Reproduzo artigo de Paulo Henrique Amorim, publicado no blog Conversa Afiada:
No dia 5 de maio de 1985, o presidente americano Ronald Reagan foi a uma cerimônia no cemitério de Bitburg, na Alemanha então Ocidental.
Ali estão enterrados 2.000 soldados alemães e 49 membros da SS nazista.
Perto, se ergue um obelisco no espaço em que existiu o campo de concentração de Bergen-Belsen.
O monumento presta homenagem a 50 mil vítimas do nazismo, ali enterradas em valas comuns.
Esse provavelmente foi o maior fiasco do Governo Reagan, ainda hoje um dos presidentes mais queridos dos Estados Unidos.
A presidenta foi à festa do pré-velório da Folha.
Mencionou Vladimir Herzog, uma das vítimas da SS brasileira, na frente dos donos da Folha da Tarde – clique aqui para ler.
A Folha da Tarde era o órgão oficial da SS.
Me dizem que o PiG está muito feliz com a Dilma.
Porque a Dilma não bate boca com o PiG.
A Dilma é discreta.
Trabalha no gabinete, em silêncio, como os mineiros.
O PiG não aguentava mais aquela batalha diária contra o carisma e a inteligência do Nunca Dantes.
E, por isso, está disposto a passar mel na guerrilheira.
Encantá-la.
Cobri-la de mimos.
Elogios.
Medalhas de professora Honoris Causae (o Farol não resistia a uma).
Editoriais.
Editorial do Estadão chegou a elogiar a cerimônia pré-velório da Folha e – suprema heresia! – citou trecho do discurso do Otavinho, autor de uma peça oratória invulgar: a “Sinfonia da Platitude”, à moda de Sibelius.
E aí reside o perigo.
Este ansioso blogueiro considera que numa República Presidencialista e diante da hegemonia do PiG, o Presidente ou Presidenta (ainda mais se for trabalhista) tem que bater boca, no meio da rua.
Existe espaço no Brasil para se debater políticas públicas?
Tem o da urubóloga na GloboNews.
O Presidente de uma República Presidencialista infra-democrática tem que disputar a mídia.
Entrar em rede nacional.
Convocar coletiva.
(Nota de esclarecimento: este ansioso não pleiteia entrevista exclusiva com a presidenta. Tentou na campanha, não conseguiu, e agora só vai tentar – inutilmente – na campanha da re-eleição).
Porque, se não for assim, um dia o PiG se cansa de passar mel e vai para cima.
Vai para o Golpe.
Veja, amigo navegante, a situação do Nunca Dantes.
Como ele próprio não fez a Ley de Medios, onde ele vai se defender, agora, sem o púlpito da Presidência?
O PiG o massacra dia e noite.
De forma direta, ou indireta, ao passar mel na guerrilheira.
E onde ele vai se defender?
E quando acabar o mel do PiG?
Onde a presidenta vai defender suas políticas?
Onde vai lutar pelo apoio no Congresso?
Como ela vai aprovar a Ley de Medios?
Onde ela vai buscar apoio popular para enfrentar a Globo?
Que a presidenta não se iluda.
O mel do PiG acaba.
Só não acaba para o Fernando Henrique.
Porque ele o PiG são a mesma coisa.
No dia 5 de maio de 1985, o presidente americano Ronald Reagan foi a uma cerimônia no cemitério de Bitburg, na Alemanha então Ocidental.
Ali estão enterrados 2.000 soldados alemães e 49 membros da SS nazista.
Perto, se ergue um obelisco no espaço em que existiu o campo de concentração de Bergen-Belsen.
O monumento presta homenagem a 50 mil vítimas do nazismo, ali enterradas em valas comuns.
Esse provavelmente foi o maior fiasco do Governo Reagan, ainda hoje um dos presidentes mais queridos dos Estados Unidos.
A presidenta foi à festa do pré-velório da Folha.
Mencionou Vladimir Herzog, uma das vítimas da SS brasileira, na frente dos donos da Folha da Tarde – clique aqui para ler.
