Por Altamiro Borges
Ricardo Barros, o cacique do “Centrão” que é líder do laranjal de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, aproveitou da sua condição privilegiada de "convidado" para atacar a CPI do Genocídio na semana passada. Agora, porém, o valentão foi incluído na lista dos investigados pela comissão de inquérito e não poderá mentir e espernear tão descaradamente.
"Nós estamos agregando o deputado Ricardo Barros aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores", justificou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nessa condição, o político velhaco – que já foi prefeito de Maringá (PR) e ministro da Saúde na gestão do traíra Michel Temer –, poderá ter seus sigilos quebrados e ser novamente convocado para depor.
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
Pesquisa XP explica chiliques de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
A pesquisa divulgada nesta semana pela XP, que é um antro do capital financeiro, ajuda a explicar o crescente descontrole emocional de Jair Bolsonaro, que fala em "contragolpe", xinga a mãe de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e só vive rodeado de milicos e tanques sucateados. Como afirma o relatório em linguagem adocicada, a sondagem "mostra a continuidade na tendência de crescimento das avaliações negativas do governo".
A pesquisa divulgada nesta semana pela XP, que é um antro do capital financeiro, ajuda a explicar o crescente descontrole emocional de Jair Bolsonaro, que fala em "contragolpe", xinga a mãe de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e só vive rodeado de milicos e tanques sucateados. Como afirma o relatório em linguagem adocicada, a sondagem "mostra a continuidade na tendência de crescimento das avaliações negativas do governo".
Grade de programação é invadida na TV Brasil
Da Rede Brasil Atual:
A TV Brasil é pública por definição, mas neste governo seu uso muitas vezes tem finalidade privada. De janeiro a julho deste ano, a grade de programação foi interrompida em período equivalente a mais de três dias ininterruptos com atividades do presidente da República. Ou exatos 78 horas, 37 minutos e quatro segundos, em 97 eventos. Somem-se a isso mais 115 horas, 24 minutos e nove segundos de 157 eventos no ano passado. Já é o equivalente a oito dias dedicados exclusivamente à transmissão presidencial. Esse levantamento foi feito pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública. A base de cálculos foram os arquivos “Agenda do Presidente” do canal da TV BrasilGov no YouTube.
A TV Brasil é pública por definição, mas neste governo seu uso muitas vezes tem finalidade privada. De janeiro a julho deste ano, a grade de programação foi interrompida em período equivalente a mais de três dias ininterruptos com atividades do presidente da República. Ou exatos 78 horas, 37 minutos e quatro segundos, em 97 eventos. Somem-se a isso mais 115 horas, 24 minutos e nove segundos de 157 eventos no ano passado. Já é o equivalente a oito dias dedicados exclusivamente à transmissão presidencial. Esse levantamento foi feito pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública. A base de cálculos foram os arquivos “Agenda do Presidente” do canal da TV BrasilGov no YouTube.
Militares: do autoritarismo ao ridículo
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Durante muito tempo os militares arrogavam uma aprovação que nunca era bem explicada. Considerada uma instituição respeitada pela maioria da população, até mesmo porque escondia sua vocação autoritária sob a capa da seriedade e disciplina, atravessou décadas como uma espécie de reserva moral a ser acionada em momentos de crise.
A história mostrou a falácia desse mito. Os militares saíram dos quartéis sempre que foi necessário preservar interesses de classe, ainda que metidos em argumentos como a segurança nacional, o desenvolvimento mesmo sem povo, e o anticomunismo acima de tudo. Nesse jogo, mostraram sempre sua carranca violenta e antidemocrática.
A história mostrou a falácia desse mito. Os militares saíram dos quartéis sempre que foi necessário preservar interesses de classe, ainda que metidos em argumentos como a segurança nacional, o desenvolvimento mesmo sem povo, e o anticomunismo acima de tudo. Nesse jogo, mostraram sempre sua carranca violenta e antidemocrática.
Bolsonaro vai colher tempestades
Por Jandira Feghali, no site Vermelho:
A democracia ameaçada foi revigorada nos últimos dias pelo Parlamento brasileiro. A resposta esperada pela sociedade foi dada. O voto impresso foi derrotado e passos foram dados na reforma eleitoral em direção à pluralidade partidária na vida institucional brasileira.
