Do sítio português O Diário:
Nas forças armadas dos EUA reapareceu a síndrome vietnamita.
A situação existente no Afeganistão é caótica. Os últimos acontecimentos fizeram ruir o projecto de uma retirada negociada das tropas de ocupação que preservasse a imagem dos EUA no mundo.
Nas bases norte-americanas e da NATO alastra uma atmosfera de derrotismo e desorientação.
A chacina de 16 camponeses na Província de Kandahar por um sargento provocou no país uma vaga de indignação. Nas semanas anteriores soldados americanos tinham urinado sobre cadáveres de afegãos por eles abatidos, oficiais do exército queimaram exemplares do Alcorão no pátio de uma base militar, um grupo de marines desfraldou em publico uma bandeira com a suástica nazi.
A reacção afegã gerou pânico no Pentágono. Sucederam-se manifestações de protesto em todo o país.
Dois oficiais superiores dos EUA foram mortos a tiro no Ministerio do Interior numa zona de alta segurança. O alto comando norte-americano, alarmado, proibiu a partir de agora a presença dos seus militares em qualquer tarefa de cooperação em edifícios do governo afegão.
Como podem os EUA e a NATO - pergunta-se em Washington - preparar os 300 000 homens do exército e da polícia do Afeganistão aos quais seriam transferidas no próximo ano as responsabilidades da «Segurança» se os recrutas matam os seus instrutores?
O balanço de onze anos da guerra afegã é desastroso. A maioria do território está sob controle da Resistência (na qual lutam inclusive quadros do Partido Popular marxista da Revolução). As tropas estrangeiras, em muitas cidades, somente saem dos quartéis para realizar patrulhas.
Todos os projectos de reconstrução económica e política fracassaram. As plantações da papoila do ópio e a produção de heroína aumentam sob a protecção de altos funcionários ligados ao narcotráfico; a corrupção mergulha as raízes nos próprios Ministérios; a fome é uma realidade em muitas províncias.
Sondagens recentes promovidas nos EUA revelam que mais de 50% dos eleitores são favoráveis à retirada das tropas americanas do Afeganistão antes de 2014.
As desculpas hipócritas do Presidente Obama pelos últimos crimes cometidos no país não alteram a realidade. A cota de popularidade do Presidente caiu para 41%.
O caos afegão força o sistema de poder imperial a rever toda a sua estratégia para a Ásia Central e o Médio Oriente. A campanha para a reeleição de Obama pode ser decisivamente afectada pelo rumo dos acontecimentos no Afeganistão.
Nas forças armadas dos EUA reapareceu a síndrome vietnamita.
A situação existente no Afeganistão é caótica. Os últimos acontecimentos fizeram ruir o projecto de uma retirada negociada das tropas de ocupação que preservasse a imagem dos EUA no mundo.
Nas bases norte-americanas e da NATO alastra uma atmosfera de derrotismo e desorientação.
A chacina de 16 camponeses na Província de Kandahar por um sargento provocou no país uma vaga de indignação. Nas semanas anteriores soldados americanos tinham urinado sobre cadáveres de afegãos por eles abatidos, oficiais do exército queimaram exemplares do Alcorão no pátio de uma base militar, um grupo de marines desfraldou em publico uma bandeira com a suástica nazi.
A reacção afegã gerou pânico no Pentágono. Sucederam-se manifestações de protesto em todo o país.
Dois oficiais superiores dos EUA foram mortos a tiro no Ministerio do Interior numa zona de alta segurança. O alto comando norte-americano, alarmado, proibiu a partir de agora a presença dos seus militares em qualquer tarefa de cooperação em edifícios do governo afegão.
Como podem os EUA e a NATO - pergunta-se em Washington - preparar os 300 000 homens do exército e da polícia do Afeganistão aos quais seriam transferidas no próximo ano as responsabilidades da «Segurança» se os recrutas matam os seus instrutores?
O balanço de onze anos da guerra afegã é desastroso. A maioria do território está sob controle da Resistência (na qual lutam inclusive quadros do Partido Popular marxista da Revolução). As tropas estrangeiras, em muitas cidades, somente saem dos quartéis para realizar patrulhas.
Todos os projectos de reconstrução económica e política fracassaram. As plantações da papoila do ópio e a produção de heroína aumentam sob a protecção de altos funcionários ligados ao narcotráfico; a corrupção mergulha as raízes nos próprios Ministérios; a fome é uma realidade em muitas províncias.
Sondagens recentes promovidas nos EUA revelam que mais de 50% dos eleitores são favoráveis à retirada das tropas americanas do Afeganistão antes de 2014.
As desculpas hipócritas do Presidente Obama pelos últimos crimes cometidos no país não alteram a realidade. A cota de popularidade do Presidente caiu para 41%.
O caos afegão força o sistema de poder imperial a rever toda a sua estratégia para a Ásia Central e o Médio Oriente. A campanha para a reeleição de Obama pode ser decisivamente afectada pelo rumo dos acontecimentos no Afeganistão.
1 comentários:
Miro,
Recomendo a todos os seus
leitores o Blog de grande
jornalista:
Blog de Edumontesanti.com
nele todos encontrarão as
verdadeiras atrocidades que
estão sendo cometidas contra
os afegãos pelas tropas ameri-
canas e da Otan.
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