sábado, 8 de outubro de 2011

Senador quer “chicote” contra presos

Por Altamiro Borges

A retórica fascista não causa calafrios somente na Câmara Federal com o patético deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). No Senado, o recém-empossado Reditário Cassol (PP-RO) discursou nesta semana pregando a adoção de castigo físico nos presídios brasileiros. Ao criticar o pagamento do “auxílio-reclusão” às famílias dos detentos, o senador de Rondônia expôs as suas idéias mais retrógradas.


Ele defendeu mudanças no Código Penal, com a adoção de penas mais rigorosas, “para fazer voltar um pouco do velho tempo” – talvez sentindo saudades das torturas dos tempos da ditadura militar. No auge do seu pronunciamento na tribuna do Senado, ele esbravejou que os presos, em caso de indisciplina, deveriam ser tratados à base do “chicote, que nem antigamente”.

“Vagabundo e sem-vergonha”. Quem?

“É isso que precisamos fazer, porque é uma vergonha nacional. O que se vê são famílias preocupadas com assaltantes, famílias preocupadas com os malandros”, disparou, numa crítica, típica dos direitistas, aos defensores dos direitos humanos. Reditário ainda anunciou que apresentará projeto de lei pelo fim da “bolsa-reclusão”, que alimenta “vagabundo e sem-vergonha”.

O novo parlamentar deveria ser mais cauteloso com seus discursos contra os presidiários. Reditário é suplente do próprio filho, o senador licenciado Ivo Cassol. Quando governador de Rondônia, o filho foi acusado pelo Ministério Público Federal por inúmeras falcatruas – fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e corrupção eleitoral. Ele quase sofreu impeachment!

Uma surra do pai

Numa dos episódios até hoje não bem explicados, o Ministério Público Federal chegou a pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de inquérito contra Ivo Cassol, acusado de envolvimento na “extração de diamantes na reserva indígena Roosevelt, do povo Cinta-Larga. Cassol é suspeito dos crimes de responsabilidade, facilitação de contrabando e descaminho e prevaricação”.

Como se observa, ele bem merecia uma "chicotadas" do pai! Mas em casa, não no presídio.

6 comentários:

Luis R disse...

Cara maluco.

Anônimo disse...

Ele é brasileiro nato?

Anônimo disse...

Tinha que começar por chicotear os ministros do STJ, que adoram ajudar bandido...

Anônimo disse...

Complementando: o STJ adora ajudar bandido rico, político bandido e bandido que tem influência política. Ladrão de galinha pode até morrer, que o STJ não está nem aí...

Reflexo Ativo disse...

A afirmativa dele mais uma vez foi infeliz. No entanto, faz-se necessário ressaltar que a situação em que se encontra o sistema carcerário brasileiro não fica devendo nada para os antigos métodos de tortura. Nem chicote, nem prisão vão trazer a solução para problemas que são causados pela desigualdade social. Mais da metade dos detentos no Brasil estão presos devido a guerra às drogas, que é coordenada pela discriminação social.

Anônimo disse...

Até que enfim uma voz no silencio diante da violência. O projeto do senador deve ser apoiado por toda a sociedade que clama por justiça.

Chega de blabla de direitos humanos, humanos são aqueles que morrem e seus familiares que ficam com a dor como essa família por exemplo;http://videos.band.com.br/Exibir/Irma-de-balconista-morta-em-farmacia-de-Guarulhos-demonstra-/2c9f94b532d601a70132f4e0281622df?channel=592

Duvido que tem alguém que ache que isso é ser ladrão de galinha, isso é assassino da piro especie. Pena perpetua para esses caras.