segunda-feira, 13 de abril de 2020
Quem vai pagar a conta?
Por Fábio Konder Comparato, no site A terra é redonda:
Ninguém mais duvida que a humanidade sofre no presente uma das maiores catástrofes dos últimos cem anos.Os seus efeitos, em todos os campos da vida humana, são ainda incomensuráveis porque, de um lado, não há uma previsão segura da duração da hecatombe e, de outro, porque até hoje não chegamos a construir instituições de âmbito planetário, nem mesmo, para atuar eficazmente no terreno sanitário. A instituição internacional que chegou mais perto de fazê-lo foi a Organização Mundial da Saúde, mas ela se limita fazer recomendações, as quais nem sempre – como se está a ver no Brasil – são levadas a sério.
Ninguém mais duvida que a humanidade sofre no presente uma das maiores catástrofes dos últimos cem anos.Os seus efeitos, em todos os campos da vida humana, são ainda incomensuráveis porque, de um lado, não há uma previsão segura da duração da hecatombe e, de outro, porque até hoje não chegamos a construir instituições de âmbito planetário, nem mesmo, para atuar eficazmente no terreno sanitário. A instituição internacional que chegou mais perto de fazê-lo foi a Organização Mundial da Saúde, mas ela se limita fazer recomendações, as quais nem sempre – como se está a ver no Brasil – são levadas a sério.
Trump ataca Fauci. Tiranos odeiam a ciência
Por Fernando Brito, em seu blog:
No NY Times, lê-se que, como a sua miniatura tupiniquim, o presidente Donald Trump está usando o “retuíte” de mensagens de imbecis que defendem a demissão do médico Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos EUA e um dos maiores virologistas do mundo, por ele ter dito à CNN, ontem, que o isolamento social poderia ter evitado muitas mortes no país se tivesse sido iniciado antes.
No NY Times, lê-se que, como a sua miniatura tupiniquim, o presidente Donald Trump está usando o “retuíte” de mensagens de imbecis que defendem a demissão do médico Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos EUA e um dos maiores virologistas do mundo, por ele ter dito à CNN, ontem, que o isolamento social poderia ter evitado muitas mortes no país se tivesse sido iniciado antes.
Basta ao necrogoverno de Bolsonaro
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Bolsonaro está denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e no Tribunal Penal Internacional da ONU.
Ele é acusado de violar direitos humanos e cometer crimes ambientais; incitar violência contra populações indígenas e tradicionais, cometer crimes contra a humanidade e de representar uma ameaça genocida para a população, sobretudo a maioria negra e pobre.
Os julgamentos nas Cortes internacionais demoram a acontecer, mas a simples aceitação das denúncias tem valor político e simbólico muito significativo, porque as denúncias estão em consonância com o direito internacional.
Bolsonaro está denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e no Tribunal Penal Internacional da ONU.
Ele é acusado de violar direitos humanos e cometer crimes ambientais; incitar violência contra populações indígenas e tradicionais, cometer crimes contra a humanidade e de representar uma ameaça genocida para a população, sobretudo a maioria negra e pobre.
Os julgamentos nas Cortes internacionais demoram a acontecer, mas a simples aceitação das denúncias tem valor político e simbólico muito significativo, porque as denúncias estão em consonância com o direito internacional.
Mandetta e a conta da catástrofe
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Bolsonaro conseguiu empurrar o Brasil para o relaxamento da quarentena, que pode nos levar a uma propagação descontrolada da Covid-19, com hospitais lotados e milhares de infectados e mortos.
A um desastre de grandes proporções.
O prognóstico sombrio pode ter abalado a disposição do ministro da Saúde, Henrique Mandetta de permanecer no cargo: ficando, vai pagar a conta pela irresponsabilidade de Bolsonaro.
Ontem ele o desafiou em entrevista ao Fantástico, cobrando “uma fala única, uma fala unificada”, pois os brasileiros ficam sem saber se ouvem o ministro ou o presidente.
Não há como medir o peso do efeito-Bolsonaro sobre o perigoso aumento da circulação de pessoas nos últimos dias, com pessoas aglomeradas nas mais diversas situações.
Bolsonaro conseguiu empurrar o Brasil para o relaxamento da quarentena, que pode nos levar a uma propagação descontrolada da Covid-19, com hospitais lotados e milhares de infectados e mortos.
A um desastre de grandes proporções.
O prognóstico sombrio pode ter abalado a disposição do ministro da Saúde, Henrique Mandetta de permanecer no cargo: ficando, vai pagar a conta pela irresponsabilidade de Bolsonaro.
Ontem ele o desafiou em entrevista ao Fantástico, cobrando “uma fala única, uma fala unificada”, pois os brasileiros ficam sem saber se ouvem o ministro ou o presidente.
