Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Guerra santa - O QG de José Serra pretende colar a imagem de Celso Russomanno à Igreja Universal do Reino de Deus para recuperar eleitores alinhados ao PSDB que migraram para o líder nas pesquisas. "Ele diz que não tem padrinho? As pessoas precisam saber que o padrinho é o Edir Macedo", diz um grão-tucano. Para serristas, a associação ajudará o ex-governador sobretudo no eleitorado católico e no segmento evangélico que disputa fiéis com a igreja do bispo controlador da TV Record.
Benção - Como vacina, Russomanno tem dedicado espaço na agenda a encontros com católicos. Ontem, fez questão de divulgar visita a d. Fernando Figueiredo, patrono do padre Marcelo Rossi, da Renovação Carismática.
Romaria - Gilberto Kassab organizou périplo de Serra a bispos católicos e pastores de várias denominações. Ambos foram a Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, "rival" de Macedo.
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Nenhuma surpresa, é claro, para quem acompanhou as baixarias da última derrota de José Serra na campanha presidencial, em 2010, sob o comando do mesmo marqueteiro Luiz Gonzalez, que é quem realmente manda na campanha tucana.
Naquela ocasião, como agora, ao perceber que a sua vaca de votos estava caminhando celeremente para o brejo, o tucano recrutou padres, bispos e pastores como cabos eleitorais para bater em Dilma, Lula e no PT, os maiores "demônios" na face da terra.
Carregando nas mãos imagens sacras e apelando para temas como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo, o candidato do PSDB recorreu à religião para tentar se salvar da inevitável derrota em sua segunda campanha presidencial. Deu no que deu.
Depois de costurar um pacto de não agressão com o candidato do PRB, quando ainda liderava as pesquisas em São Paulo, agora Serra resolveu partir para o ataque contra Russomanno e também Fernando Haddad, do PT, que ameaçam tirá-lo do segundo turno.
Em entrevista à TV Estadão na sexta-feira, acusou Russomanno de mentir ao dizer que foi ele quem bolou a Operação Delegada da PM, em 2010, um programa no qual a prefeitura paga para policiais trabalharem na segurança municipal em suas horas de folga.
"Sabe por que não é verdade? Fizemos a Operação Delegada em 2009. Certos candidatos propõem criar coisas que já existem. Imagina o grau de ignorância a respeito".
Com Serra atirando para todo lado após a divulgação das últimas persquisas, ainda na noite de ontem, na zona leste, chegou a vez de Fernando Haddad ser alvejado pela proposta do Bilhete Único Mensal.
"Agora vão mexer no Bilhete Único. Para que? Se precisa de transporte mais barato, vamos tirar o imposto que vai para o governo federal e que, se não tomar cuidado, acaba indo para o mensalão".
Com o candidato tucano outra vez fora de controle, esta campanha ainda promete fortes emoções. Serra partiu para mais uma guerra, que de santa nada tem - é apenas um novo capítulo da guerra suja das suas campanhas eleitorais anteriores.
Ainda ontem previ aqui mesmo, ao comentar o último Ibope sobre as eleições em São Paulo, que mostra a candidatura tucana derretendo, após os primeiros dias de campanha no horário eleitoral:
"Serra agora só tem dois caminhos para se salvar do naufrágio anunciado, ambos arriscados: ou parte para o ataque contra seus adversários, tática adotada nas últimas campanhas (...)".
Não deu outra. Na coluna Painel, de Vera Magalhães, publicada na "Folha" deste sábado, três notas já anunciam a nova estratégia da campanha de José Serra, pela quarta vez candidato a prefeito de São Paulo:
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"Serra agora só tem dois caminhos para se salvar do naufrágio anunciado, ambos arriscados: ou parte para o ataque contra seus adversários, tática adotada nas últimas campanhas (...)".
