Por Altamiro Borges
Na quarta-feira (14), o âncora do Jornal da Globo, William Waack, cometeu um deslize logo na abertura do programa. Ao abordar a crise política que afeta o governo Dilma Rousseff, decorrente da troca dos líderes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o jornalista se referiu ao "governo da Globo". De imediato, ele se corrigiu: "E o Jornal da Globo traz também".
A gafe é curiosa. Pode revelar um desejo obsessivo do apresentador do telejornal, que também é um ativo colaborador do Instituto Millenium - um antro da direita nativa que reúne a nata dos barões da mídia - de controlar o mandato da presidenta Dilma. Na prática, a poderosa TV Globo já tenta pautar o atual governo, inclusive instigando o racha e a implosão da base governista.
Nos seus quase 60 anos de existência, a tevê da famiglia Marinho sempre teve forte influência nos rumos da política nacional. Vários governos foram, de fato, "governos da Globo". Os que resistiram à linha política e aos interesses comerciais da emissora sofreram um bocado. Que o diga o ex-presidente Lula, alvo de constantes "matérias jornalística" de cunho golpista. Dilma que se cuide para não virar um "governo da Globo", como deixou escapar William Waack.
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5 comentários:
Freud explicou muito bem esse tipo de ato falho. Não há dúvidas do que significa.
A postura dos "jornalistas" da tv Globo sempre foi a de um governo paralelo, como costumam fazer os partidos em minoria no parlamento inglês: o gabinete paralelo de oposição.
Tratam as notícias (sobre quaisquer assuntos sempre sobre o ponto de vista da oposição. Como se passassem um pito governo: olha menino o caminho certo para governar e este que eu estou indicando, não vá pelo camininho errado!!!
O ato falho que o companheiro aí em cima apontou, somente veio corroborar esta megalomania global.
foi um ato falho do desejo latente. Governar o Brasil como já fez no passado! Quando os candidatos a presidência ia pedir a benção do Sr. Marinho. Isso acabou e pela 1º na história da GLOBO e do Brasil a emissora dos Marinho fez oposição ao governo Lula e agora a Dilma.
Fazer côro não é nada original, mas não há como inovar: UM SIMPLES CASO DE ATO FALHO.
Dessas coisas eu só sei pelos blogs progressistas, que insistem em repercutir o que se passa nesses lixos da grande mérdia, pois há muito tempo não assisto mais essas porcarias da Rede Roubo e seus facínoras. Sei que é bom saber o que está acontecendo por todos os lados, mas não tenho mais paciencia (nem bom humor) para acompanhar as coisas da direita.
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