Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:
À falta de programa e de candidato, os setores opositores sonham com descalabros que, talvez, lhes deem alguma chance de evitar que Dilma se reeleja em 2014 e o Brasil siga o caminho que vem trilhando, vitoriosamente (nunca nenhuma força, pela via democrática, governou por tanto tempo no Brasil, como o PT).
Como sonhar não é proibido – mesmo que seja com pesadelos para o país e para o povo -, as oposições desejam ardentemente que:
- A recessão internacional afete profundamente a capacidade de crescer da economia brasileira, instaurando, aqui também, os descalabros que o neoliberalismo produz na Europa: recesso, desemprego, endividamento, dependência do FMI, inflação, fuga de capitais.
- Crise social, grandes mobilizações populares contra o governo, repressão, perda de apoio popular do governo. A CUT se divide, um setor sai e se soma aos grupos de ultra-esquerda.
- Brigas se acentuam na base politica do governo, PSB e PMDB se autonomizam e prepararam candidaturas próprias. O governo perde maioria no Congresso e tem dificuldades para librar recursos e aprovar projetos. O PAC se estaciona, assim como o Minha casa, minha vida, o Bolsa Família e outros programas sociais do governo.
- Dilma e Lula se estranha e brigam, cada um por um lado, batendo um no outro.
- As obras do Mundial de Futebol e das Olimpíadas atrasam, Brasil é ameaçado de perder suas sedes.
- Políticas públicas nas zonas do Rio, antes dominadas pelos narcotraficantes fracassam, diante do ressurgimento dos bandos armados e essas zonas voltar a estar sob controle dos narcos.
- As relações do Brasil na América Latina se deterioram: conflitos com a Argentina inviabilizam o Mercosul, entrada da Venezuela se complica. Polo neoliberal do Pacífico se fortalece, em contraposição ao Mercosul.
- Usinas e outros projetos governamentais são inviabilizados por movimentos indígenas e ecológicos, e o Brasil desemboca num apagão.
- Julgamento do “mensalão” desemboca em processo contra o Lula.
- Uma eliminação vergonhosa do Brasil do Mundial de Futebol, além da má organização evento, ajudariam a baixar ainda mais a auto-estima dos brasileiros.
Em suma, as oposições apostam em desastres, ficam olhando a economia internacional, pra ver se há nuvens que promovam grandes tempestades, que desequilibrem o modelo econômico que articula crescimento com distribuição de renda. Apostam no pior, nem que isso signifique sofrimento para o povo.
Mas apostar no pior não tem dado certo. Não deu no começo do governo Lula, não deu na tentativa de impeachment em 2005, nem no começo da crise internacional, em 2008. Não dará agora também. Mas serve para caracterizar no que apostam as oposições. Elas continuarão vivendo pesadelos.
À falta de programa e de candidato, os setores opositores sonham com descalabros que, talvez, lhes deem alguma chance de evitar que Dilma se reeleja em 2014 e o Brasil siga o caminho que vem trilhando, vitoriosamente (nunca nenhuma força, pela via democrática, governou por tanto tempo no Brasil, como o PT).
Como sonhar não é proibido – mesmo que seja com pesadelos para o país e para o povo -, as oposições desejam ardentemente que:
- A recessão internacional afete profundamente a capacidade de crescer da economia brasileira, instaurando, aqui também, os descalabros que o neoliberalismo produz na Europa: recesso, desemprego, endividamento, dependência do FMI, inflação, fuga de capitais.
- Crise social, grandes mobilizações populares contra o governo, repressão, perda de apoio popular do governo. A CUT se divide, um setor sai e se soma aos grupos de ultra-esquerda.
- Brigas se acentuam na base politica do governo, PSB e PMDB se autonomizam e prepararam candidaturas próprias. O governo perde maioria no Congresso e tem dificuldades para librar recursos e aprovar projetos. O PAC se estaciona, assim como o Minha casa, minha vida, o Bolsa Família e outros programas sociais do governo.
- Dilma e Lula se estranha e brigam, cada um por um lado, batendo um no outro.
- As obras do Mundial de Futebol e das Olimpíadas atrasam, Brasil é ameaçado de perder suas sedes.
- Políticas públicas nas zonas do Rio, antes dominadas pelos narcotraficantes fracassam, diante do ressurgimento dos bandos armados e essas zonas voltar a estar sob controle dos narcos.
- As relações do Brasil na América Latina se deterioram: conflitos com a Argentina inviabilizam o Mercosul, entrada da Venezuela se complica. Polo neoliberal do Pacífico se fortalece, em contraposição ao Mercosul.
- Usinas e outros projetos governamentais são inviabilizados por movimentos indígenas e ecológicos, e o Brasil desemboca num apagão.
- Julgamento do “mensalão” desemboca em processo contra o Lula.
- Uma eliminação vergonhosa do Brasil do Mundial de Futebol, além da má organização evento, ajudariam a baixar ainda mais a auto-estima dos brasileiros.
Em suma, as oposições apostam em desastres, ficam olhando a economia internacional, pra ver se há nuvens que promovam grandes tempestades, que desequilibrem o modelo econômico que articula crescimento com distribuição de renda. Apostam no pior, nem que isso signifique sofrimento para o povo.
Mas apostar no pior não tem dado certo. Não deu no começo do governo Lula, não deu na tentativa de impeachment em 2005, nem no começo da crise internacional, em 2008. Não dará agora também. Mas serve para caracterizar no que apostam as oposições. Elas continuarão vivendo pesadelos.
1 comentários:
Novidade nenhuma. Os lulo-dilmistas fizeram a mesma coisa durante a Era FHC. Mas a oposição da época só se viabilizou depois do apagão de FHC e da epidemia nacional de dengue, depois que José Serra mandou embora um monte de agentes de combate à dengue da Funasa.
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