terça-feira, 11 de outubro de 2022
Brasil: asqueroso festival de bestialidades
Charge: Gilmar |
“Temos imagens de crianças de quatro e três anos que tiveram os dentes arrancados para fazer sexo oral. E outras foram alimentadas com papinhas para aliviar o intestino na hora de fazer sexo anal”.
Claro que não há nenhuma imagem, nenhum indício, nenhuma prova, e muito menos denúncias policiais sobre a questão.
Como tudo isso foi dito diante de um batalhão de crianças num desses templos evangélicos que reúnem a flor e a nata do reacionarismo mais radical, não haverá punição legal: é a tal liberdade de expressão em recintos religiosos assegurada por lei.
O nome da denunciante é Damares Alves, que foi eleita senadora com toneladas de votos em Brasília.
Ela mesma, aquela que antes foi titular do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo do desequilibrado Jair Messias.
Bolsonaro corta verbas de pesquisas
Charge: Amarildo |
O recuo do governo de Jair Bolsonaro (PL) em bloquear o orçamento de custeio das universidades foi, de certa forma, um alívio para as instituições.
Porém, uma outra decisão publicada em 6 de outubro no Diário Oficial da União (DOU) mostra que o ataque à educação continua: foram bloqueados R$ 616 milhões do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) destinados a atividades de pesquisa nas universidades públicas.
Os cortes atingem dezenas de projetos essenciais para o avanço científico e tecnológico do país nas mais diversas áreas, que ficam definitivamente cancelados.
Foram cortados, por exemplo, R$ 30 milhões para "Fomento a Projetos Institucionais para Pesquisa no Setor de Saúde". A área de "Fomento a Pesquisa e Desenvolvimento em Áreas Básicas e Estratégicas", sozinha, sofreu um corte de cerca de R$ 177 milhões.
O quase canibal quer devorar o Judiciário
Por Moisés Mendes, em seu blog:
O lavajatismo subjugou a Justiça com um Ministério Público só seu, uma segunda instância amigável, um Supremo assustado e uma imprensa cúmplice, que era parte do esquema e fingia ser apenas da torcida.
Todos deram de comer aos bichos que geraram a extrema direita. Foi assim que encarceraram Lula e abriram caminho para Bolsonaro. E agora Sergio Moro e Deltan Dallagnol estão eleitos.
Os dois terão o poder político e as imunidades que desprezavam naqueles que investigavam e condenavam em Curitiba.
Quando pareciam mortos, os lavajatistas evoluíram. O Supremo por eles manobrado está diante de figuras com outras armas.
É outra guerra, em outras circunstâncias, mas é o preço a ser pago. O cálculo errado do STF, ao reagir tarde demais, acabou fragilizando instâncias inferiores da Justiça e permitiu a impunidade e o protagonismo de gente com vínculos com o lavajatismo e o bolsonarismo. Estão todos misturados.
Todos deram de comer aos bichos que geraram a extrema direita. Foi assim que encarceraram Lula e abriram caminho para Bolsonaro. E agora Sergio Moro e Deltan Dallagnol estão eleitos.
Os dois terão o poder político e as imunidades que desprezavam naqueles que investigavam e condenavam em Curitiba.
Quando pareciam mortos, os lavajatistas evoluíram. O Supremo por eles manobrado está diante de figuras com outras armas.
É outra guerra, em outras circunstâncias, mas é o preço a ser pago. O cálculo errado do STF, ao reagir tarde demais, acabou fragilizando instâncias inferiores da Justiça e permitiu a impunidade e o protagonismo de gente com vínculos com o lavajatismo e o bolsonarismo. Estão todos misturados.
Lula, o mercado e a Folha
Por Cristina Serra, em seu blog:
O mercado fez o possível para emplacar um candidato de terceira via. Queria alguém limpinho, que saiba usar os talheres, para aprofundar a pauta ultraliberal de Paulo Guedes, dono de uma fortuna offshore, que caiu em conveniente esquecimento nas páginas da imprensa.
Como não deu certo, agora, em tom de ultimato, o mercado tenta impor sua própria lógica e agenda a Lula, atropelando dinâmicas inerentes à política, num momento em que o candidato busca ampliar ainda mais sua base de sustentação. Não só para se eleger, mas para conseguir governar o país fraturado que sairá das urnas, na hipótese de ser o vencedor.
É lamentável que este jornal assuma papel de porta-voz da insensatez, ao cobrar de Lula o reconhecimento de que “a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros” e ao exigir que o candidato indique quem será seu ministro da Economia.