Não deu outra. Na coluna Painel, de Vera Magalhães, publicada na "Folha" deste sábado, três notas já anunciam a nova estratégia da campanha de José Serra, pela quarta vez candidato a prefeito de São Paulo:
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Guerra santa - O QG de José Serra pretende colar a imagem de Celso Russomanno à Igreja Universal do Reino de Deus para recuperar eleitores alinhados ao PSDB que migraram para o líder nas pesquisas. "Ele diz que não tem padrinho? As pessoas precisam saber que o padrinho é o Edir Macedo", diz um grão-tucano. Para serristas, a associação ajudará o ex-governador sobretudo no eleitorado católico e no segmento evangélico que disputa fiéis com a igreja do bispo controlador da TV Record.
Benção - Como vacina, Russomanno tem dedicado espaço na agenda a encontros com católicos. Ontem, fez questão de divulgar visita a d. Fernando Figueiredo, patrono do padre Marcelo Rossi, da Renovação Carismática.
Romaria - Gilberto Kassab organizou périplo de Serra a bispos católicos e pastores de várias denominações. Ambos foram a Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, "rival" de Macedo.
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Nenhuma surpresa, é claro, para quem acompanhou as baixarias da última derrota de José Serra na campanha presidencial, em 2010, sob o comando do mesmo marqueteiro Luiz Gonzalez, que é quem realmente manda na campanha tucana.
Naquela ocasião, como agora, ao perceber que a sua vaca de votos estava caminhando celeremente para o brejo, o tucano recrutou padres, bispos e pastores como cabos eleitorais para bater em Dilma, Lula e no PT, os maiores "demônios" na face da terra.
Carregando nas mãos imagens sacras e apelando para temas como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo, o candidato do PSDB recorreu à religião para tentar se salvar da inevitável derrota em sua segunda campanha presidencial. Deu no que deu.
Depois de costurar um pacto de não agressão com o candidato do PRB, quando ainda liderava as pesquisas em São Paulo, agora Serra resolveu partir para o ataque contra Russomanno e também Fernando Haddad, do PT, que ameaçam tirá-lo do segundo turno.
Em entrevista à TV Estadão na sexta-feira, acusou Russomanno de mentir ao dizer que foi ele quem bolou a Operação Delegada da PM, em 2010, um programa no qual a prefeitura paga para policiais trabalharem na segurança municipal em suas horas de folga.
"Sabe por que não é verdade? Fizemos a Operação Delegada em 2009. Certos candidatos propõem criar coisas que já existem. Imagina o grau de ignorância a respeito".
Com Serra atirando para todo lado após a divulgação das últimas persquisas, ainda na noite de ontem, na zona leste, chegou a vez de Fernando Haddad ser alvejado pela proposta do Bilhete Único Mensal.
"Agora vão mexer no Bilhete Único. Para que? Se precisa de transporte mais barato, vamos tirar o imposto que vai para o governo federal e que, se não tomar cuidado, acaba indo para o mensalão".
Com o candidato tucano outra vez fora de controle, esta campanha ainda promete fortes emoções. Serra partiu para mais uma guerra, que de santa nada tem - é apenas um novo capítulo da guerra suja das suas campanhas eleitorais anteriores.
2 comentários:
Como já dizia Ciro Gomes, "campanha do Serra sem baixaria não é campanha". Sem nenhum programa revelável (sua meta sempre foi desconstruir o Estado, distribuindo-o aos apaniguados - e isso não dá votos) ele faz promessas vazias e marqueteiras, de acordo com a onda do momento. Sabe que não irá cumprí-las, mas isso pouco lhe importa.
Como os paulistanos já descobriram isso, e lhe recusam o voto, resta-lhe encostar-se no fundamentalismo cristão e usar a pauta do bispo de Guarulho, do Rei do Esgoto e outros gurús, todos sem voto. Já enganou muita gente, mas agora acabou.
Olha o Serra choraaaandoooo!.... Come ele não é de ferro, ele não se ferrou!... Ele literalmente se serrou. Nem nossa senhora acredita que ele não iria deixar de novo o mandato no meio para atazanar a Dilma em 2014!...Até parece que de tanto chorar o olho dele saltou fora e ele o está empurrando pra dentro da cara de pau dele que já não o quer segurar. Depois daquela que a turma substituiu o skat por uma vaso sanitário essa é a melhor do hilário. Estamos colecionanado pra fazer uma revista de quadrinhos do serrado do Serra serrado!...
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