Por Carolina Campos, no sítio Vermelho:
Sociedade civil, representantes de movimentos sociais, universitários e parlamentares participaram na noite da última quinta-feira (15), no auditório da faculdade de Direito da UFC, do debate “Mídia e Privatização no Brasil”. Tendo por base o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., o público teve a oportunidade de discutir o período de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a participação da mídia neste processo.
O Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), líder do processo de instalação da CPI da Privataria, justificou a ausência do jornalista Amaury Ribeiro Jr. no debate. “Amaury é um dos mais premiados jornalistas brasileiros. Ele está trabalhando numa reportagem investigativa e soubemos que foi preso no Mato Grosso. Seu trabalho conquistou muitos leitores mas também alguns inimigos”, revela.
O delegado da Polícia Federal destacou a coleta de assinatura dos parlamentares para a instalação da CPI da Privataria. “Apesar de, na época, ser vésperas de recesso, conseguimos reunir 206 assinaturas em apoio à CPI. Baseado no que chamo de livro-documento, iremos investigar e nosso objetivo é saber onde está o dinheiro público levantado com a venda das estatais e recuperá-lo”.
Protógenes destacou o papel da mídia no tempo das privatizações. “Na década de 90, a imprensa era horizontalizada, as informações vinham de cima para baixo, dos grandes meios de comunicação até nós. Hoje em dia, as coisas mudaram. A mídia alternativa, com o acesso à internet e a participação crescente das pessoas nas redes sociais e blogs fazem a diferença”, ressalta. O deputado destacou o Portal Vermelho como um dos mais independentes meios de comunicação do país. “O Vermelho é hoje um instrumento de contribuição para formadores de opinião e para a política do país”.
Para o parlamentar, as informações antes impostas hoje são questionadas e facilmente desmentidas. “Ninguém mais é dono da informação. Enquanto a mídia conservadora quis boicotar ‘A Privataria Tucana’, a internet popularizou. E este evento é prova do alcance que o livro obteve”, destaca.
O Deputado Federal exaltou o “livro-documento” de Amaury Ribeiro Jr. “O jornalista reuniu através de documento, fatos que marcaram o processo de privatizações no país. Com coragem e ousadia, apontou indícios de corrupção na venda de estatais brasileiras na década de 90”. Segundo Protógenes, a ideia de que com o dinheiro arrecadado com as privatizações seriam solucionadas questões importantes como Saúde e Educação, foi um equívoco. “Fomos enganados! Alguém viu alguma melhora nestas áreas? E onde foi parar este dinheiro? Além de o dinheiro sumir, o Estado ainda foi sucateado. O país tem que encontrar estas respostas e não continuar jogando a poeira para debaixo do tapete”, defende.
Segundo Protógenes Queiroz, a justiça brasileira, assim como o país, passa por mudanças. “Somos agentes desta transformação. Devemos nos manifestar e exigir que os culpados e criminosos sejam punidos e os recursos sejam devolvidos”, ratifica. O parlamentar confirma que a CPI da Privataria será instalada e que atualmente ela passa por processo regimentar no Congresso Nacional. “Colhemos 206 assinaturas suficiente para sua instalação, agora os partidos políticos indicarão seus membros. Mas é fundamental que haja uma mobilização nacional, com pressão popular. Não podemos deixar a responsabilidade apenas nas mãos do parlamento. É papel de cada um de nós defender que a verdade apareça e que os culpados sejam exemplarmente punidos”, reitera.
Mais participações
Após a intervenção de Protógenes Queiroz, foi aberta a fase de debate. Além do público presente, outros parlamentares também participaram da discussão. O Deputado Federal João Ananias (PCdoB-CE) considera o livro “A Privataria Tucana” um “rastilho de pólvora”. “Todo mundo leu e ficou indignado. Não queremos apenas leitura e sim resoluções. Não podemos mais permitir que o lixo continue debaixo do tapete e a CPI propiciará que a sujeira venha à tona. Precisamos desencadear mecanismos de pressão junto à sociedade para garantir que a CPI seja instalada”, defende.
O Deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) destacou a importância da democratização da mídia no combate à corrupção. “A mídia conservadora pauta até o Congresso. O poder está nas mãos do lado de lá. Precisamos lutar para que a sociedade e os movimentos sociais se apoderem deste direito”.
“Esta é uma luta cheia de obstáculos, mas não podemos deixar de debater o poder da mídia”, avalia o Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Segundo o parlamentar, o país vive um processo de mudanças e a mídia não pode ficar de fora deste rumo. “A eleição de Lula, um operário, seguida pela de Dilma, ex-guerrilheira, demonstram que o Brasil já não é mais o mesmo. Temos que ficar atentos, porém, à mídia que elege e cassa. Precisamos enfrentar algo que parece intocável, que é este sistema de controle de informação. O que queremos é descontrolar, retirar o poder das mãos de poucos e dar voz a cada vez mais pessoas”, defende.