O voto eletrônico, plenamente auditável, prevaleceu e foi evitado que a apuração das eleições ficasse nas mãos de quase 2 milhões de mesários, onde a fraude, aí sim, poderia ser a grande aliada do resultado final das eleições. Nem mesmo aquele espetáculo pavoroso de alguns tanques cheios de fumaça desfilando pela Esplanada foram capazes de mudar a decisão sensata e democrática da Câmara dos Deputados. Um espetáculo que gerou piadas pelo mundo e armado para enviar recados ao Congresso e, com palavras de baixo calão desferidas por sua excelência, o Presidente da República, atingir Ministros do STF ou do TSE.
A democracia ameaçada foi revigorada nos últimos dias pelo Parlamento brasileiro. A resposta esperada pela sociedade foi dada. O voto impresso foi derrotado e passos foram dados na reforma eleitoral em direção à pluralidade partidária na vida institucional brasileira.
O voto eletrônico, plenamente auditável, prevaleceu e foi evitado que a apuração das eleições ficasse nas mãos de quase 2 milhões de mesários, onde a fraude, aí sim, poderia ser a grande aliada do resultado final das eleições. Nem mesmo aquele espetáculo pavoroso de alguns tanques cheios de fumaça desfilando pela Esplanada foram capazes de mudar a decisão sensata e democrática da Câmara dos Deputados. Um espetáculo que gerou piadas pelo mundo e armado para enviar recados ao Congresso e, com palavras de baixo calão desferidas por sua excelência, o Presidente da República, atingir Ministros do STF ou do TSE.
Radiografia da contrarreforma trabalhista
Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:
A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 12, a Medida Provisória (MP) 1.045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. As regras da MP valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. A matéria será enviada ao Senado onde certamente será aprovada. É bom sempre lembrar que as divergências entre a direita tradicional e a extrema direita tem motivações eleitorais, apenas. Em relação ao programa de destruição do país e dos direitos da população, esses setores conservam total consenso.
A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 12, a Medida Provisória (MP) 1.045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. As regras da MP valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. A matéria será enviada ao Senado onde certamente será aprovada. É bom sempre lembrar que as divergências entre a direita tradicional e a extrema direita tem motivações eleitorais, apenas. Em relação ao programa de destruição do país e dos direitos da população, esses setores conservam total consenso.
terça-feira, 17 de agosto de 2021
A greve em defesa do serviço público
Por Thiago Duarte Gonçalves
Todos sabemos que é na dificuldade que se conhece alguém. E assim também se dá nos serviços: é quando se está doente que se sabe se o plano de saúde é bom, só para dar um exemplo.
Na pandemia não tem sido diferente. Foi neste momento que o conjunto da sociedade reconheceu a importância do SUS e de todos os funcionários públicos ligados à saúde. Além disso, passou a valorizar ainda mais os professores públicos e suas aulas presenciais na escola pública.
Os servidores públicos municipais, estaduais e federais, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, estarão em greve contra a Reforma Administrativa (PEC 32) nesta quarta-feira (18/8).
Na pandemia não tem sido diferente. Foi neste momento que o conjunto da sociedade reconheceu a importância do SUS e de todos os funcionários públicos ligados à saúde. Além disso, passou a valorizar ainda mais os professores públicos e suas aulas presenciais na escola pública.
Os servidores públicos municipais, estaduais e federais, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, estarão em greve contra a Reforma Administrativa (PEC 32) nesta quarta-feira (18/8).
De Saigon a Cabul, EUA colecionam derrotas
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Desde o fim da 2ª guerra mundial, no contexto da guerra fria os EUA apoiaram ou promoveram diretamente dezenas de conflitos, intervenções, ataques, atentados, golpes de Estado, invasões e destruições de soberanias ao redor do mundo, em especial em países latino-americanos.
Nestas empreitadas, a potência do Norte tanto colecionou êxitos como fracassos. Cuba é o mais retumbante e longo fracasso; já dura seis décadas.
Mesmo quando alcançou objetivos imediatos com seu intervencionismo ilegal – como no Haiti e na Líbia, para citar dois exemplos tragicamente emblemáticos – os EUA legaram ao mundo um saldo de longo prazo absolutamente desastroso e catastrófico.
Desde o fim da 2ª guerra mundial, no contexto da guerra fria os EUA apoiaram ou promoveram diretamente dezenas de conflitos, intervenções, ataques, atentados, golpes de Estado, invasões e destruições de soberanias ao redor do mundo, em especial em países latino-americanos.
Nestas empreitadas, a potência do Norte tanto colecionou êxitos como fracassos. Cuba é o mais retumbante e longo fracasso; já dura seis décadas.
