Reproduzo matéria publicada no sítio Vermelho:
Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "persona non grata" no Brasil e repudiam a sua presença no país. Durante sua primeira visita ao Brasil, Obama fará um discurso na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, no próximo domingo (20). O evento terá início a partir das 11h30. O discurso do presidente americano será traduzido.
Obama chegou à presidência dos Estados Unidos em 2008 depois de uma propaganda eleitoral que pregava "mudanças", em oposição ao belicismo e à desastrosa administração na economia realizada por seu antecessor, George W. Bush.
De acordo com o consulado americano, durante sua visita, Obama passeará pelo Cristo Redentor e na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Obama deve se reunir, em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff, participará de um almoço no Itamaraty e de um jantar no Palácio do Planalto, acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas Malia e Sasha.
O voo que traz Obama ao Brasil está programado para aterrissar na Base Aérea de Brasília às 8h de sábado (19). Após desembarcar, o primeiro compromisso de Obama será um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, às 10h.
Em entrevista ao Portal Vermelho, a ativista Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), disse que a visita do mandatário estadunidense será marcada pelo enérgico repúdio que os movimentos sociais manifestarão à presença de Obama no Brasil.
Segundo ela, "os movimentos sociais como o Cebrapaz e as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS) devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. A nossa mídia diz que Obama vai fazer e acontecer no Brasil, mas na realidade ele vem para cá para impor a agenda do imperialismo na região”.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
O que o Cebrapaz pretende fazer durante a visita de Obama ao Brasil?
Os movimentos sociais, como o Cebrapaz e as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS), devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. O que os Estados Unidos têm feito na América Latina é um mau exemplo. A nossa experiência mostra que os EUA não nos veem como amigos, mas como terra para explorar, dominar e saquear. Querem saquear recursos naturais, controlar os nossos mercados e dominar nossos povos [da América Latina].
Por isso os povos latino-americanos buscaram outro caminho de independência e soberania. Nossa história foi escrita com muito sangue e sofrimento, com ditaduras, invasões militares, complôs patrocinados pela CIA, assassinatos de presidentes. Nossa história testemunha a truculência e a força bruta do imperialismo americano em nosso território.
Quais são os verdadeiros motivos da viagem?
Obama fala em paz, em direitos humanos. Mas sua administração não cumpriu com as promessas feitas em sua campanha eleitoral, que dizia serem "sagradas". O desmantelamento da prisão de Guantânamo é promessa não cumprida e que não vai se cumprir em seu mandato. Ele tem total descompromisso com a paz. Não se discute sequer a situação de Guantânamo, uma área militar ocupada contra a vontade do povo cubano.
Obama vem ao Brasil para falar de direitos humanos e paz, mas ao mesmo tempo dá total apoio ao regime israelense quando invade, ocupa e promove a colonização de territórios palestinos.
Hoje, os Estados Unidos articulam uma intervenção militar contra a Líbia, demonstrando completo desrespeito à soberania dos povos.
Na América Latina, aprofundou a ingerência militar. Honduras, Panamá e Colômbia são exemplos gritantes disso. A manutenção da Quarta Frota da Marinha de Guerra americana, criada por Bush em junho de 2008, também desmente Obama e configura-se numa grande ameaça à soberania e à paz no continente latino-americano.
O que Obama vem fazer aqui é discurso retórico, descompromissado com suas atitudes, que têm ido no rumo contrário à paz e ao Direito Internacional. O regime americano mantém 50 mil soldados na ocupação do Iraque, além da ocupação do Afeganistão, que Obama declarou ser a "sua guerra". O Nobel da Paz caminha no sentido contrário ao da paz e da amizade entre os povos.
Entre outros assuntos, Obama deve abordar as relações que o Brasil tem com Venezuela e Cuba de forma a pressionar por outro caminho...
As nossas relações com outros povos são relações de países soberanos, que prezamos muito, e não aceitamos ingerências sobre elas. Com a Venezuela temos interesses comuns, como o Mercosul, como a Unasul. Participamos de uma serie de foros conjuntos e procuramos construir um caminho comum soberano, sob um novo paradigma. De respeito e de complementaridade, diferente das relações de força dos EUA com as nações do nosso continente.
Um fato curioso e que desperta o interesse da nossa mídia, desviando a atenção dos assuntos importantes, é que a embaixada dos Estados Unidos vai dar gadgets eletrônicos àqueles que fizerem as melhores frases de boas vindas ao presidente Obama. Você vê nisso alguma semelhança com o que os colonizadores fizeram no descobrimento do Brasil?
