Por Altamiro Borges
Na onda de protesto que sacode o Chile, iniciada em 6 de junho, os estudantes decidiram ontem (4) repudiar um dos símbolos da opressão no país. Eles ocuparam uma emissora de televisão da família do presidente Sebastián Piñera. Após a violenta repressão policial nas ruas de Santiago, os jovens tomaram a sede da TV Chilevisión para denunciar a prisão de mais de 500 manifestantes.
Um pinochetista midiático
A mídia chilena tem sido alvo de duras críticas dos manifestantes. Ela é encarada como inimiga da democracia e das manifestações populares. Ela foi uma das principais responsáveis pelo golpe militar que derrubou Salvador Allende. Boa parte dela deu apoio à sanguinária ditadura de Augusto Pinochet e difundiu o receituário neoliberal, que privatizou e degradou o sistema educacional. Agora, diante dos protestos, a mídia pinochetista procura criminalizar o movimento e demonizar os jovens rebelados.
Sebastián Piñera, eleito em janeiro de 2010, é a expressão concentrada destas desgraças. Sua família apoiou e elevou sua fortuna durante a ditadura. Piñera é um “pinochetista” assumido; o seu governo tem vários serviçais do falecido carrasco. Dono de rádios e emissoras de TV, ele usou o palanque midiático para chegar à presidência. O seu programa de governo prega a radicalização do neoliberalismo, com novas privatizações e cortes de direitos sociais. Daí a carga simbólica da ocupação da TV Chilevisión.
Violenta repressão em Santiago
Os protestos no Chile, que já duram dois meses, tiveram início nas faculdades e escolas secundárias. Na sequência, trabalhadores de várias categorias deflagraram campanhas por reajustes salariais e contra a privatização e a retirada de direitos trabalhistas. Aos poucos, as manifestações têm conquistado o apoio da sociedade e resultado numa queda acentuada da popularidade de Piñera.
Como resposta, o filhote de Pinochet tirou a máscara. Reeditou decreto da ditadura que proíbe manifestações de rua e ordenou forte repressão. Nos choques de ontem, mais de 500 jovens foram presos e dezenas ficaram feridos. Os manifestantes montaram barricadas em dez pontos da capital e reagiram à truculência. Moradores de Santiago saíram às ruas em apoio aos estudantes.
Na onda de protesto que sacode o Chile, iniciada em 6 de junho, os estudantes decidiram ontem (4) repudiar um dos símbolos da opressão no país. Eles ocuparam uma emissora de televisão da família do presidente Sebastián Piñera. Após a violenta repressão policial nas ruas de Santiago, os jovens tomaram a sede da TV Chilevisión para denunciar a prisão de mais de 500 manifestantes.
Um pinochetista midiático
A mídia chilena tem sido alvo de duras críticas dos manifestantes. Ela é encarada como inimiga da democracia e das manifestações populares. Ela foi uma das principais responsáveis pelo golpe militar que derrubou Salvador Allende. Boa parte dela deu apoio à sanguinária ditadura de Augusto Pinochet e difundiu o receituário neoliberal, que privatizou e degradou o sistema educacional. Agora, diante dos protestos, a mídia pinochetista procura criminalizar o movimento e demonizar os jovens rebelados.
Sebastián Piñera, eleito em janeiro de 2010, é a expressão concentrada destas desgraças. Sua família apoiou e elevou sua fortuna durante a ditadura. Piñera é um “pinochetista” assumido; o seu governo tem vários serviçais do falecido carrasco. Dono de rádios e emissoras de TV, ele usou o palanque midiático para chegar à presidência. O seu programa de governo prega a radicalização do neoliberalismo, com novas privatizações e cortes de direitos sociais. Daí a carga simbólica da ocupação da TV Chilevisión.
Violenta repressão em Santiago
Os protestos no Chile, que já duram dois meses, tiveram início nas faculdades e escolas secundárias. Na sequência, trabalhadores de várias categorias deflagraram campanhas por reajustes salariais e contra a privatização e a retirada de direitos trabalhistas. Aos poucos, as manifestações têm conquistado o apoio da sociedade e resultado numa queda acentuada da popularidade de Piñera.
Como resposta, o filhote de Pinochet tirou a máscara. Reeditou decreto da ditadura que proíbe manifestações de rua e ordenou forte repressão. Nos choques de ontem, mais de 500 jovens foram presos e dezenas ficaram feridos. Os manifestantes montaram barricadas em dez pontos da capital e reagiram à truculência. Moradores de Santiago saíram às ruas em apoio aos estudantes.
5 comentários:
Enquanto isso no Brasil...
Parabéns pela exposição da verdade. Quem sabe por aqui nos rebelemos um dia também contra a mídia que ofusca a visão de tantos brasileiros.
Um é o imortal Tom Jobim;
O outro é o sinistro Nelson Jobim!
O mundo vai mudar. O povo acordou. Sonho com o dia que faremos o mesmo. Temos que invadir a Globo!
O problema do Brasil é que estamos separados
Lutando em causas próprias
Professores, estudantes, bombeiros defendendo seus interesses
Todos falhando e sofrendo pelo mesmo motivo
O sistema e o descaso do governo
Precisamos ficar juntos e lutar
Liberdade, democracia e dignidade é o que todos queremos
Mas nós estamos chegando, por todo o mundo, nos unindo
Nao acredita que podemos mudar nada?
A Revoluçao Francesa começou como uma reuniao de poucas pessoas
E eles nao tinham meios de comunicaçao eficientes
Idéias mudam mundo
Precisamos que você acorde
Perceba a realidade desastrosa a sua volta
E acorde outros
Nos ajude, lute conosco
Mas qual é o plano?
www.whatis-theplan.org/f159-brasil
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