Não há como medir o peso do efeito-Bolsonaro sobre o perigoso aumento da circulação de pessoas nos últimos dias, com pessoas aglomeradas nas mais diversas situações.
Quatro tarefas urgentes do sindicalismo
Por João Guilherme Vargas Netto
A MP 936 tem sua razão de ser. O que não se admite é a individualização dos acordos e o tratamento desigual que precariza no interior de cada empresa o peso dos trabalhadores e estimula a violação dos seus direitos.
A liminar do ministro Lewandowski que exige o respeito constitucional ao sindicato dos trabalhadores nas negociações tem sido atacada pelas entidades patronais, pela grande mídia e abertamente desrespeitada pelo empresariado lumpen que pratica a selvageria mais destrutiva.
Enquanto se luta no Congresso Nacional para modificar a MP 936 luta-se também, com argumentos jurídicos fortes, para que o STF valide coletivamente a posição do ministro. Ambas as lutas são difíceis, mas persistir nelas é um dever sindical imediato.
A MP 936 tem sua razão de ser. O que não se admite é a individualização dos acordos e o tratamento desigual que precariza no interior de cada empresa o peso dos trabalhadores e estimula a violação dos seus direitos.
A liminar do ministro Lewandowski que exige o respeito constitucional ao sindicato dos trabalhadores nas negociações tem sido atacada pelas entidades patronais, pela grande mídia e abertamente desrespeitada pelo empresariado lumpen que pratica a selvageria mais destrutiva.
Enquanto se luta no Congresso Nacional para modificar a MP 936 luta-se também, com argumentos jurídicos fortes, para que o STF valide coletivamente a posição do ministro. Ambas as lutas são difíceis, mas persistir nelas é um dever sindical imediato.
A conta da crise nas costas do trabalhador
Por Ivone Silva
A atuação do governo federal no combate a pandemia Covid-19 tem sido recheada de erros, omissões e irresponsabilidades. Falta senso de solidariedade, falta embasamento científico, falta absorção das melhores práticas internacionais, falta eficiência na tomada de decisões e rapidez na implementação de políticas públicas. Não é à toa que quase 60% da população considera a atuação de Bolsonaro na crise regular, ruim ou péssima, de acordo com o Datafolha.
A atuação do governo federal no combate a pandemia Covid-19 tem sido recheada de erros, omissões e irresponsabilidades. Falta senso de solidariedade, falta embasamento científico, falta absorção das melhores práticas internacionais, falta eficiência na tomada de decisões e rapidez na implementação de políticas públicas. Não é à toa que quase 60% da população considera a atuação de Bolsonaro na crise regular, ruim ou péssima, de acordo com o Datafolha.
Cloroquina vai salvar Bolsonaro?
Por Altamiro Borges
Isolado e cambaleante, Jair Bolsonaro decidiu usar a tal da cloroquina como sua salvação. Inimigo da ciência, o "capetão" virou garoto propaganda do remédio. Mas ainda não há qualquer comprovação científica – no mundo e no Brasil – sobre a eficácia do medicamento no tratamento do coronavírus.
Segundo informa a Folha, "o Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. Mas já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione no tratamento".
Isolado e cambaleante, Jair Bolsonaro decidiu usar a tal da cloroquina como sua salvação. Inimigo da ciência, o "capetão" virou garoto propaganda do remédio. Mas ainda não há qualquer comprovação científica – no mundo e no Brasil – sobre a eficácia do medicamento no tratamento do coronavírus.
Segundo informa a Folha, "o Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. Mas já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione no tratamento".
domingo, 12 de abril de 2020
Pandemia ressalta a desigualdade brasileira
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
A epidemia de coronavírus, além de aumentar o desemprego, vai ressaltar mais uma vez a desigualdade brasileira, na avaliação de debatedores reunidos pela Oxfam Brasil na noite de quinta-feira (9). Eles lembram, por um lado, de pessoas que já vivem aglomeradas e não têm como seguir regras de isolamento ou adotar o chamado home office. Por outro, apesar das recomendações em contrário, a pressão para permanecer trabalhando, que atinge os mais pobres.
Bolsonaro aposta no poder da desinformação
Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:
Pouco antes de mais um pronunciamento claudicante de Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impediu o governo federal de tomar qualquer decisão que contrarie as determinações dos estados e municípios no combate à pandemia. Foi uma resposta a uma reiterada bravata do ex-capitão.
No fim da tarde da quarta-feira, 8, na enésima entrevista ao porta-voz José Luiz Datena, Bolsonaro ameaçou decretar a reabertura do comércio em todo o País e sugeriu às famílias que cuidassem de seus idosos e dependessem menos do poder público.
