Por Altamiro Borges
Mais de 100 mil pessoas participaram neste sábado (20) de um protesto em Londres contra as medidas de austeridade fiscal do primeiro-ministro conservador David Cameron. Os manifestantes acusaram o governo pelo aumento da miséria social e por beneficiar os ricaços do Reino Unido. Também ocorreram marchas em Belfast (Irlanda do Norte) e Glasgow (Escócia). As manifestações indicam que há um acirramento da luta de classes na Europa. Na mesma semana, também houve protestos contra o desemprego na Itália e contra os cortes orçamentários na Espanha - que já tem convocada uma nova greve geral para 14 de novembro.
Segundo relato do Estadão, "o protesto realizado no centro de Londres, perto das sedes do governo e do Parlamento, transcorreu de forma pacífica, com poucos focos de distúrbio... Sindicalistas, professores, enfermeiras, bombeiros e trabalhadores comunitários e de ONGs participaram da colorida e ruidosa passeata, na qual também houve muitas famílias e idosos. A longa coluna humana avançou durante o dia todo pelas ruas do centro até chegar ao Hyde Park".
A exemplo de outros países da Europa, o Reino Unido atravessa uma das mais graves crise da sua história. O país está em recessão desde o final de 2011 e o desemprego vitima 7,9% dos trabalhadores britânicos, segundo os questionáveis índices oficiais. As recentes medidas de austeridade fiscal do conservador David Cameron causaram a demissão de centenas de milhares de funcionários, a supressão de numerosos serviços públicos e a progressiva privatização da educação e da saúde. A revolta cresce no Reino Unido.
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