Por Altamiro Borges
A oligarquia financeira mundial, com apoio da mídia rentista, não dorme no ponto. Ela quer manter os seus rendimentos na estratosfera – e dane-se o povo! Diante de qualquer risco, ela apela ao terrorismo retórico. Descontente com o que considera “medidas suaves” de aperto monetário e fiscal dos “heterodoxos” do governo Dilma Rousseff, ela intensifica a pressão e cria fantasmas para assustar os mais incautos.
Discurso terrorista
Desde o final do ano passado, as manchetes dos jornais e os “calunistas” da televisão anunciam a “explosão” da inflação. Sem explicar os reais motivos da alta dos preços – que decorre principalmente da especulação das multinacionais com as commodities e, por isso, atinge vários países (e não só o Brasil) –, os rentistas exigem aumento dos juros e cortes no Orçamento. O BC se curva; mas os banqueiros querem mais.
Agora, diante da constatação de que a “explosão inflacionária” era puro terrorismo – a inflação recuou nas últimas semanas –, a ditadura financeira muda de “fantasma” e espalha o medo da “bolha do crédito”. Para o deus-mercado, o povão e os pequenos empresários estão tendo acesso muito fácil aos empréstimos. É preciso apertar o cinto. Novamente, o governo se curva e adota medidas duras de contenção do crédito.
Pressão internacional
É certo que a pressão é violenta. Ela parte do exterior, do poderoso capital financeiro, e é amplificada pela mídia rentista. O jornal britânico Financial Times, porta-voz dos banqueiros, publicou nos últimos dias pelo menos 12 artigos sobre o perigo da “bolha de crédito” no Brasil. Um deles chega a prever uma “crise de subprime”, dos títulos podres, comparando o nosso país aos EUA que afundou na crise a partir de 2008.
Já a revista britânica The Economist, outro antro dos neoliberais, estampou que o Brasil está entre os sete países com maior risco de superaquecimento, junto com Argentina, Hong Kong, Índia, Indonésia, Turquia e Vietnã. Reforçando o coro terrorista, a nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou nesta semana para riscos de superaquecimento nos países emergentes.
Chantagem do “deus-mercado”
Este discurso unificado da agiotagem mundial serve para pressionar o governo, para torná-lo refém. Como aponta Patrícia Campos Mello, na Folha, “o possível superaquecimento da economia brasileira e a suposta bolha de crédito no país tomaram conta do noticiário internacional e já inquietam investidores estrangeiros. O sentimento em relação ao país está mudando, avaliam analistas”.
Segundo o economista Paulo Vieira da Cunha, sócio da consultoria rentista Tandem Global Partners e ex-diretor do Banco Central no reinado de FHC, “a lua de mel dos investidores com o governo Dilma acabou... Existia a expectativa de que Dilma acabaria com abusos do fim do governo Lula na política econômica, mas não houve correção”. Um sintoma desta piora de expectativa seria a queda de ações de bancos brasileiros.
A mídia colonizada
Este discurso terrorista, chantagista, encontra respaldo na mídia colonizada do país. Nos últimos dias, todos os jornalões publicaram editoriais alertando para o risco da “bolha de crédito”. Na televisão, os “calunistas” amplificam o medo – como se fossem assessores de imprensa, bem pagos, dos agiotas internacionais. Só os tais “especialistas do mercado” são convidados para tratar do tema, num coeso bombardeio midiático.
Para a mídia de rabo preso com os rentistas, o governo deve dar um breque no crescimento da economia, arrochando ainda mais sua política monetária e fiscal – com aumento dos juros, redução do crédito e outras medidas de cunho neoliberal. Pouco importa se o “ajuste duro” conterá a expansão do emprego e da renda dos brasileiros. O importante é garantir a confiança do “mercado”, nome fictício da ditadura financeira.
A oligarquia financeira mundial, com apoio da mídia rentista, não dorme no ponto. Ela quer manter os seus rendimentos na estratosfera – e dane-se o povo! Diante de qualquer risco, ela apela ao terrorismo retórico. Descontente com o que considera “medidas suaves” de aperto monetário e fiscal dos “heterodoxos” do governo Dilma Rousseff, ela intensifica a pressão e cria fantasmas para assustar os mais incautos.
Discurso terrorista
Desde o final do ano passado, as manchetes dos jornais e os “calunistas” da televisão anunciam a “explosão” da inflação. Sem explicar os reais motivos da alta dos preços – que decorre principalmente da especulação das multinacionais com as commodities e, por isso, atinge vários países (e não só o Brasil) –, os rentistas exigem aumento dos juros e cortes no Orçamento. O BC se curva; mas os banqueiros querem mais.
Agora, diante da constatação de que a “explosão inflacionária” era puro terrorismo – a inflação recuou nas últimas semanas –, a ditadura financeira muda de “fantasma” e espalha o medo da “bolha do crédito”. Para o deus-mercado, o povão e os pequenos empresários estão tendo acesso muito fácil aos empréstimos. É preciso apertar o cinto. Novamente, o governo se curva e adota medidas duras de contenção do crédito.
Pressão internacional
É certo que a pressão é violenta. Ela parte do exterior, do poderoso capital financeiro, e é amplificada pela mídia rentista. O jornal britânico Financial Times, porta-voz dos banqueiros, publicou nos últimos dias pelo menos 12 artigos sobre o perigo da “bolha de crédito” no Brasil. Um deles chega a prever uma “crise de subprime”, dos títulos podres, comparando o nosso país aos EUA que afundou na crise a partir de 2008.
Já a revista britânica The Economist, outro antro dos neoliberais, estampou que o Brasil está entre os sete países com maior risco de superaquecimento, junto com Argentina, Hong Kong, Índia, Indonésia, Turquia e Vietnã. Reforçando o coro terrorista, a nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou nesta semana para riscos de superaquecimento nos países emergentes.
Chantagem do “deus-mercado”
Este discurso unificado da agiotagem mundial serve para pressionar o governo, para torná-lo refém. Como aponta Patrícia Campos Mello, na Folha, “o possível superaquecimento da economia brasileira e a suposta bolha de crédito no país tomaram conta do noticiário internacional e já inquietam investidores estrangeiros. O sentimento em relação ao país está mudando, avaliam analistas”.
Segundo o economista Paulo Vieira da Cunha, sócio da consultoria rentista Tandem Global Partners e ex-diretor do Banco Central no reinado de FHC, “a lua de mel dos investidores com o governo Dilma acabou... Existia a expectativa de que Dilma acabaria com abusos do fim do governo Lula na política econômica, mas não houve correção”. Um sintoma desta piora de expectativa seria a queda de ações de bancos brasileiros.
A mídia colonizada
Este discurso terrorista, chantagista, encontra respaldo na mídia colonizada do país. Nos últimos dias, todos os jornalões publicaram editoriais alertando para o risco da “bolha de crédito”. Na televisão, os “calunistas” amplificam o medo – como se fossem assessores de imprensa, bem pagos, dos agiotas internacionais. Só os tais “especialistas do mercado” são convidados para tratar do tema, num coeso bombardeio midiático.
Para a mídia de rabo preso com os rentistas, o governo deve dar um breque no crescimento da economia, arrochando ainda mais sua política monetária e fiscal – com aumento dos juros, redução do crédito e outras medidas de cunho neoliberal. Pouco importa se o “ajuste duro” conterá a expansão do emprego e da renda dos brasileiros. O importante é garantir a confiança do “mercado”, nome fictício da ditadura financeira.
1 comentários:
"Para a mídia de rabo preso com os rentistas, o governo deve dar um breque no crescimento da economia..."
Isso deveria fazer sentido?
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