segunda-feira, 25 de março de 2024

Monark deve R$ 4 mi por apologia ao nazismo

Charge: J.Bosco
Por Altamiro Borges


Na última quinta-feira (21), o Ministério Público de São Paulo apresentou à Justiça uma ação civil em que pede que o influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, vulgo Monark, pague R$ 4 milhões em indenização por defender a criação de um partido nazista no Brasil. O promotor Reynaldo Mapelli Júnior foi incisivo no seu parecer, afirmando que está comprovada, “com sólida fundamentação técnica, a postura racista, o antissemitismo e o nazismo no comportamento do réu, bem como a necessidade de reprimenda”.

O promotor ainda avaliou que “a defesa da criação de um partido cuja ideologia é a própria antítese da construção histórica recente dos direitos humanos é incompatível com o texto constitucional do Brasil”. A ação pede que a indenização seja direcionada ao Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

PSDB abandona Ricardo Nunes em São Paulo

Marielle: prisão não esclarece todo o crime

Rivaldo sabe mais sobre o caso Marielle

domingo, 24 de março de 2024

União arrecada R$ 8,1 bi com fundos de ricaços

Foto: Ricardo Stuckert
Por Altamiro Borges


Duas medidas recentes bombardeadas pela mídia rentista ajudam a entender o aumento recorde da arrecadação do governo federal, o que permite maiores investimentos em políticas sociais e em obras de infraestrutura. A taxação dos chamados fundos exclusivos, dos super-ricos, gerou cerca de R$ 8,1 bilhões para a União. Já a tributação de jatinhos e iates deve render R$ 10,4 bilhões aos cofres públicos. Estas duas iniciativas do governo Lula representam um importante avanço civilizatório de justiça tributária no país.

PSDB abandona Nunes em São Paulo

Por Altamiro Borges

Apesar de dispor de muita grana dos cofres públicos e contar com o apoio dos partidos de extrema direita e fisiológicos e com a simpatia da mídia monopolista, a situação do prefeito Ricardo Nunes, de São Paulo, não é tranquila. Conforme mais se alinha ao bolsonarismo, o oportunista do MDB sofre novas perdas. Na sexta-feira passada (22), a comissão executiva municipal do PSDB decidiu abandoná-lo em seu projeto de reeleição. Os tucanos aprovaram o lançamento de candidatura própria na disputa da capital paulista.

Crise global e desafios do sindicalismo

Foto: CTB
Por Umberto Martins, no site da CTB:


* Durante a reunião da Direção Nacional da CTB, realizada na quinta (20) e sexta-feira (21), em Salvador, o jornalista Umberto Martins, assessor da central, fez uma análise da conjuntura da qual reproduzimos os trechos abaixo:

***

Vivemos no contexto do que podemos chamar de crise global do capitalismo e, em particular, da ordem imperialista hegemonizada pelos EUA.

É uma crise ao mesmo tempo econômica e geopolítica.

Em sua dimensão econômica, a crise tem por características ciclos de baixo e decrescente crescimento dos PIBs, com uma tendência à estagnação das economias, intermediados por depressões de alcance global como as de 2008, iniciada nos EUA, e de 2020-21, alavancada pela pandemia da Covid-19.

O Brasil não cabe no jardim da Europa

Foto: Divulgação
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

(Para Helena, neta primogênita, que deu origem ao título deste artigo)

O leitor ou leitora que me acompanhe um pouco não estranhará o título deste artigo, uma variante do título do meu livro mais recente, “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”. Se não cabe no quintal de ninguém, como caberia no jardim da Europa? Quando a primeira edição do livro foi lançada, em 2019, Helena, a minha neta mais velha, na época com oito anos, disse que o livro se chamava “O Brasil não cabe no jardim de ninguém”. Helena atirou no que viu e acertou no que não viu. Hoje, o importante é lembrar que o Brasil não cabe, especificamente, no jardim da Europa.

