Reproduzo artigo de Leila Cordeiro, publicado no sítio Direto da Redação:
Os novos “heróis” do Pedro Bial já entraram em campo. O BBB-11 está no ar e passa a ocupar generosos espaços na mídia. Da política à economia, tudo fica em segundo plano e o destaque agora são as novas “celebridades”. O país vai discutir quem merece ou não deixar o programa ou quem está com quem, etc.etc.etc.
Em sentido contrário, quem está amargando a tristeza de não ter mais a audiência de seu reality show é a Record. Sua “fazenda”, aparentemente o único programa que a emissora leva a sério, acabou e deixou saudades dos pontinhos que conquistava no Ibope, nada espetaculares, mas, comparando-se com o desastre numérico dos demais programas, um espetáculo.
O reality da Globo pelo menos respeita a grade de programação e os anunciantes. Já o da Record dá um chega-pra-lá nos demais programas e ocupa espaços à vontade, sem nenhum compromisso com os telespectadores, que vão procurar o programa que gostam e encontram lá as “melancias e melões” tomando banho quase sem roupa. Mas como tem gosto pra tudo, a emissora da Barra Funda sempre melhora seus modestos números quando a sua “fazenda’ está no ar.
No quesito “abobrinhas”, as celebridades se equivalem. Todas em busca de um lugar ao sol, seja de que maneira for. As câmeras e microfones espalhados pelos espaços onde “heróis e celebridades” ficam confinados durante meses, deixam claro que tudo ali é combinado, que os personagens sabem que estão sendo filmados e gravados, estão ali apenas fazendo um teatrinho barato, mas que ilude ainda muitos telespectadores.
Se dão audiência e encontram patrocinadores é porque tem gente, aliás, muita gente que gosta e vive o dia a dia dos participantes. Não dá pra negar que esses shows de realidade conseguem anestesiar os telespectadores que se tornam os “voyers” da vida alheia.
Mas já que o assunto é televisão, não dá pra deixar de falar da série bíblica “Sansão e Dalila” que a Record estreou, cuja boa intenção merece todos os elogios, afinal pelo menos de vez em quando a emissora tem que justificar o dinheiro que arrecada dos fiéis. Mas a execução, pelo amor de Deus, que desastre.
Curiosa, fui ver na internet um trecho da minisérie. Mas acho que dei azar. Coincidência ou não presenciei exatamente o momento da luta de Sanção contra o leão. Aparentemente, a produção errou na escolha do software que faz a animação gráfica. Talvez tenha pego por engano um antigo, da época dos Power Rangers. O resultado não poderia ser mais bizarro, com movimentos toscos dos personagens. Imagens pobres em plena era virtual do 3D e outras inovações. Confesso que desisti. Não vejo mais.
Mas é assim mesmo, em televisão nada se cria, tudo se copia. Sem a “fazenda” e com “sansão e dalila” patinando na audiência, a Record deu uma de Silvio Santos. E tome “Pica-Pau” e “Todo mundo odeia o Chris” - série repetida tantas vezes que o protagonista já está com cabelos brancos e rugas no rosto - para tapar os buracos deixados pelos simpáticos “fazendeiros” .
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1 comentários:
Concordo que os realities deprimem, eprê, nas duas emissoras. Aqui em casa proibi que a tv principal seja Democratismo tem hora e paciência. No quesito tele jornais as record dá um banho na globo. o resto é tudo igual, sansão e dalila ou enelatado americano ou programas de humor, tudo igual, beira a lixo.
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