Por Brizola Neto, no blog Tijolaço:
Não estou fazendo juízo de valor sobre qualquer situação. Nem tenho porque condenar ou absolver alguém antes de que os fatos sejam esclarecidos. No mínimo, antes que se aguarde a entrega, esta semana, das informações pedidas pelo procurador-geral da República ao Ministro Antonio Palocci. E, mais de uma vez, já disse que nunca morri de amores por sua linha de idéias político-econômicas.
Seja como for, os fatos alegados não se referem a ações de Governo, mas atos e negócios praticados fora do Governo, pelos quais, se for o caso, ele deve responder.
Todos, aliás, devemos responder por nossos atos.
A análise que cabe agora não é jurídica ou factual.
É política.
Fracassado o discurso da “inflação”, é o da moralidade que resta à mídia e à oposição.
Ora, moralidade é indispensável.
E a direita brasileira nunca fez muita questão dela.
Não estamos diante de um caso de purismo moral.
Estamos diante de um caso de ataque político. O Governo Dilma está sendo acossado por uma via indireta, mas que chega ao Palácio.
Ou a gente já se esqueceu de como foi o processo eleitoral? O alvo estava na mesma sala hoje ocupada por Palocci.
E isso precisa ser enfrentado.
Ninguém se iluda, isso não vai passar “com o tempo”.
Pode passar a situação específica. Mas outras, não importa se verdadeiras ou falsas, aparecerão.
Não que não importe ser verdade ou mentira. Claro que importa, mas para nós, não para a oposição.
Porque é o único discurso possível para uma oposição esvaziada e incapaz de fazer seu papel, o de oposição política.
Precisa que a a mídia faça por ela.
E que nós, pela melhor das boas intenções e com os olhos mais fixos na árvore do que na floresta, embarquemos na “onda”. Esqueçamos da política e nos ocupemos apenas em lidar com “escândalos” e, enfraquecidos, deixemos de lado o que estamos aqui para fazer: dar um país digno ao povo brasileiro.
Não me é confortável dizer essa verdade. Poderia estar aqui surfando a onda das denúncias, até porque não tenho nada a perder, pessoal ou politicamente, e nenhum acerto político a obter.
Mas tenho, sim, algo a perder. Todos temos. Permitir que se enfraqueça politicamente o Governo Dilma é abrir caminho para a direita derrotada, apesar dos métodos “éticos” e “morais” que todos vimos.
Não significa acobertar nada, ao contrário. mas de esclarecer, abrir, informar e debater.
De reagir e não sermos levados como cordeiros ao matadouro.
Porque estas situações começam aparentemente “do nada”. Mas, se não houver reação e combate, ninguém pode prever quando e como acabam.
Não estou fazendo juízo de valor sobre qualquer situação. Nem tenho porque condenar ou absolver alguém antes de que os fatos sejam esclarecidos. No mínimo, antes que se aguarde a entrega, esta semana, das informações pedidas pelo procurador-geral da República ao Ministro Antonio Palocci. E, mais de uma vez, já disse que nunca morri de amores por sua linha de idéias político-econômicas.
Seja como for, os fatos alegados não se referem a ações de Governo, mas atos e negócios praticados fora do Governo, pelos quais, se for o caso, ele deve responder.
Todos, aliás, devemos responder por nossos atos.
A análise que cabe agora não é jurídica ou factual.
É política.
Fracassado o discurso da “inflação”, é o da moralidade que resta à mídia e à oposição.
Ora, moralidade é indispensável.
E a direita brasileira nunca fez muita questão dela.
Não estamos diante de um caso de purismo moral.
Estamos diante de um caso de ataque político. O Governo Dilma está sendo acossado por uma via indireta, mas que chega ao Palácio.
Ou a gente já se esqueceu de como foi o processo eleitoral? O alvo estava na mesma sala hoje ocupada por Palocci.
E isso precisa ser enfrentado.
Ninguém se iluda, isso não vai passar “com o tempo”.
Pode passar a situação específica. Mas outras, não importa se verdadeiras ou falsas, aparecerão.
Não que não importe ser verdade ou mentira. Claro que importa, mas para nós, não para a oposição.
Porque é o único discurso possível para uma oposição esvaziada e incapaz de fazer seu papel, o de oposição política.
Precisa que a a mídia faça por ela.