Esse é o tipo de relação que o imperialismo tem com os nossos povos, é uma tentativa de humilhar o nosso povo, repete a estratégia dos colonizadores, que davam miçangas, vidros coloridos e espelhos, ao mesmo tempo em que levavam em troca as nossas riquezas, como o ouro, o diamante e o pau-brasil.
Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "persona non grata" no Brasil e repudiam a sua presença no país. Durante sua primeira visita ao Brasil, Obama fará um discurso na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, no próximo domingo (20). O evento terá início a partir das 11h30. O discurso do presidente americano será traduzido.
Obama chegou à presidência dos Estados Unidos em 2008 depois de uma propaganda eleitoral que pregava "mudanças", em oposição ao belicismo e à desastrosa administração na economia realizada por seu antecessor, George W. Bush.
De acordo com o consulado americano, durante sua visita, Obama passeará pelo Cristo Redentor e na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Obama deve se reunir, em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff, participará de um almoço no Itamaraty e de um jantar no Palácio do Planalto, acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas Malia e Sasha.
O voo que traz Obama ao Brasil está programado para aterrissar na Base Aérea de Brasília às 8h de sábado (19). Após desembarcar, o primeiro compromisso de Obama será um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, às 10h.
Em entrevista ao Portal Vermelho, a ativista Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), disse que a visita do mandatário estadunidense será marcada pelo enérgico repúdio que os movimentos sociais manifestarão à presença de Obama no Brasil.
Segundo ela, "os movimentos sociais como o Cebrapaz e as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS) devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. A nossa mídia diz que Obama vai fazer e acontecer no Brasil, mas na realidade ele vem para cá para impor a agenda do imperialismo na região”.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
O que o Cebrapaz pretende fazer durante a visita de Obama ao Brasil?
Os movimentos sociais, como o Cebrapaz e as entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais [CMS), devem manifestar o repúdio à visita de Obama ao Brasil. O que os Estados Unidos têm feito na América Latina é um mau exemplo. A nossa experiência mostra que os EUA não nos veem como amigos, mas como terra para explorar, dominar e saquear. Querem saquear recursos naturais, controlar os nossos mercados e dominar nossos povos [da América Latina].
Por isso os povos latino-americanos buscaram outro caminho de independência e soberania. Nossa história foi escrita com muito sangue e sofrimento, com ditaduras, invasões militares, complôs patrocinados pela CIA, assassinatos de presidentes. Nossa história testemunha a truculência e a força bruta do imperialismo americano em nosso território.
Quais são os verdadeiros motivos da viagem?
Obama fala em paz, em direitos humanos. Mas sua administração não cumpriu com as promessas feitas em sua campanha eleitoral, que dizia serem "sagradas". O desmantelamento da prisão de Guantânamo é promessa não cumprida e que não vai se cumprir em seu mandato. Ele tem total descompromisso com a paz. Não se discute sequer a situação de Guantânamo, uma área militar ocupada contra a vontade do povo cubano.
Obama vem ao Brasil para falar de direitos humanos e paz, mas ao mesmo tempo dá total apoio ao regime israelense quando invade, ocupa e promove a colonização de territórios palestinos.
Hoje, os Estados Unidos articulam uma intervenção militar contra a Líbia, demonstrando completo desrespeito à soberania dos povos.
Na América Latina, aprofundou a ingerência militar. Honduras, Panamá e Colômbia são exemplos gritantes disso. A manutenção da Quarta Frota da Marinha de Guerra americana, criada por Bush em junho de 2008, também desmente Obama e configura-se numa grande ameaça à soberania e à paz no continente latino-americano.
O que Obama vem fazer aqui é discurso retórico, descompromissado com suas atitudes, que têm ido no rumo contrário à paz e ao Direito Internacional. O regime americano mantém 50 mil soldados na ocupação do Iraque, além da ocupação do Afeganistão, que Obama declarou ser a "sua guerra". O Nobel da Paz caminha no sentido contrário ao da paz e da amizade entre os povos.
Entre outros assuntos, Obama deve abordar as relações que o Brasil tem com Venezuela e Cuba de forma a pressionar por outro caminho...
As nossas relações com outros povos são relações de países soberanos, que prezamos muito, e não aceitamos ingerências sobre elas. Com a Venezuela temos interesses comuns, como o Mercosul, como a Unasul. Participamos de uma serie de foros conjuntos e procuramos construir um caminho comum soberano, sob um novo paradigma. De respeito e de complementaridade, diferente das relações de força dos EUA com as nações do nosso continente.
Um fato curioso e que desperta o interesse da nossa mídia, desviando a atenção dos assuntos importantes, é que a embaixada dos Estados Unidos vai dar gadgets eletrônicos àqueles que fizerem as melhores frases de boas vindas ao presidente Obama. Você vê nisso alguma semelhança com o que os colonizadores fizeram no descobrimento do Brasil?