O mercado fez o possível para emplacar um candidato de terceira via. Queria alguém limpinho, que saiba usar os talheres, para aprofundar a pauta ultraliberal de Paulo Guedes, dono de uma fortuna offshore, que caiu em conveniente esquecimento nas páginas da imprensa.
Como não deu certo, agora, em tom de ultimato, o mercado tenta impor sua própria lógica e agenda a Lula, atropelando dinâmicas inerentes à política, num momento em que o candidato busca ampliar ainda mais sua base de sustentação. Não só para se eleger, mas para conseguir governar o país fraturado que sairá das urnas, na hipótese de ser o vencedor.
É lamentável que este jornal assuma papel de porta-voz da insensatez, ao cobrar de Lula o reconhecimento de que “a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros” e ao exigir que o candidato indique quem será seu ministro da Economia.
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Todos os esforços para eleger Lula!
Foto: Leandro Freire/TREEMIDIA |
Concentrar todas as forças para eleger Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais uma vez, presidente do Brasil! Foi o que reiterou a Diretoria Plena da Contee, que se reuniu presencialmente nesta quinta-feira (6), na sede do Sinpro-SP, em São Paulo.
Depois de análise feita pelo jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, os dirigentes da Confederação discutiram a conjuntura nacional a partir do resultado eleitoral do 1° turno do pleito presidencial, realizado no último domingo (2).
Depois de análise feita pelo jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, os dirigentes da Confederação discutiram a conjuntura nacional a partir do resultado eleitoral do 1° turno do pleito presidencial, realizado no último domingo (2).
A neutralidade impossível: Lula ou barbárie
Belo Horizonte, 09/10/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Na eleição de 2018 as oligarquias dominantes fizeram ordem unida contra o petista Fernando Haddad.
Como numa avalanche indomável, não havia lugar para a razão, para o argumento racional e, nem mesmo, para um mínimo de sanidade mental.
Os estamentos políticos, até mesmo aqueles segmentos autodefinidos como expoentes de uma “burguesia dinâmica, moderna e metropolitana”, estavam totalmente entorpecidos pela onda da extrema-direita lavajatista que criminalizou e estigmatizou Lula, o PT e a esquerda.
Essas elites padeceram duma sinistra amnésia; fingiram não lembrar que do lado oposto ao da civilização, ou seja, contraposto ao candidato Haddad, estava ninguém menos que o capitão expulso do Exército que idolatra torturadores, cultua ditaduras, faz ode à morte, odeia mulheres e defende o extermínio de adversários convertidos em “inimigos da pátria”.
Quem deve pagar a conta do caos bolsonarista?
Charge: Gilmar |
De uma coisa precisamos ter clareza: Caso Lula consume sua tão esperada vitória e volte a ser nosso presidente, o estado de terra arrasada com o qual seu governo vai se deparar deve representar um tremendo entrave para a consecução das mudanças requeridas para devolver a nosso povo uma vida com certa dignidade.
No afã de atrair os votos necessários para sua reeleição, Bolsonaro não está escatimando recursos do erário público. O governo bolsonarista demonstrou não ter nenhum pudor em usá-los como instrumento aberto para a compra de votos.
A lógica imperante no raciocínio do grupo miliciano-fascista é a seguinte: Para permanecer no comando do aparelho estatal vale a pena fazer o que tiver de ser feito, ainda que isso venha a implicar na destruição das bases econômicas da nação. O domínio avassalador sobre todas as instituições que um novo mandato presidencial lhe proporcionaria seria uma garantia de que os ônus dessa atuação temerária poderiam ser posteriormente transferidos às vítimas mais vulneráveis, ou seja, as maiorias trabalhadoras.
Por que Bolsonaro surpreendeu no 1º turno
Charge: Schröder |
Há múltiplas análises do resultado no 1º turno da disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro. Todas surpresas com o avanço eleitoral do presidente, contrariando previsões dos principais institutos de pesquisas. Pelos locais de votação via-se muito mais roupas vermelhas (eleitores de Lula) que verde e amarelo (eleitores do Inominável).
Fica a pergunta: como explicar tão surpreendente avanço de quem sabotou o combate à pandemia, reduziu drasticamente os orçamentos da Saúde e da Educação, e demonstra abertamente seu desprezo por mulheres, pobres, indígenas e negros?
Como respostas há várias hipóteses. Fico com uma.
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