, assessora especial de comunicação do Ministério da Justiça, de Sergio Moro, pediu demissão, informa Sonia Racy em sua coluna no Estadão.
Os motivos da saída não foram divulgados, mas é de se supor que seja instinto de sobrevivência: vazamento a caminho.
Sergio Moro pediu licença um dia antes para se “reenergizar”. Então tá.
Permanência de Fux no STF fica insustentável
Por Jeferson Miola, em seu blog:
As revelações do Intercept comprovam documentalmente que Luiz Fux era tratado como um velho parceiro; um grande amigo, um aliado da gangue da Lava Jato. Enfim, um “bom carioca” que convida a frequentar sua casa, como disse um deslumbrado e provinciano Deltan Dallagnol.
É de perguntar, ante tamanha efusividade do Dallagnol, se Fux não será um equivalente do “Uhu aha, o Fachin é nosso!”, o outro ministro do Supremo que também é “deles”.
Ninguém tem o direito de se opor às relações e vínculos pessoais, societários, de amizade ou afetivos que qualquer pessoa queira estabelecer na vida.
As revelações do Intercept comprovam documentalmente que Luiz Fux era tratado como um velho parceiro; um grande amigo, um aliado da gangue da Lava Jato. Enfim, um “bom carioca” que convida a frequentar sua casa, como disse um deslumbrado e provinciano Deltan Dallagnol.
É de perguntar, ante tamanha efusividade do Dallagnol, se Fux não será um equivalente do “Uhu aha, o Fachin é nosso!”, o outro ministro do Supremo que também é “deles”.
Ninguém tem o direito de se opor às relações e vínculos pessoais, societários, de amizade ou afetivos que qualquer pessoa queira estabelecer na vida.
Um tapa na cara dos juízes brasileiros
A publicação de uma longa reportagem na revista Veja deste fim de semana, com um resumo das mais comprometedoras mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, levou o escândalo já conhecido como Vaza Jato a um novo patamar. A publicação da editora Abril assumiu ter tratado Sergio Moro como herói, dedicando-lhe cinco capas laudatórias. Com o extrato das conversas flagradas no Telegram, todavia, assinalou em editorial: “Não se pode fechar os olhos ante as irregularidades cometidas”.
A tropa de choque de Moro no Congresso
Reprodução do Twitter de Luciano Hang |
Na sexta, logo após saírem as novas revelações da Vaza Jato publicadas pela Veja em parceria com Intercept, Luciano Hang apareceu ao lado de Sergio Moro dizendo que “o Brasil o ama”. Ele agradeceu as palavras e não demonstrou qualquer constrangimento em aparecer amistosamente ao lado de um condenado por lavagem de dinheiro que deve milhões à Receita Federal e ao INSS. Ninguém pode se dizer surpreso. O dono da Havan simboliza muito bem a atual base de apoio de Sergio Moro.
O filho de Luiz Fux e o filho de Bolsonaro
Em abril de 2016, Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou com o procurador Deltan Dallagnol e prometeu apoio à Operação Lava Jato. “In Fux we trust”, comemorou na época o então juiz Sérgio Moro, em mensagem a Dallagnol. Chefe do hoje ministro da Justiça, Jair Bolsonaro pode dizer o mesmo que Moro daquele que assumirá o comando do STF em setembro de 2020.
Moro agia contra Lula; não contra corrupção
Por Cláudio Silva, no jornal Brasil de Fato:
O povo brasileiro não aceita corrupção na política. Atentos a isso, os comandantes da Operação Lava Jato se aliaram à mídia para popularizar suas ações. Se aproveitaram de estratégias e instituições criadas nos últimos anos para combater a corrupção na política. É preciso reconhecer os avanços, mas, mesmo com um longo caminho a percorrer, vale lembrar que o período de maior investimento no combate à corrupção foram nos governos de Lula e Dilma.
A "moeda" que negociou a sua Previdência
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:
A aprovação em primeiro turno do texto-base da proposta de reforma da Previdência na Câmara mal foi concluída e já passou a ser chamada de “tratorada”, diante das artimanhas usadas pelo governo e sua base para comprar votos. Além do aumento de emendas no valor total de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões para os deputados, hoje (10) o Executivo autorizou refinanciamento de dívidas de agricultores – a pedido dos ruralistas. E o ministério da Saúde liberou mais R$ 100 milhões em verbas para o setor em vários municípios.
quarta-feira, 10 de julho de 2019
Barão de Itararé presta homenagem a PHA
Do site da Centro de Estudos Barão de Itararé:
Adeus, Paulo Henrique
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé se despede do jornalista e ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim. A notícia de sua morte, nesta quarta-feira, 10 de julho de 2019, nos deixou a todos consternados e tristes.
Jornalista com longa trajetória profissional, um dos mais importantes do país, dividiu com todos nós, do Barão, o desafio de construir uma organização que tem como centro a luta por uma comunicação mais democrática.
O sorriso afiado de Paulo Henrique Amorim
Por Renata Mielli, no site Vermelho:
E lá vamos nós de perdas em perdas, acumulando luto, tristeza e tendo que respirar fundo e seguir. Nem consigo imaginar como vamos continuar daqui para frente sem o seu comentário afiado, sem a sua sagacidade, suas sutilezas nem sempre tão sutis.
Paulo Henrique Amorim não foi apenas um dos maiores jornalistas do nosso país, ele foi um dos poucos jornalistas no exercício da sua profissão que não se acomodou na indústria dos mass media.
O Paulo sabia, talvez mais do que a maioria esmagadora de nós, como a notícia era fabricada dentro das emissoras de televisão. Como ela era conduzida para atingir objetivos.
Paulo Henrique Amorim não foi apenas um dos maiores jornalistas do nosso país, ele foi um dos poucos jornalistas no exercício da sua profissão que não se acomodou na indústria dos mass media.
O Paulo sabia, talvez mais do que a maioria esmagadora de nós, como a notícia era fabricada dentro das emissoras de televisão. Como ela era conduzida para atingir objetivos.
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