Mesmo quando alcançou objetivos imediatos com seu intervencionismo ilegal – como no Haiti e na Líbia, para citar dois exemplos tragicamente emblemáticos – os EUA legaram ao mundo um saldo de longo prazo absolutamente desastroso e catastrófico.
No fio da navalha: impeachment ou golpe?
Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:
Desde o ano passado, muitos setores e militantes clamam e tentam pressionar os partidos de esquerda a lançar uma Campanha Nacional Pelo Impeachment de Bolsonaro.
Por diversas razões, os partidos de oposição não aceitaram essa ideia. Segundo alguns, porque o impeachment não passaria na votação da Câmara. Segundo outros, porque as lideranças de oposição preferem que Bolsonaro fique até o fim, cada vez mais enfraquecido, o que facilitaria sua derrota na eleição de 2022. Claro que isso não pode ser admitido, face à tragédia dos mais de 560 mil mortos pela Covid.
Desde o ano passado, muitos setores e militantes clamam e tentam pressionar os partidos de esquerda a lançar uma Campanha Nacional Pelo Impeachment de Bolsonaro.
Por diversas razões, os partidos de oposição não aceitaram essa ideia. Segundo alguns, porque o impeachment não passaria na votação da Câmara. Segundo outros, porque as lideranças de oposição preferem que Bolsonaro fique até o fim, cada vez mais enfraquecido, o que facilitaria sua derrota na eleição de 2022. Claro que isso não pode ser admitido, face à tragédia dos mais de 560 mil mortos pela Covid.
A debacle no Afeganistão
Por Tariq Ali, no Blog da Boitempo:
A queda de Cabul para o Talibã em 15 de agosto de 2021 é uma grande derrota política e ideológica para o Império Estadunidense. Os helicópteros lotados que transportavam funcionários da Embaixada dos Estados Unidos para o aeroporto de Cabul lembravam surpreendentemente as cenas em Saigon – agora Ho Chi Minh City – em abril de 1975. A velocidade com que as forças do Talibã invadiram o país foi impressionante; sua perspicácia estratégica notável. Uma ofensiva de uma semana terminou triunfantemente em Cabul. O exército afegão de 300.000 homens desmoronou. Muitos se recusaram a lutar. Na verdade, milhares deles foram para o Talibã, que imediatamente exigiu a rendição incondicional do governo fantoche.
Augusto Aras não pode ser reconduzido à PGR
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os constituintes de 1988, se deram a um grupo de servidores públicos poderes excepcionais foi ao dos Procuradores da República.
O nome já diz tudo, são os encarregados de zelar, na Justiça, pelos interesses republicanos e estes podem ser resumidos como os interesses de qualquer um do povo e da coletividade que se contém na ideia de povo.
Portanto, embora nomeado seu titular pelo Presidente da República, seu constituinte, como em qualquer relação advocatícia, é à República, não ao presidente.
O procurador geral da República, Augusto Aras, faz tempo que viola escancaradamente este seu dever, ao ponto de sofrer uma representação de ex-procuradores junto ao Conselho Nacional da instituição por deixar “de praticar ou retardando a prática de atos funcionais para favorecer a pessoa do presidente da República ou de pessoas que lhe estão no entorno”.
Os constituintes de 1988, se deram a um grupo de servidores públicos poderes excepcionais foi ao dos Procuradores da República.
O nome já diz tudo, são os encarregados de zelar, na Justiça, pelos interesses republicanos e estes podem ser resumidos como os interesses de qualquer um do povo e da coletividade que se contém na ideia de povo.
Portanto, embora nomeado seu titular pelo Presidente da República, seu constituinte, como em qualquer relação advocatícia, é à República, não ao presidente.
O procurador geral da República, Augusto Aras, faz tempo que viola escancaradamente este seu dever, ao ponto de sofrer uma representação de ex-procuradores junto ao Conselho Nacional da instituição por deixar “de praticar ou retardando a prática de atos funcionais para favorecer a pessoa do presidente da República ou de pessoas que lhe estão no entorno”.
A derrota dos EUA no Afeganistão
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
Somente o tempo dirá se a tomada do poder pelo Talibã no Afeganistão terá sido uma tragédia humanitária e um prejuízo inarredável para o direito internacional humanitário, o que se somaria ao plantel de crimes do imperialismo estadunidense, responsável em primeira e última instância pelo desfecho do conflito que provocou e sustentou durante duas longas décadas. Ou se resultará em progresso e estabilidade para um país em conflitos internos e guerras externas há cerca de 40 anos.
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