quinta-feira, 5 de setembro de 2024
A "nova" velha Internacional Fascista
Foto: Bernat Armangué/AP |
Até o começo dos anos de 1980 existiu uma "Internacional Fascista", auto denominada de a "Internacional Negra" - vênia, movimento negro, eram eles que assim se denominavam -, em oposição a uma "Internacional Vermelha", de opção socialista e social-democrata. A "Internacional Fascista" se reunia anualmente em Upsala, na (oportunamente) neutra e rica Suécia. Era formada, na base, pelas "ruínas" do fascismo histórico. Os fascistas italianos do MSI, os franquistas, os neonazistas alemães, holandeses e belgas. De vez em quando, uns "malucos" - pois é, quem levaria a sério isso -, americanos que se diziam supremacistas brancos ou filhos de uma "Aryan Nation". O francês Alain de Benoît, com suas proposições de uma "Nouvelle Droite" era o principal intelectual da organização e tinha em Julius Evola seu grande ídolo.
Assédio eleitoral, manchete e editorial
Por João Guilherme Vargas Netto
O Globo de domingo (01/09) deu uma capa com manchete denunciando que “O Brasil já tem 153 patrões investigados por coação eleitoral”. E em matéria de página inteira, de Renata Agostini, detalhou inúmeros e escandalosos casos de coação eleitoral patronal já processados pela Justiça Eleitoral e fez um alerta para evitá-los nas campanhas eleitorais em curso.
As centrais sindicais e o Ministério Público do Trabalho iniciaram no dia 3 de setembro uma campanha contra o assédio eleitoral nas relações do trabalho e lançaram no evento um canal exclusivo para receber denúncias de assédio eleitoral no local de trabalho – centraissindicais.org.br/ae.
O Globo de domingo (01/09) deu uma capa com manchete denunciando que “O Brasil já tem 153 patrões investigados por coação eleitoral”. E em matéria de página inteira, de Renata Agostini, detalhou inúmeros e escandalosos casos de coação eleitoral patronal já processados pela Justiça Eleitoral e fez um alerta para evitá-los nas campanhas eleitorais em curso.
As centrais sindicais e o Ministério Público do Trabalho iniciaram no dia 3 de setembro uma campanha contra o assédio eleitoral nas relações do trabalho e lançaram no evento um canal exclusivo para receber denúncias de assédio eleitoral no local de trabalho – centraissindicais.org.br/ae.
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Pablo Marçal não é o problema
Armandinho. Ilustrador: Alexandre Beck |
A participação do coach, influenciador digital e empresário milionário Pablo Marçal (PRTB) nos debates mudou o cenário eleitoral em São Paulo.
A violência das suas intervenções, com mentiras, insinuações e ataques, e o aparato nas redes sociais para repercutir seu discurso antipolítica levaram o candidato do partido do famigerado Levy Fidelix do aerotrem ao pelotão de frente nas pesquisas.
O fenômeno Marçal é assustador, mas não surpreende. Figuras do mesmo tipo têm ganhado projeção, disputado eleições e chegado a governos em todo o mundo.
Tão importante quanto analisar a ascensão eleitoral do coach é levantar os antecedentes da emergência da extrema-direita por todo o mundo.
terça-feira, 3 de setembro de 2024
Gusttavo Lima pede voto para o ‘irmão’ Marçal
Por Altamiro Borges
O sertanejo bolsonarista Gusttavo Lima traiu seu “mito” e decidiu assumir o apoio ao criminoso Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura da capital paulista. Em show realizado em Goiânia neste final de semana, ele pediu explicitamente votos para o “irmão” que estava na primeira fila dos fãs. “Quero mandar um abraço para o meu companheiro, nosso conterrâneo. O próximo prefeito de São Paulo, Pablo Marçal é o nome dele. Não tem conversa, faz o M”, gritou. O ricaço ainda destilou veneno: “A prefeitura é sua, se não ganhar é rolo! Obrigado, meu irmão!”.
O sertanejo bolsonarista Gusttavo Lima traiu seu “mito” e decidiu assumir o apoio ao criminoso Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura da capital paulista. Em show realizado em Goiânia neste final de semana, ele pediu explicitamente votos para o “irmão” que estava na primeira fila dos fãs. “Quero mandar um abraço para o meu companheiro, nosso conterrâneo. O próximo prefeito de São Paulo, Pablo Marçal é o nome dele. Não tem conversa, faz o M”, gritou. O ricaço ainda destilou veneno: “A prefeitura é sua, se não ganhar é rolo! Obrigado, meu irmão!”.