Esse é o tipo de relação que o imperialismo tem com os nossos povos, é uma tentativa de humilhar o nosso povo, repete a estratégia dos colonizadores, que davam miçangas, vidros coloridos e espelhos, ao mesmo tempo em que levavam em troca as nossas riquezas, como o ouro, o diamante e o pau-brasil.
6 comentários:
Qual o objetivo deste circo/palhaçada toda com a vinda de Obama ao Brasil?
Será que Obama pretende conquistar dupla cidadania e se candidatar a presidente do Brasil e já está ensaiando comícios?
Ou está querendo aparvalhar o povo brasileiro para voltar àquela velha idolatria ridícula ao império, quando o Brasil comia na mão de qualquer gringo?
Ou ainda, estão querendo fazer do Brasil uma extensão da Disney?
O entrevistado mostra aquilo que deveria ser imperativo: não dá para relativizar as ações do primeiro presidente negro dos EUA, premio Nobel da Paz, que só tem reproduzido governos ianques anteriores ao governar apenas sob diretrizes imperialistas, apoiando e ajudando na manutenção de formas nefastas de controle de outras nações. Os analistas políticos costumam dizer que seria inviável combater o poder do mercado sobre os governantes, os governos, o poder executivo em geral, ainda mais quando se fala do presidente dos EUA. Isso é verdade. Mas o presidente é eleito para criar condições de melhorar a vida da sua população e de assumir responsabilidades sobre o mundo. Não é lamentável notar que Obama não subverte a lógica cruel e imperialista da política internacional dos EUA, pois isso parece algo intangível nos dias de hoje, com o capitalismo e seus instrumentos com tanto poder nas suas mãos.
Não concordo que devamos tratar com hostilidades quaisquer chefes de governos, seja Presidente, Rei ou Imperador. Devemos, sim, ensejar a política da boa vizinhança sempre. Comprar briga praquê? A hostilidade não leva a lugar algum. Agora, no que tanje a sermos subservientes, comermos na mão dos EUA, a culpa é nossa pois sempre elegemos, exceção feita ao Lula, presidentes capachos, incluindo aí os ditadores militares.
Envidada por: Lúcio Valter Dias
Obama, go home.
Menos, Miro.
Imperialismo americano aqui, hoje? Já faz um tempo que um presidente americano não pode vir dando carteirada por aqui. Dificilmente ele terá qualquer influência significativa na nossa política, do jeito que estamos indo. A visita é bem mais simbólica do que pragmática, especialmente porque, como a Unasul está saindo do papel, é bem o interesse dos EUA terem uma aproximação mais tranquila com o Brasil.
Essa sua dicotomia direita/esquerda às vezes faz você ver coisas onde elas não existem.
...Obama na Cinelândia, um espaço progressista, Tradicional de Brizola e também do Lula...
Inevitavelmente haverá a Comparação do conteúdo e do que a falação tem de boa perspectiva para o Brasil e para o Mundo.
Brizola por merecimento foi pro Céu, Lula esta com a Bola Cheia porque matou a Fome de 500 anos que humilhava e fazia nosso povo impotente.
O Brasil Hoje é outro, Lula Criou Empregos, botou o Brasil pra Produzir e consumir, pagou a Dívida astronômica, Lula fez o Brasil do PAC e do BRIC, amado e respeitado no Mundo inteiro. Lula teve 87% de aprovação do Povo.
Obama é o Primeiro Presidente Negro dos EUA, por isso temos alguma simpatia e esperança nele.
Obama ganhou o Prêmio Nobel mas mantém duas Guerras Injustas e cruéis, mantém a Prisão de Guantánamo que prometeu fechar, quase arrumou Guerras com o Irã e a Coréia.
A Contribuição de Obama para o Mundo é fraquíssima.
Obama não intercedeu contra as Tropas da Arábia Saudita Invadindo o Bahrein e o Quatar nem as provocações dos fascistas Europeus fazem contra a Líbia, uma provocação covarde e inaceitável. Este acontecimento na Líbia já revela que Obama não tem cacife nenhum.
Lula ajudou muitos povos na América Latina e na África. Obama não contribuiu nem um décimo de Lula com os recursos infinitos que tem, como por exemplo o de poder fazer essa apresentação no Municipal na Cinelândia.
A História estará acompanhando e se ele bobear pode quebrar a cara.
Ser o Cara é uma Coisa e quebrar a Cara é outra coisa muito diferente.
Abração Amigo para Todos.
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