Sociedade civil, representantes de movimentos sociais, universitários e parlamentares participaram na noite da última quinta-feira (15), no auditório da faculdade de Direito da UFC, do debate “Mídia e Privatização no Brasil”. Tendo por base o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., o público teve a oportunidade de discutir o período de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a participação da mídia neste processo.
O Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), líder do processo de instalação da CPI da Privataria, justificou a ausência do jornalista Amaury Ribeiro Jr. no debate. “Amaury é um dos mais premiados jornalistas brasileiros. Ele está trabalhando numa reportagem investigativa e soubemos que foi preso no Mato Grosso. Seu trabalho conquistou muitos leitores mas também alguns inimigos”, revela.
O delegado da Polícia Federal destacou a coleta de assinatura dos parlamentares para a instalação da CPI da Privataria. “Apesar de, na época, ser vésperas de recesso, conseguimos reunir 206 assinaturas em apoio à CPI. Baseado no que chamo de livro-documento, iremos investigar e nosso objetivo é saber onde está o dinheiro público levantado com a venda das estatais e recuperá-lo”.
Protógenes destacou o papel da mídia no tempo das privatizações. “Na década de 90, a imprensa era horizontalizada, as informações vinham de cima para baixo, dos grandes meios de comunicação até nós. Hoje em dia, as coisas mudaram. A mídia alternativa, com o acesso à internet e a participação crescente das pessoas nas redes sociais e blogs fazem a diferença”, ressalta. O deputado destacou o Portal Vermelho como um dos mais independentes meios de comunicação do país. “O Vermelho é hoje um instrumento de contribuição para formadores de opinião e para a política do país”.
Para o parlamentar, as informações antes impostas hoje são questionadas e facilmente desmentidas. “Ninguém mais é dono da informação. Enquanto a mídia conservadora quis boicotar ‘A Privataria Tucana’, a internet popularizou. E este evento é prova do alcance que o livro obteve”, destaca.
O Deputado Federal exaltou o “livro-documento” de Amaury Ribeiro Jr. “O jornalista reuniu através de documento, fatos que marcaram o processo de privatizações no país. Com coragem e ousadia, apontou indícios de corrupção na venda de estatais brasileiras na década de 90”. Segundo Protógenes, a ideia de que com o dinheiro arrecadado com as privatizações seriam solucionadas questões importantes como Saúde e Educação, foi um equívoco. “Fomos enganados! Alguém viu alguma melhora nestas áreas? E onde foi parar este dinheiro? Além de o dinheiro sumir, o Estado ainda foi sucateado. O país tem que encontrar estas respostas e não continuar jogando a poeira para debaixo do tapete”, defende.
Segundo Protógenes Queiroz, a justiça brasileira, assim como o país, passa por mudanças. “Somos agentes desta transformação. Devemos nos manifestar e exigir que os culpados e criminosos sejam punidos e os recursos sejam devolvidos”, ratifica. O parlamentar confirma que a CPI da Privataria será instalada e que atualmente ela passa por processo regimentar no Congresso Nacional. “Colhemos 206 assinaturas suficiente para sua instalação, agora os partidos políticos indicarão seus membros. Mas é fundamental que haja uma mobilização nacional, com pressão popular. Não podemos deixar a responsabilidade apenas nas mãos do parlamento. É papel de cada um de nós defender que a verdade apareça e que os culpados sejam exemplarmente punidos”, reitera.
Mais participações
Após a intervenção de Protógenes Queiroz, foi aberta a fase de debate. Além do público presente, outros parlamentares também participaram da discussão. O Deputado Federal João Ananias (PCdoB-CE) considera o livro “A Privataria Tucana” um “rastilho de pólvora”. “Todo mundo leu e ficou indignado. Não queremos apenas leitura e sim resoluções. Não podemos mais permitir que o lixo continue debaixo do tapete e a CPI propiciará que a sujeira venha à tona. Precisamos desencadear mecanismos de pressão junto à sociedade para garantir que a CPI seja instalada”, defende.
O Deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) destacou a importância da democratização da mídia no combate à corrupção. “A mídia conservadora pauta até o Congresso. O poder está nas mãos do lado de lá. Precisamos lutar para que a sociedade e os movimentos sociais se apoderem deste direito”.
“Esta é uma luta cheia de obstáculos, mas não podemos deixar de debater o poder da mídia”, avalia o Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Segundo o parlamentar, o país vive um processo de mudanças e a mídia não pode ficar de fora deste rumo. “A eleição de Lula, um operário, seguida pela de Dilma, ex-guerrilheira, demonstram que o Brasil já não é mais o mesmo. Temos que ficar atentos, porém, à mídia que elege e cassa. Precisamos enfrentar algo que parece intocável, que é este sistema de controle de informação. O que queremos é descontrolar, retirar o poder das mãos de poucos e dar voz a cada vez mais pessoas”, defende.
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