Imprensa internacional isola o aloprado Musk
Foto: Taylor Hill/Getty Images |
O empresário Elon Musk tem sido tratado como provocador e descontrolado pela mídia internacional por sua atitude de desrespeito à soberania brasileira – o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a suspender a rede X na sexta-feira passada (30). Até mesmo nos EUA, país em que o sul-africano está radicado desde 2002, a mídia manifestou simpatia à decisão inicial do ministro Alexandre de Moraes e rechaçou a postura do ricaço excêntrico – que também é dono da Starlink, Tesla, SpaceX e SolarCity, entre outras empresas, e tem uma fortuna estimada em US$ 239 bilhões – mais de R$ 1,3 trilhão.
Musk e a conspiração da ultradireita
Ilustração: Taylor Callery |
O alerta foi dado por Pedro Costa Jr na TV GGN 20 horas. Há um conjunto preocupante de indícios de uma armação geral para o 7 de setembro e nas vésperas das eleições municipais.
Primeiro, foi a ofensiva da Folha de S. Paulo contra o Ministro Alexandre Moraes, em cima de arquivos de celular levantados no ano passado. O material foi enviado a Glenn Greenwald.
Desde que foi censurado no The Intercept, em denúncia que escrevera sobre as ligações do filho de Joe Biden na Ucrânia, Glenn aproximou-se da ultradireita norte-americana e tornou-se habitual do programa de Tucker Carlson, o principal comentarista de ultradireita do país.
Primeiro, foi a ofensiva da Folha de S. Paulo contra o Ministro Alexandre Moraes, em cima de arquivos de celular levantados no ano passado. O material foi enviado a Glenn Greenwald.
Desde que foi censurado no The Intercept, em denúncia que escrevera sobre as ligações do filho de Joe Biden na Ucrânia, Glenn aproximou-se da ultradireita norte-americana e tornou-se habitual do programa de Tucker Carlson, o principal comentarista de ultradireita do país.
Marçal e o fracasso em conter o fascismo
Charge: Jota Camelo |
Pablo Marçal é um bufão encenando um espetáculo grotesco. Ele não age assim devido a algum defeito ou erro estratégico, mas executa um método muito bem estruturado.
Com isso, magnetiza as atenções para desviar o foco do problema essencial, que é a ameaça perigosa que ele e sua performance representam para a democracia.
A curiosidade geral em saber se Marçal ou Ricardo Nunes representará o campo extremista e conservador no segundo turno em São Paulo desfoca a atenção do problema central. A questão é muito mais séria e vital para a sobrevivência da democracia.
A candidatura de Pablo Marçal marca a intersecção orgânica do crime organizado e do fascismo com a política na maior e mais rica metrópole da América Latina.
Com isso, magnetiza as atenções para desviar o foco do problema essencial, que é a ameaça perigosa que ele e sua performance representam para a democracia.
A curiosidade geral em saber se Marçal ou Ricardo Nunes representará o campo extremista e conservador no segundo turno em São Paulo desfoca a atenção do problema central. A questão é muito mais séria e vital para a sobrevivência da democracia.
A candidatura de Pablo Marçal marca a intersecção orgânica do crime organizado e do fascismo com a política na maior e mais rica metrópole da América Latina.
Bolsonaro, Marçal e a naturalização da Globo
Charge: Aroeira/247 |
Nada mais parecido do que a forma como a Globo cobriu a campanha de Bolsonaro, em 2018, e como trata a campanha de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, em 2024.
Há seis anos, o jornalismo da Globo fazia vistas grossas para o passado de Bolsonaro e fingia não ver os vídeos de sua vida pregressa defendendo a tortura e o assassinato de adversários políticos. Sua trajetória repleta de desrespeito às mulheres, preconceito racial e ataques à democracia foi propositalmente arquivada.
A naturalização do candidato da extrema-direita fazia parte da estratégia para derrotar o PT e seu postulante à presidência da República, Fernando Haddad.
Musk e a defesa do Brasil
Charge: Luc Descheemaeker/Cartoon Movement |
A informação de que o militar brasileiro é dependente em suas comunicações é velha. Só a ingenuidade em assuntos de Defesa explica o frisson de alguns comentadores.
O militar brasileiro é estruturalmente dependente de países hegemônicos desde a modernização do Exército e da Marinha, ocorrida nas primeiras décadas do século passado. Essa dependência foi agravada após a Segunda Guerra Mundial.
Quando digo estruturalmente dependente, penso na capacidade operacional, que pressupõe logística e poder de fogo. A locomoção e a comunicação integram com destaque a capacidade operacional.
Mais claramente: o militar brasileiro sempre dependeu de potências estrangeiras para deslocar-se por terra, mar e ar; sempre pensou em Defesa baseada em compras externas.
Assinar:
Postagens (Atom)