Lula não pode temer o militar

Charge: Vitor Vanes
Por Manuel Domingos Neto

(Para Oswald Barroso)

A ministra Luciana Santos e o ministro Camilo Santana suspenderão o financiamento de pesquisadores que estudem o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu?

A UNB será impedida de promover homenagem póstuma a Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura?

O Ministério da Educação sustará reverências a Anísio Teixeira e Paulo Freire? Deixará de implementar políticas contrárias ao ensino cívico-militar propugnado pelos fascistas? Punirá professores que aludam ao golpe militar em sala de aula?

A ministra Marina Silva cancelará estudos ambientais que se refiram à devastação da Amazônia promovida pela Ditadura?

O ministro Sílvio Almeida coordenará o “esquecimento” do terrorismo de Estado praticado por mais de duas décadas?

Exército blindou esposa do general Villas Bôas

Charge: Miguel Paiva/247
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O general Júlio César Arruda assumiu o comando do Exército em 30 de dezembro de 2022 no lugar do general Freire Gomes, que junto com os insubordinados comandantes bolsonaristas da Aeronáutica e da Marinha abandonou o comando. Tudo porque eles não reconheciam o resultado da eleição e não aceitavam ter de bater continência ao presidente eleito pela soberania popular para ser o comandante supremo das Forças Armadas.

O general Arruda comandou o Exército brasileiro apenas durante os 21 dias iniciais do governo Lula; foi o mais breve no cargo na história da República.

Ele acabou demitido em 21 de janeiro de 2023 por descumprir ordem do presidente Lula de anular a nomeação do Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos do Exército, sediado em Goiânia.

Experiência genocida do sionismo israelense

Ilustração: Palestine Art & Architecture
Por Jair de Souza

É comum que nos deparemos com certas pessoas que, embora continuem simpáticas ao sionismo e ao Estado de Israel, não conseguem evitar uma sensação de vergonha e peso na consciência ao tomar conhecimento do monstruoso genocídio que os sionistas israelenses estão cometendo contra o povo palestino neste exato momento.

O pior de tudo para essas pessoas é que, diferentemente das situações imperantes em outros genocídios conhecidos da história, o genocídio atual chega a nossos olhos em tempo quase real, com abundância de imagens em fotos e vídeos que não deixam margem para dúvidas quanto ao horror que significam. Portanto, torna-se quase impossível não reconhecer a crueldade, a perversidade e a covardia dos agentes ativos do genocídio de agora. E estes, para desespero de alguns, não são outros que os responsáveis pela política do Estado de Israel.

Mauro Cid volta a falhar como mandalete

Charge: Schröder
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Aconteceu o que até o estagiário do gabinete do golpe poderia prever. Mauro Cid caiu na armadilha de advogados e ex-chefes que tentaram usá-lo para confundir o cerco da Polícia Federal e de Alexandre de Moraes.

Cid está preso de novo, depois de espalhar gravações com acusações à PF e ataques ao ministro do Supremo. É um sujeito fragilizado e ainda sob o comando dos que o usaram como mandalete no Palácio do Planalto.

O que Mauro Cid poderia ganhar, ao dizer que sua delação havia sido manipulada pela Polícia Federal, porque os interrogadores o obrigaram a confirmar o que seria uma narrativa?

O que ele ganharia estendendo os ataques a Alexandre de Moraes, apontado como autoritário e fabricante de sentenças prontas?

Faltou alguém que o alertasse de que ele não ganharia nada. Que estava apenas fazendo o trabalho sujo de tentar embaralhar as investigações e colocar as informações das delações sob suspeita.

