sábado, 7 de julho de 2012

Serra tem medo do povo?

Por Altamiro Borges

No primeiro dia da propaganda eleitoral permitida pela Justiça, nesta sexta-feira (6), o candidato José Serra preferiu dar a largada na sua campanha num evento fechado. Como já é de costume, ele chegou ao local, um edifício no centro da capital paulista, com uma hora e meia de atraso. Diante da pequena presença de apoiadores, o tucano afirmou que o obetivo do evento "é fazer um sopro aos militantes que vire uma ventania pela cidade". Já o senador Aloysio Nunes, seu braço direito, tentou justificar a timidez do ato argumentando que "a campanha começa devagar. É preciso dosar as nossas forças”.

Pode até ser uma estratégia de campanha. Afinal, José Serra está à frente nas pesquisas - apesar de se manter empacado e com recordes de rejeição. Além disso, ele conta com duas podersoas máquinas públicas - a da prefeitura de São Paulo, dirigida pelo seu fiel aliado Gilberto Kassab, e a do governo estadual, comandada pelo "amigo" Geraldo Alckmin. Ele também goza do apoio descarado dos principais veículos midiáticos e planeja uma campanha com custos estimados em R$ 97 milhões.

De qualquer forma, o início da campanha tucana foi bastante tímido. Pode indicar um certo medo do contato direto com o povo e uma aposta exclusiva na propaganda de rádio e televisão. Serra sabe que os paulistanos estão insatisfeitos com a péssima gestão de Kassab. Recente pesquisa indicou que 80% dos eleitores desejam mudanças. Ele também pode temer que algum eleitor mais atrevido questione as suas falsas promessas - como a de que não abandonaria a prefeitura.

Enquanto José Serra optou por um evento fechado, os demais candidatos foram às ruas para o contato direto com o povo. O ex-ministro da Educação e candidato do PT fez uma caminhada da praça do Patriarca até a Catedral da Sé que reuniu cerca de 5 mil simpatizantes. Já o candidato do PRB, Celso Russomanno, que até agora aparece em segundo nas pesquisas, pegou o metrô na estação São Judas e foi até a sede da OAB. Os demais postulantes também promoveram atividades de rua.




3 comentários:

https://mozartfaggi.blogspot.com disse...

Talvez Serra tenha medo que venha uma bolinha de papel e tenha que ser levado para fazer tomografia ou pode ser que nesta época de frio existem muitos vírus e bactérias e o povo, na imagem dele, só tem isso...muitas doenças

antonio barbosa filho disse...

O Serra ainda está traumatizado com a bolinha de papel de meio-quilo (segundo seu então vice, o grande líder Índio de Oliveira - ou será de Souza? ou Campos? Não consigo memorizar o nome deste gigante político...).

Anônimo disse...

Prezados lulistas/malufistas.

Míseros segundos a mais...

A presidente Dilma, “laranja política” do Lula, terá que enfrentar o mês de Agosto quando acontecerão negociações salariais de categorias extremamente articuladas como as dos petroleiros, metalúrgicos, funcionários públicos e bancários, cuja manifestação dos estudantes foi apenas uma marolinha! Além daquelas turbulências, sombriamente nos idos de Agosto começará o julgamento do mensalão e estaremos mais próximos da grave crise internacional – eu não compraria ações da Lulinha.

O petismo que se transformou em lulopetismo, que se transformou em lulismo acabou por acomodar as mais contraditórias e falsas correntes de esquerda, desde a Igreja Católica (multinacional aristocrática riquíssima) até comunistas leninistas, stalinistas, trotkistas, marxistas, maoistas e anti-americanófilos grotescos e invejosos da primeira grande democracia do mundo moderno!

No contexto nacional composto destes espécimes e de seus caudatários ridículos, destacaram-se alguns intelectuais, igualmente falsos, que procuraram defender suas convicções ideológicas muito mais interessados na fácil glorificação dos que estão a favor do governo do que na verdade dos fatos. O Lula nos jardins da mansão do Maluf não poderia ilustrar melhor os protagonistas desta ópera bufa!

A prova disso é que não se conhece nenhuma declaração de Antonio Cândido, Gabriel Cohn, Eugênio Bucci, Mário Sergio Cortella, Paul Singer, Marilena Chaui, Frei Beto, Leonardo Boff, Dalmo Dallari ou de outros, com a mesma repercussão das tantas que fizeram a favor do Lula que procurasse explicar, conciliar, amenizar ou justificar os fundamentos de tal conluio! Afinal, tudo aquilo que aqueles aduladores vinham defendendo perdeu qualquer valor em troca de alguns segundos a mais na TV, em troca alguns míseros segundos a mais...

Att. Eugênio José Alati