No fim da tarde da quarta-feira, 8, na enésima entrevista ao porta-voz José Luiz Datena, Bolsonaro ameaçou decretar a reabertura do comércio em todo o País e sugeriu às famílias que cuidassem de seus idosos e dependessem menos do poder público.
A pandemia e a explosão do desemprego
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz previsões dramáticas a respeito dos impactos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Para esse Instituto, o PIB brasileiro pode desabar 6%. Se essa queda ocorrer e não existirem políticas de prevenção, o desemprego no Brasil deve praticamente dobrar, com o acréscimo da desocupação em 12,6 milhões de pessoas.
Confirmados esses estudos, o volume de trabalhadores desempregados seria o maior dos últimos 40 anos. E como tragédia pouca é bobagem, o desemprego vem acompanhado de um arrocho na renda dos trabalhadores em torno de 15%.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz previsões dramáticas a respeito dos impactos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Para esse Instituto, o PIB brasileiro pode desabar 6%. Se essa queda ocorrer e não existirem políticas de prevenção, o desemprego no Brasil deve praticamente dobrar, com o acréscimo da desocupação em 12,6 milhões de pessoas.
Confirmados esses estudos, o volume de trabalhadores desempregados seria o maior dos últimos 40 anos. E como tragédia pouca é bobagem, o desemprego vem acompanhado de um arrocho na renda dos trabalhadores em torno de 15%.
A pandemia cobra a autocrítica dos liberais
Por Róber Iturriet Avila, no site Brasil Debate:
Desde 2015, a economia brasileira está em recessão ou em estagnação. A narrativa hegemônica para tal desempenho é a de que o governo havia excedido gastos nos períodos anteriores e que seria necessário reequilibrar as despesas públicas.
A concepção convencional da economia sugeria que o ajuste fiscal do então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria capaz de aumentar a confiança empresarial, trazendo crescimento econômico no segundo semestre de 2015. O fracasso dos resultados foi justificado com a suposta insuficiência do corte de gastos, mesmo sendo esse o maior registrado no presente século.
Desde 2015, a economia brasileira está em recessão ou em estagnação. A narrativa hegemônica para tal desempenho é a de que o governo havia excedido gastos nos períodos anteriores e que seria necessário reequilibrar as despesas públicas.
A concepção convencional da economia sugeria que o ajuste fiscal do então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria capaz de aumentar a confiança empresarial, trazendo crescimento econômico no segundo semestre de 2015. O fracasso dos resultados foi justificado com a suposta insuficiência do corte de gastos, mesmo sendo esse o maior registrado no presente século.
O Brasil como exemplo
Presidente Alberto Fernández. Foto: Página 12 |
Na noite da sexta-feira, o presidente argentino Alberto Fernández anunciou ao país a prorrogação da estrita quarentena até pelo menos o dia 26 de abril.
Com isso, a medida, adotada em condições consideradas das mais rigorosas do mundo, terá cumprido cinco semanas.
A prorrogação foi decidida depois de prolongadas reuniões não só com os ministros, mas também com líderes de partidos de oposição e todos – todos – os governadores, inclusive os mais drasticamente opositores.
Além disso, o presidente anunciou, com a devida cautela para não cometer charlatanice irresponsável, que médicos e cientistas do seu país trabalham intensamente, e sempre em contato com as mais respeitadas instituições de pesquisa do mundo, na procura de tratamento eficaz para a doença (convém recordar que a Argentina tem dois prêmios Nobel de Medicina e um de Química).
A falsa dicotomia: a vida ou a economia?
Por Jair de Souza
Diante da enorme calamidade que assola o Brasil e o mundo neste momento pela expansão do coronavírus, está vindo à tona uma discussão intensa acerca de uma escolha que deveria ser feita pelos governantes e pelo conjunto da sociedade: priorizar a vida humana ou a economia?
Esta me parece uma discussão estéril, sem fundamento, enganadora. Em primeiro lugar, devemos deixar sempre claro que consideramos a vida humana como a primeira e mais importante de todas as prioridades. Tudo mais deve girar em torno desta prioridade maior. Dito isto, vamos analisar o que há de certo ou falso na dicotomia “vida humana x economia”.
Diante da enorme calamidade que assola o Brasil e o mundo neste momento pela expansão do coronavírus, está vindo à tona uma discussão intensa acerca de uma escolha que deveria ser feita pelos governantes e pelo conjunto da sociedade: priorizar a vida humana ou a economia?
Esta me parece uma discussão estéril, sem fundamento, enganadora. Em primeiro lugar, devemos deixar sempre claro que consideramos a vida humana como a primeira e mais importante de todas as prioridades. Tudo mais deve girar em torno desta prioridade maior. Dito isto, vamos analisar o que há de certo ou falso na dicotomia “vida humana x economia”.
Assinar:
Postagens (Atom)