terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A oposição: unida, com Serra e Aécio!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A Judith já havia avisado: com a fragilidade da oposição partidária, cumpre à velha mídia brasileira o papel de verdadeira oposição. A Judith sabe do que esta falando. Ela presidia a ANJ – Associação Nacional dos Jornais.

O Estadão registra o fato abaixo (mais uma escaramuça entre tucanos paulistas e mineiros), com uma dupla função:

- manda um recado do “povo bandeirante” a Aécio (lembrem-se que foi o Estadão quem publicou o histórico e nada sutil “Pó pará, governador”, pouco antes da eleição de 2010 – quando Serra e Aécio disputavam a indicação tucana);

- avisar aos leitores e eleitores que a mídia seguirá em seu papel de comitê central da oposição.

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Aliados de Serra lançam Alckmin como contraponto a senador

Por Bruno Boghossian e Julia Duailibi, no O Estado de S.Paulo

Numa tentativa de criar um contraponto à hegemonia do presidenciável e senador Aécio Neves (MG) dentro do PSDB, aliados do ex-governador José Serra começaram a defender prévias e citaram o nome do governador Geraldo Alckmin como potencial candidato a presidente em 2014. A movimentação é apontada por tucanos como parte da estratégia para negociar espaço na estrutura partidária para o grupo de Serra.

Em cerimônia de abertura do congresso do PSDB-SP, o senador Aloysio Nunes Ferreira defendeu “trazer todas as forças políticas para reeleger o governador Geraldo Alckmin, se ele não for candidato a presidente”.

“(A eleição de) 2014 já começou. Para o PT começou antes. Estão em plena campanha visando à destruição do PSDB. E com um olho desse tamanho para São Paulo”, afirmou Aloysio. “Vamos acabar com as futricas internas. Senão, vamos virar um PR. E não somos isso”, disse, em referência à legenda aliada do PSDB na eleição paulistana em 2012.

Questionado mais tarde sobre suas declarações, Aloysio voltou a citar Alckmin como presidenciável, mas disse que não se tratava do lançamento do governador como candidato. “Ele é um nome forte, é o governador de São Paulo, é um ser de tradição política, já foi candidato à Presidência”, disse. “Não posso falar em nome do Geraldo Alckmin, não estou lançando a candidatura, mas acho que não se pode excluir a hipótese de o Geraldo vir a ser candidato à Presidência.”

Alckmin, no entanto, trabalha por sua reeleição e é potencial candidato à Presidência só em 2018. Caso disputasse o Planalto, a vaga para os Bandeirantes seria de Serra, dizem os tucanos.

O grupo serrista articula um movimento de resistência à hegemonia de Aécio na cúpula partidária e, para isso, busca atuar em consonância com Alckmin – o governador tem dito publicamente que a discussão sobre 2014 é precoce, mas em jantar recente com a direção do partido disse que não se oporia à indicação de Aécio como candidato do PSDB.

Neste semestre, os tucanos definem a nova Executiva partidária. Setores do partido defendiam que Serra fosse indicado para a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), mas os aecistas querem nomear para o cargo o atual presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).

A defesa das prévias também entrou na agenda paulista, com o apoio dos serristas – esse movimento, sim, com o aval de Alckmin, que já era defensor da tese. Os paulistas querem que Aécio dispute prévias. “(Candidato) se escolhe. Existem mecanismos democráticos para isso. Qual é o problema se você tiver mais de um candidato?”, disse Aloysio.

Serra. O ex-governador não quis falar ontem sobre seu futuro político. Disse que estava numa fase de “descanso” e que voltaria a falar apenas em março ou abril. Serra foi questionado sobre as especulações de que poderia sair do partido para buscar uma legenda pela qual pudesse disputar a Presidência. “Tem tanta plantação e bobagem que qualquer coisa que eu falar…”

Ontem, defendeu o voto distrital e criticou o aparelhamento do Estado feito pelo PT. “Eu me lembro da ideia da certificação de cargos, para que nomeações livres exijam das pessoas indicadas formação, experiência e currículo, que é a maneira de se impedir o loteamento desenfreado da máquina administrativa, como está acontecendo no País.”

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