Reproduzo matéria publicada no sítio Vermelho:
Com a revelação de mais de 250 mil novos documentos sobre as atividades de espionagem dos Estados Unidos em todo o planeta neste domingo (28), o site WikiLeaks mostra a face verdadeira da diplomacia estadunidense, que trabalha com o objetivo de prolongar o domínio imperial sobre o planeta.
Os 250 mil documentos foram divulgados por vários jornais internacionais e mostraram que os Estados Unidos espionaram dezenas de nações, fizeram planos de mudança de governo e ataques contra nações soberanas e também espionaram o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os documentos contêm informações e avaliações levantadas por centenas de diplomatas americanos sobre temas chave da política externa dos EUA, como as ocupações do Afeganistão e do Iraque, o Irã e o Paquistão. Além disso, estão incluídas nos documentos avaliações sobre negociações bilaterais, conversas privadas e conclusões sobre líderes de vários países do mundo.
Uma das situações mais presentes nos documentos é a pressão que os Estados Unidos têm feito contra o Irã. Tony Blair, ex-premiê do Reino Unido, defende o uso da força militar contra o país do Oriente Médio, enquanto a monarquia saudita pede aos diplomatas-espiões dos EUA "que se corte a cabeça da cobra", em alusão ao presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad.
Apesar de espionar também os líderes aliados, o papel da diplomacia-espiã dos Estados Unidos já foi cantado antes por dirigentes como Fidel Castro, que alertou há meses a existência de planos militares dos EUA para derrubar o governo iraniano e destruir suas centrais de energia nuclear.
Fidel Castro há meses vem alertando o mundo sobre o risco de uma conflagração nuclear desatada pelos Estados Unidos, que agora veio à tona com os documentos sobre ataques ao Irã. Outro objetivo, já denunciado antes, é derrubar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
A base de dados a que o jornal britânico The Guardian teve acesso revela a atividade de espionagem exercida pelas embaixadas dos Estados Unidos na Bósnia, Bulgária, Croácia, Macedônia e Turquia, em busca de informação que possa ser utilizada em chantagens contra esses países, alguns deles aliados dos Estados Unidos na Europa Oriental.
Armênia, Azerbaijão e Geórgia também aparecem nos documentos vazados, além também de Rússia, China e República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Índia, Afeganistão, Paquistão, países árabes e africanos, assim como Honduras, Colômbia, Paraguai, Brasil e Venezuela, na América Latina, foram também objetos de ampla espionagem por parte dos Estados Unidos.
Ban Ki-moon espionado
Os documentos revelados no domingo incluem um pedido da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para que seus diplomatas descubram detalhes técnicos sobre a comunicação entre funcionários da ONU, o que incluiria o secretário-geral Ban Ki-moon.
O porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq, evitou falar especificamente sobre os documentos, mas lembrou que a ONU deve ser tratada como uma organização inviolável.
"A ONU não está em posição de comentar a autenticidade do documento que tem por objetivo reunir informações sobre funcionários da ONU e suas atividades", afirmou.
Israel não tem vergonha
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou para a mídia internacional que os documentos mostram "apenas" que seu país estava "cuidando" da situação de tensão com o Irã. Segundo os documentos, o serviço secreto israelense, o Mossad, trocou informações com os arapongas americanos para executar um plano militar contra o Irã.
Outro envolvido na questão contra o Irã é o rei Abdullah, da Arábia Saudita, que pediu reiteradamente a Washington que atacasse o Irã para destruir seu programa nuclear. O rei saudita afirma textualmente que é necessário "cortar a cabeça da cobra", em alusão ao presidente do Irã.
O governo americano também capturou ilicitamente dados biográficos e biométricos, inclusive do DNA, de candidatos à presidência do Paraguai. Um dos documentos vazados dava ordens aos diplomatas no Paraguai para que fizessem perfis das posições políticas de cada candidato.
Em relação à China, os espiões americanos foram instruídos a recolher informações sobre a segurança cibernética do país, a situação da Região Autônoma do Tibete e de Xinjiang, objeto de atos de terrorismo nos anos de 2008 e 2009.
WikiLeaks prova golpe
Manuel Zelaya, presidente hondurenho deposto em um golpe no ano de 2009, falou sobre a cumplicidade americana no golpe que o tirou do governo em julho de 2009, após verificar os documentos sobre o seu país.
"Fica clara a cumplicidade dos EUA ao conhecer previamente o planejamento e a execução do golpe de Estado e mesmo assim fazer silêncio", diz Zelaya em nota enviada da República Dominicana.
Hillary irada
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, considerou o vazamento das informações como "não só um ataque à diplomacia dos Estados Unidos, mas à comunidade internacional".
Hillary é hoje a chefe da diplomacia americana e, na entrevista coletiva, evidentemente não fez nenhuma censura à espionagem diplomática cometida sob os auspícios de George W. Bush e do atual presidente, Barack Obama. Hillary quer que o assunto seja visto como um ataque às "alianças e negociações em busca da paz e da segurança mundial que estão andamento em nível internacional".
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2 comentários:
Miro LINK.....Veja aqui todos os documentos relacionados com o Brasil: http://blog.antinovaordemmundial.com/2010/11/.....
é por este motivo Estou deacordo coma manchete do Estadão de hoje ""Chávez pede renúncia de Hillary após novo vazamento do WikiLeaks !!!!!...Ele tem razão!!!!!...Esta corretissimo....o país esta cheio de burgues babaca o país está saturado. Quem tem grana tem a obrigação de liderar, pelos recursos e acessos que tem, mas ao contrario, se escondem atrás de grades e bravatas. Os EUA querem controlar o mundo como sempre, e o Irã é um demonio querendo o lugar do diabo. O Brasil meteu a cara no meio pq deve fazê-lo, hoje somos respeitados e até temidos . Daqui uns 50 anos o Lula será lembrado como um dos maiores lideres de nossos tempos
enquanto isso a globo só referencia o wikileaks que publicou uma discordia entre a presidente da argentina e o lula
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