A Folha da Tarde era o órgão oficial da SS.
Me dizem que o PiG está muito feliz com a Dilma.
Porque a Dilma não bate boca com o PiG.
A Dilma é discreta.
Trabalha no gabinete, em silêncio, como os mineiros.
O PiG não aguentava mais aquela batalha diária contra o carisma e a inteligência do Nunca Dantes.
E, por isso, está disposto a passar mel na guerrilheira.
Encantá-la.
Cobri-la de mimos.
Elogios.
Medalhas de professora Honoris Causae (o Farol não resistia a uma).
Editoriais.
Editorial do Estadão chegou a elogiar a cerimônia pré-velório da Folha e – suprema heresia! – citou trecho do discurso do Otavinho, autor de uma peça oratória invulgar: a “Sinfonia da Platitude”, à moda de Sibelius.
E aí reside o perigo.
Este ansioso blogueiro considera que numa República Presidencialista e diante da hegemonia do PiG, o Presidente ou Presidenta (ainda mais se for trabalhista) tem que bater boca, no meio da rua.
Existe espaço no Brasil para se debater políticas públicas?
Tem o da urubóloga na GloboNews.
O Presidente de uma República Presidencialista infra-democrática tem que disputar a mídia.
Entrar em rede nacional.
Convocar coletiva.
(Nota de esclarecimento: este ansioso não pleiteia entrevista exclusiva com a presidenta. Tentou na campanha, não conseguiu, e agora só vai tentar – inutilmente – na campanha da re-eleição).
Porque, se não for assim, um dia o PiG se cansa de passar mel e vai para cima.
Vai para o Golpe.
Veja, amigo navegante, a situação do Nunca Dantes.
Como ele próprio não fez a Ley de Medios, onde ele vai se defender, agora, sem o púlpito da Presidência?
O PiG o massacra dia e noite.
De forma direta, ou indireta, ao passar mel na guerrilheira.
E onde ele vai se defender?
E quando acabar o mel do PiG?
Onde a presidenta vai defender suas políticas?
Onde vai lutar pelo apoio no Congresso?
Como ela vai aprovar a Ley de Medios?
Onde ela vai buscar apoio popular para enfrentar a Globo?
Que a presidenta não se iluda.
O mel do PiG acaba.
Só não acaba para o Fernando Henrique.
Porque ele o PiG são a mesma coisa.
6 comentários:
Miro, já divulguei o evento de sábado
Abraço
Eduardo Guimarães
A Dilma deu foi um tapa com luva de pelica na Falha de SP. Ela tem estrada. Não vai se lambuzar de mel.
Sendo grosseiro (andei lendo o Rei do Esgoto ontem...), eu trocaria a palavra "mel" por "vaselina"....
Fiz 3 comentário no CAF sobre esse artigo, mas infelizmente o PHA censurou os 3, devido a dura realidade dos fatos que escrevi.
Nem mesmo os decepcionados aceitam a verdade dos fatos. Lamentável.
Silmara
Não passou mel nenhum, Dilma não é boba, oh céus, que coisa de diminuir a mulher
Chega a ser hilário, o blogueiro que só apareceu para avisar que, por conta da ida de Dilma à Folha, está indo embora, o figura até fechou o seu raramente atualizado blog aos comentários, pelo menos estou tentando postar comentarios lá e não estou conseguindo, o André Lux conseguiu dar uma boa ensaboada na peça, deve ser por isso.
Se ele ficasse seria ótimo, mas se quer ir, fazer o que, ah, ele cita até o Edu Guimarães como prova do "desalento na blogosfera" quando o Edu, resiliente que é, já se recompôs e está na luta.
Foi bom o que ocorreu, as pessoas estão entendendo que o palco onde se dará a luta pela democratização da mídia deve ser mais o Congresso Nacional do que em específico o Palácio do Planalto
http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/deputados-articulam-criacao-de-frente-parlamentar-para-debater-marco-regulatorio-da-comunicacao/view
O Azeredo vem aí.
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