Por Christiane Marcondes, no sítio Vermelho:
O sucesso do livro “Privataria Tucana” é um bom exemplo de como a imprensa encobre os assuntos que não dizem respeito a seus interesses políticos e econômicos. O livro não entrou nem nos editoriais nem na lista dos mais vendidos da Veja ou O Globo, só para dar dois exemplos.
Na verdade, ele foi varrido do mapa da imprensa hegemônica. Até o limite do possível, claro, até o ponto em que essa “pedra no sapato” incomodou tanto que teve de ser retirada e exposta à demanda e curiosidade pública.
O ano de 2011 foi significativo na quantidade de episódios omitidos pela imprensa. Talvez por ter sido um ano de manifestações espontâneas, de massa, pelas mais diversas causas e em variados e distantes locais do mundo.
A mobilização não cabia no enquadramento tradicional da mídia conservadora, por isso ficou fora das lentes do seu noticiário. Mas não distante do conhecimento do leitor, graças à atuação energizada da chamada mídia livre, fosse digital, eletrônica ou impressa.
“Ocupar Wall Street” foi um ato que dividiu épocas nesses 12 meses que terminam no próximo dia 31. Amplamente coberto por emissoras de televisão alternativas, as imagens correram o mundo e mostraram a dimensão do movimento, que foi exportado para outras regiões dos Estados Unidos e para outros países. Fez mais: deu luz a outras expressões populares, como a marcha dos indignados na Europa.
“Ocupar” virou um comando de guerrilha, usado para dar visibilidade à causa, para congregar mais manifestantes, para tomar conta de um lugar que, legitimamente, é do cidadão, “o espaço público”.
Wall Street foi abalada pelas reivindicações e atos populares, simbolicamente, o coração econômico do mundo precisou, no mínimo, de uma ponte de safena para recuperar parte da saúde. Até hoje combalida e sem previsão de alta “médica”.
O acesso às informações livres e críticas, no entanto, também entrou em crise, porque toda produção de conteúdo exige recursos financeiros que a banquem. E esses recursos, seguramente, estão nas mãos daqueles que são alvo das críticas da imprensa alternativa.
Se você navegar na rede em busca de portais de notícias que contemplam a verdade ou, pelo menos, se pautam por correntes da esquerda, vai ser recebido logo à entrada de alguns deles com uma mensagem como a abaixo, no Democracy Now:
“Você pode ter certeza de que a nossa cobertura não é paga pelos fabricantes de armas, pelas grandes indústrias farmacêuticas ou as companhias de petróleo, gás e carvão. Precisamos da sua ajuda hoje. Nós só podemos fazer isso (cobrir eventos no mundo inteiro) com a sua ajuda. A sua contribuição de impostos para Democracy Now! hoje é um investimento em jornalismo investigativo verdadeiro”
Na página inicial do WikiLeaks, há mais do que um pedido, há denúncia:
“Fomos forçados a temporariamente parar de publicar documentos enquanto garantimos nossa sobrevivência financeira. Não podemos permitir que corporações financeiras americanas decidam como todo o mundo deve usar seu dinheiro para votar através de doações. Nossas batalhas são caras. E nós precisamos do seu apoio para vencer essa guerra. Doe agora para o WikiLeaks.”
A boa notícia é que o Brasil está atento a essa necessidade e acaba de chegar à pauta do Congresso a proposta de financiamento de mídias alternativas.
Na véspera das férias parlamentares, comissão cria grupo de deputados para discutir formas de sustentação financeira de rádios comunitárias, blogs e portais na internet. Iniciativa é de deputada do PCdoB, Luciana Santos (PE), partido que sofreu com denúncias de desvio ético disparadas pela imprensa tradicional. Denúncias indevidas que já foram desmentidas, importante informar.
O sucesso do livro “Privataria Tucana” é um bom exemplo de como a imprensa encobre os assuntos que não dizem respeito a seus interesses políticos e econômicos. O livro não entrou nem nos editoriais nem na lista dos mais vendidos da Veja ou O Globo, só para dar dois exemplos.
Na verdade, ele foi varrido do mapa da imprensa hegemônica. Até o limite do possível, claro, até o ponto em que essa “pedra no sapato” incomodou tanto que teve de ser retirada e exposta à demanda e curiosidade pública.
O ano de 2011 foi significativo na quantidade de episódios omitidos pela imprensa. Talvez por ter sido um ano de manifestações espontâneas, de massa, pelas mais diversas causas e em variados e distantes locais do mundo.
A mobilização não cabia no enquadramento tradicional da mídia conservadora, por isso ficou fora das lentes do seu noticiário. Mas não distante do conhecimento do leitor, graças à atuação energizada da chamada mídia livre, fosse digital, eletrônica ou impressa.
“Ocupar Wall Street” foi um ato que dividiu épocas nesses 12 meses que terminam no próximo dia 31. Amplamente coberto por emissoras de televisão alternativas, as imagens correram o mundo e mostraram a dimensão do movimento, que foi exportado para outras regiões dos Estados Unidos e para outros países. Fez mais: deu luz a outras expressões populares, como a marcha dos indignados na Europa.
“Ocupar” virou um comando de guerrilha, usado para dar visibilidade à causa, para congregar mais manifestantes, para tomar conta de um lugar que, legitimamente, é do cidadão, “o espaço público”.
Wall Street foi abalada pelas reivindicações e atos populares, simbolicamente, o coração econômico do mundo precisou, no mínimo, de uma ponte de safena para recuperar parte da saúde. Até hoje combalida e sem previsão de alta “médica”.
O acesso às informações livres e críticas, no entanto, também entrou em crise, porque toda produção de conteúdo exige recursos financeiros que a banquem. E esses recursos, seguramente, estão nas mãos daqueles que são alvo das críticas da imprensa alternativa.
Se você navegar na rede em busca de portais de notícias que contemplam a verdade ou, pelo menos, se pautam por correntes da esquerda, vai ser recebido logo à entrada de alguns deles com uma mensagem como a abaixo, no Democracy Now:
“Você pode ter certeza de que a nossa cobertura não é paga pelos fabricantes de armas, pelas grandes indústrias farmacêuticas ou as companhias de petróleo, gás e carvão. Precisamos da sua ajuda hoje. Nós só podemos fazer isso (cobrir eventos no mundo inteiro) com a sua ajuda. A sua contribuição de impostos para Democracy Now! hoje é um investimento em jornalismo investigativo verdadeiro”
Na página inicial do WikiLeaks, há mais do que um pedido, há denúncia:
“Fomos forçados a temporariamente parar de publicar documentos enquanto garantimos nossa sobrevivência financeira. Não podemos permitir que corporações financeiras americanas decidam como todo o mundo deve usar seu dinheiro para votar através de doações. Nossas batalhas são caras. E nós precisamos do seu apoio para vencer essa guerra. Doe agora para o WikiLeaks.”
A boa notícia é que o Brasil está atento a essa necessidade e acaba de chegar à pauta do Congresso a proposta de financiamento de mídias alternativas.
Na véspera das férias parlamentares, comissão cria grupo de deputados para discutir formas de sustentação financeira de rádios comunitárias, blogs e portais na internet. Iniciativa é de deputada do PCdoB, Luciana Santos (PE), partido que sofreu com denúncias de desvio ético disparadas pela imprensa tradicional. Denúncias indevidas que já foram desmentidas, importante informar.
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