Os 60 anos do golpe e o recuo de Lula

Charge: Latuff
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Ensina a história: quando o líder não pode avançar, o recuo é inevitável. Se não dispuser de engenho e arte, matéria-prima escassa, logo se verá envolvido pela estratégia do adversário. Assim na arte da guerra, assim na política. Lênin aconselhava dar um passo atrás para poder dar dois à frente. Era o recuo tático. Mas há políticos que dão dois passos atrás e só um à frente. Napoleão conheceu a derrota quando mais avançava no território russo, pois não se dera conta de que era o general Kutuzov, comandante do exército do Czar, na defensiva, quem de fato conduzia as tropas invasoras. Para o desastre, evidentemente. Getúlio Vargas, conservador e dialeta, fez de seu último recuo uma operação tática de avanço que ainda hoje é referência para historiadores e políticos. De quebra, adiou por dez anos o golpe que afinal veio em1964. João Goulart confiava haver composto com os militares uma boa convivência quando aceitou a emenda parlamentarista e assim legitimou o golpe de 1961.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Bobagens sobre a eleição de Putin

Vladimir Putin, Praça Vermelha em Moscou, 18/3/24.
Foto: Yuri Gripas
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O chamado Ocidente não gostou nada dos resultados das eleições russas.

A grande vitória de Putin, com cerca de 87% dos votos, provocou profundo desagrado e uma inundação de “denúncias” sobre “fraudes” no pleito, “impedimento ilegal de concorrentes”, ambiente “ditatorial”, “intimidação de eleitores” etc.

Enfim, para a maioria dos governos europeus e os EUA, tudo não passou de uma “grande farsa”.

Bom, não foram apresentadas reais evidências empíricas para acusações tão graves, além das alegações de que o governo Putin teria “mandado matar Navalny”, o principal opositor russo, e impedido outras lideranças de participar no pleito.

Entretanto, o que as lideranças ocidentais e a grande mídia do Ocidente não revelam é que Putin, independentemente de quaisquer outras considerações, sempre foi um líder muito popular na Rússia.

A teologia do domínio

Judeus da Torá estão ao lado do povo palestino
Por Leonardo Boff, no site Brasil-247:


Está sendo discutido entre analistas políticos a passagem, no seio de grupos neopentecostais, em grande parte bolsonaristas, da teologia da prosperidade para a teologia do domínio.

Estimo que o atual conflito entre o Estado sionista de Israel e a Faixa de Gaza com características de carnificina e até de genocídio de palestinos tenha reforçado no Brasil esta passagem.

Sabe-se já há muito tempo que Benjamin Netanyahu é um sionista radical de extrema direita que expressou seu projeto de restaurar Israel nas dimensões que possuía, no seu auge, no tempo de Davi e de Salomão. Daí seu apoio irrestrito de expulsão e colonização de territórios da Cisjordânia, de população árabe muçulmana.

A teologia do domínio ou o dominionismo nasceu nos EUA por volta dos anos 1970 num contexto do reconstrucionismo cristão calvinista. Como é sabido Calvino no século XVI instaurara em Genebra um governo religioso extremamente rigoroso e violento até com pena de morte. Seria um modelo para o mundo todo.

Divórcio antes do casamento

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto


Para enfrentar e vencer o mosquito transmissor da dengue e superar o grave surto da doença os brasileiros, mais uma vez, se apoiam no SUS que lhes garante vacinação, testes, atendimento e ajuda na erradicação dos focos e controle do ambiente.

A criação do SUS, consagrado nos artigos 198, 199 e 200 da Constituição foi resultado de uma luta feroz do Partido da Saúde, primeiro contra a catastrófica situação sanitária e os escândalos a ela associados nas décadas de 70 e 80 do século passado e depois na própria Constituinte.

Com exceção dos sindicatos diretamente ligados às ações de saúde e dos sindicatos de servidores, em vários níveis, o movimento sindical dos trabalhadores como um todo, representado pelas confederações e centrais sindicais da época, pouco participou desta luta, melhor dizendo, foi ausente, confirmando o divórcio sem ter havido o casamento.

A luta das mulheres e a cobertura da mídia

É democrático cassar concessões de rádio e TV?

Israel mata crianças com bombas e fome

Lula não pode temer o militar