E que nós, pela melhor das boas intenções e com os olhos mais fixos na árvore do que na floresta, embarquemos na “onda”. Esqueçamos da política e nos ocupemos apenas em lidar com “escândalos” e, enfraquecidos, deixemos de lado o que estamos aqui para fazer: dar um país digno ao povo brasileiro.
Não me é confortável dizer essa verdade. Poderia estar aqui surfando a onda das denúncias, até porque não tenho nada a perder, pessoal ou politicamente, e nenhum acerto político a obter.
Mas tenho, sim, algo a perder. Todos temos. Permitir que se enfraqueça politicamente o Governo Dilma é abrir caminho para a direita derrotada, apesar dos métodos “éticos” e “morais” que todos vimos.
Não significa acobertar nada, ao contrário. mas de esclarecer, abrir, informar e debater.
De reagir e não sermos levados como cordeiros ao matadouro.
Porque estas situações começam aparentemente “do nada”. Mas, se não houver reação e combate, ninguém pode prever quando e como acabam.
2 comentários:
Prezado deputado Brizola Neto, concordo com sua assertiva síntese para o caso Palocci: não se trata de buscar coerência de uma mídia que, sabidamente, tem mil pesos e mil medidas, serve às elites. O mais importante passo no sentido da desmoralização dessa chamada “grande imprensa” foi dado durante as eleições/2010 e deve ser sistemático, contínuo, mas não na ingênua expectativa de que iremos “enquadrar” esses grupos, pois eles são grandes empresários da comunicação, portanto, natural, política e ideológicamente alinhados às elites que combatem o governo popular eleito. Investir na denúncia da incoerência da cúpula do judiciário – como parte de uma nossa estratégia de paulatina desmoralização de figuras (determinados juízes) – que absolvem milionários, e/ou abrandam penas para criminosos que pertençam às classes econômicas mais privilegiadas – não é de todo inútil. Mas esperar que tal esfera se comporte em confronto com interesses das classes dominantes é de uma inocência imperdoável; a quem se propõe quebrar ou enfraquecer a hegemonia ...... é lição numero um saber que isso não se resolve num só golpe. Estou de inteiro acordo de que a análise imprescindível é a de natureza política. A dita esquerda quer para si as prerrogativas dos partidos de elite para se livrar de acusações (reais ou fabricadas) falcatruas? Permanecemos indiferentes ao fato de que, em recente caso, um delegado federal que conseguiu comprovar fraudes bilionárias e atos ilícitos foi, ele próprio, condenado, restando-lhe aceitar sua respectiva punição e assistir os comprovadamente corruptos que flagrou, desfrutarem de desagravo e irrestrita liberdade? Queremos nos inspirar nesse tipo de “brecha” ou “desvio” na interpretação das leis? Creio que não. Politicamente, não há defesa para o episódio Palocci. Dentro de critérios caros aos partidos populares, de esquerda, com compromissos pretensiosos como por fim miséria, ampliar políticas de longo alcance (pela melhora da saúde, educação, cultura e segurança). O gesto político enfraquece o governo Dilma (enriquecimento veloz; conflito de interesses entre ser parte do governo e consultor imobiliário; reincidência: uma vez que o escândalo envolvendo o jardineiro Francelino mal fora apagado do noticiário) e simbologia que acompanha inexoravelmente o gesto, também precisa ser analisada do ponto de vista da cultura política (parece-me inegável a nefasta reafirmação de que político é tudo igual; a aceitação tácita de que “celebridade” deve mesmo cobrar alto por consultoria; consolidação da idéia de que ser político militante foi suplantada pela de político profissional, em que a prática não tem em si o objetivo da transformação social. É um meio de se ganhar [muito] dinheiro).
Longe de embarcar na onda da Oposição, tenho minhas impressões sobre o caso. O Governo Lula começou quando o Ministro Palocci (e outros) caíram. O Ministro, que promete estabilidade, mais atrapalhou e paralisou o Governo.
Ao que parece, o Ministro Palocci é um dos que faturam e promovem acertos do PT e do Governo, longe das bases democráticas. Defendo o Governo democrático que ajudei a eleger. Defendo as realizações do Presidente Lula, a Presidente Dilma. Mas não vou perder tempo defendendo Palocci e seus milhões.
Um abraço.
Neto
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